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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Acesso cada vez mais escasso à Internet...A Internet está lenta e não carrega as páginas do facebook nem do yahooo. Quando vi carregar a do nosso cantinho, resolvi escrever, rápido alguma coisa: SAUDADES.
Como foi o primeiro dia do ano de vcs? Foram para que lugares? Quem é que foi? Assistiram a que filmes? Então, Jadão, foi bom ouvir sua voz...
Muita coisa para escrever, depois elaboro tudo...

sábado, 1 de janeiro de 2011

O PRIMEIRO DIA




Num dos textos mais lidos de Søren Keirkegaard, o romance filosófico,“O Diário de um Sedutor”, o narrador-personagem Johannes demonstra como fez para conquistar a doce jovem Cordélia. Claro que as feministas devem odiar esse livro a ponto de queimá-lo. Eu, particularmente e capciosamente, gosto e muito. Refinado, apaixonante e reflexionante.

Numa das interpretações mais dignas deste romance, feita pela professora e romancista mineira Guiomar de Gramont, “ As figuras estéticas em Kierkegaard” indicia a personagem Johannes do romance kierkegaardiano, como uma figura que lança suas 'vítimas' ao infinito, roubando-lhes o centro de tranquilidade que lhes mantêm em estado de ignorância, possibilitando assim, que as mesmas alcancem a individualidade, tornando-se um indivíduo diante de toda as possibilidades que o mundo oferece.

Mas o que isso tem a ver com o primeiro dia do ano de 2011? Johannes conquista Cordélia e depois a abandona. Desespero. Johannes não será o mesmo, marcado pela presença marcante da doce Cordélia. Ela descobre o amargo da paixão, mais agora viverá em paixão, ou seja, a paixão é o que move, e ela será eternamente apaixonada e lançada para o infinito.

A pergunta ainda persiste. E eu me respondo: quero viver apaixonadamente. Quero que 2011 seja apaixonante, que os momentos sejam belas e difíceis conquistas, que cada hora seja como uma Cordélia, doce, difícil e reticente, e que no último segundo eu tenha em minhas mãos e a solte no instante seguinte, para voltar a conquistar a próxima.

Quero poder manter a dupla face Johannes/Cordélia, desejando conquistar insistentemente e por horas desejar ardentemente ser conquistado. Quero ser a doce e amarga ilusão e deixar-me perder na paixão.
Foi um ano estranho, bonito, intenso, vivo, atraente, erótico, amargo, doce, rebuscado,dolorido, momentâneo, profético, não dito........

Amo todos vocês meus queridos amigos e um sim a paixão!

Um ano sexy para todos!

Jadão

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tudo pode dar certo: feliz ano-novo!


Qual o balanço do ano-velho? O que você pode dizer que aprendeu com o ano que vai acabando? Eu responderia: que não aprendo nunca! Essa é a lição: eu nunca aprendo nada com ano nenhum. E lembrava fortemente do filme de Woody Allen, o Tudo pode dar certo. A minha vida, muitas vezes, é aquilo: enquanto pulo da janela para me suicidar por ter sido abandonada por um amor, caio em cima de uma linda e interessante mulher, que por sinal é a da minha vida naquele momento. E todos juntos comemoramos o ano-novo que surge...Mas, eu estou ali: estranhamente conversando com quem não existe, é invisível, o extra-quadro, o possível público de uma encenação que é a vida de todos nós...quem sabe é com quem já foi e continua ali, perto de mim, invisível e presente sempre? Sei lá de nada! Só sei que com bom humor, nos dias de cão, com hipocondrias e com bebedeiras ou de cara limpa, seja como for: Tudo pode dar certo, incrivelmente.






sábado, 30 de outubro de 2010

BH-ARACAJU


meninos e meninas chegeuei em BH cidade linda com um clima absolutamente perfeito, cara de interior mesmo que cosmopolita, sinto que queria morar por aqui....
depois de me dopar par conseguir viajar de aviao cheguei bem aqui, ja comi varios doces e comi queijo mineiro.....
to como saudade de casa acredita...'eu nao dou conta` e uma expressao popular aqui, o teclado nao me obdece nao consigo colocar sinais, vamos sair agora a noite, amanha vou passar o dia estudando, quero ver algum filme, tenho saudades sabia, gente que em pouco tempo de viagem posso perceber o quanto sou ligado a minha terra ao cheiro dela, as pessoas que me fazem, wesley de castro quanta saudades...
tiago cuida bem de mim por ai, ninao beijos e se cuida, com lagrimas nos olhos,escuto um belo tango argentino, meu deus como e triste dolorido o amor
sinto falta de minha casa , mais parece que nao posso mais desistir, GOTAN PROJECT ARE e o nome do cd que estou escutando.. mais um sentimento de dorzinha no peito de saudade de minha terra de meu amigos, por favor vejam filminhos legais por ai lembrem de mim....carente por aqui, o Brunop e o Rodrigo me fazem bem, mais a identificacao e uma coisa que acontece com os meus e voces sao minha referencia....



amovosssssssssssss


beijos eternos

JT

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Kierkegaard e Kubrick



Hoje fui a UFS estudar, tomei um cafezinho e depois de dias fumei um cigarro em homenagem aos velhos tempos.
Lembrei de um carinhoso filme e não menos angustiante por isso, “ Asas do desejo”, no filme um anjo deseja torna-se homem para sentir o prazer da vida e amar uma trapezista de circo, sendo que uma das primeiras coisas que faz quando se torna homem é fumar um cigarro.
Lendo muito sobre Kierkegaard esses dias e nossa como me descubro um apaixonado pelo tema do indivíduo, da alteridade e apesar de estar focando mais na questão ética, não tenho como dizer que a subjetividade ainda é o meu tema favorito no autor de “ As obras do amor” livro que estou a reler.
Assim, sem tempo ultimamente para ler coisas mais literárias, mas consegui ver “ Gloria feita de sangue” do Kubrick e como não podia deixar de ser o dilema moral e ético que transforma o protagonista num solitário no mundo desesperado como sua própria subjetividade me fez pensar o quanto custa caro defender uma posição ética.
Enquanto isso luto avidamente para manter a engrenagem funcionando.........

JT

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Atenção ao sábado

Certa feita, conversando com uma amiga muito querida, ela me falava sobre manias, sobre idiossincrasias...Falou dos sábados... e eu me lembrei desse texto de Clarice. Estávamos "altas" e não o encontrei na hora...mas, agora, vai o texto, viu?

"Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
No sábado é que as formigas subiam pela pedra.

Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.

De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.

Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?

No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder recomeçar, vejo que é sábado de tarde.

Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.

Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã. 

Domingo de manhã também é a rosa da semana. 

Não é propriamente rosa que eu quero dizer".

O texto está no livro "Para não esquecer".

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SEM NET

Estou numa LAN, logo com pouco tempo.
Ainda estou sem NET em casa. por isso aparecendo pouco aqui
Li coisas violentas nos últimos tempos e concomitatemente participei de um cerimôria nada confortante nos últimos dias como bem anunciou o caro Wesley de Castro, mas fiquei bem com a felicidade da minha mãe e outros parentes, tive apenas vergonha de mim mesmo...
estou a ler um livro sobre arte: "Vanguarda e subdesenvolvimento" do escritor Ferreira Gullar e caramba é muito bom, assumidamente marxista ele questiona desde o termo vanguarda até a possibilidade da chamada arte de vanguarda surgir em meio ao contexto do subdesenvolvimento, até onde estou ele já tira algumas conclusões e fiquei satisfeito com elas, mesmo que o ranço marxista ortodoxo esteja marcando profundamente a sua análise, mas a frase: " o rigor formal da obra de arte surge da necessidade de mostrar concretamente o imaginado" me deixou encantado é claro. e conclusões do tipo " uma obra de arte atingi o universal apartir da singularidade do contexto social em que o artista vivi", termino minha leitura em breve e passo pros meus queridinhos.
Mas como havia anunciado antes, eu li o já famoso livro de Ana Paula Maia "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos" dizem que ela é uma Tarantino tupiniquim, sei não, sei que a leitura do livro me deixou embasbacado tanto pelo rigor formal, quanto pelo conteúdo extremamente violento, e mais sem fazer espetáculo da violência como faz tarantino no cinema, o livro é bem visual, mas conserva um grau de crueza até semelhante mas o universo que ela trata no livro é bem diferente daquele retratado pelo cineasta, o livro ja rendeu otimas discursões entre Tiago e eu, e espero que todos leiam para comentarmos mais... é realmente um primor, sinto que as vezes ela excede em alguns momentos mas sempre justifica os excessos. é realmente uma aula de literatura moderna!

beijos

Jadson

sábado, 14 de agosto de 2010

Uma tarde com Elza

Hoje vi todo o show Beba-me de Elza Soares.
Já vi que meu negócio é uma mulher cantando, num palco, com uma cadeira.
O resto comento depois.
Acho que isso vãor ender muitos post's.
Lembrei-me muito de Jadão e, especialmente, de Tiaguinho.
Agora: vou-me. Créditos na lan caindo...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O trem azul

Sabe aquela música do Lô Borges, o Trem azul?
Não sai da minha cabeça.

Você na cabeça
Um sol na cabeça...

Uma sensação tão boa. De lembrança boa. Ouvi essa música no domingo de manhã. Acordando na Ribeira. Com a promessa de subir e descer e encontrar cachoreiras. Trilha.
E a promessa se cumpriu. E o dia foi tão bom.

O caminho. A paisagem. A volta para casa. A diamba. A preparação do almoço. Todos juntos. Cortando tomates, o cheiro de alho e óleo. Cheiro de mãe. De mãe cuidando da gente.

A larica. A espera para a lasanha ficar pronta. A fome matada e morrida.

A idéia de conexão com a natureza.

Música. Risadas.

Depois, imagem e ação. No limite. Com um timer. E a demora para a gente compreender. Os acertos das regras. Os grupos. A cumplicidade na hora da merda. Os pinos quebrados e o silêncio amigo.

As mímicas. Os desenhos. A agonia. Dois contra três. A parcimônia de um a angústia de nós outros todos.

A vitória do time deles.

Acontece. Os três venceram e todos nós ganhamos um dia feliz, leve, divertido.

A noite, lamentavelmente: peidamos.

Rimos. E já era força o que fazíamos. Para sermos mais íntimos, mais meninos, mais pequenos.

E fomos. E somos.

Somos pequenos, pequenos.

Tudo isso passa. Passará.

Aproveitemos.

domingo, 1 de agosto de 2010

Reencontro feliz!

Talvez eu esteja adiantada, pois ainda estou em Salvador. A noite ainda vou sair. Mas, já estou com muita vontade de falar tudo o que me aconteceu aqui, de como foi o Seminário, da sensação de caminhar muito em cidade que não é a nossa, das idéias que passam pela cabeça com os nomes dos ônibus que tomamos para ir para os lugares, etc., etc.
Sem falar que a saudade de meus amigos já está a me consumir os cabelos da cabeça.
Mas, aqui me aconteceu algo muito bom. Reencontrei um grande amigo com o qual perdi contado há mais de dois anos.
Estávamos os dois no Seminário. Eu estava nas cadeiras da frente do teatro e vi, por um telão, ele fazer uma pergunta para as pessoas de uma mesa que acabávamos de assistir. Reconheci. Mas, antes, me esforcei. E pensava: "Meu Deus, tenho a sensação de que essa pessoa que acabou de falar parece-se com alguém que me é muito querido, mas quem?".
Quando, enfim, lembrei: fui tomada de alegria imensa.
Nos encontramos ho hall do teatro e ficamos perto nos outros dias um do outro.
Vim ficar com ele na residência da UFBA para tentar recuperar os tempos afastados.
Conversamos como se tivéssemos nos separados apenas por uma semana. Pusemos muitos assuntos em dia. E nos re-encontramos. Ou seja, falamos muito do que éramos antes e do que somo hoje e até mesmo falamos coisas que antes não falamos (nessas horas se dava mesmo o encontro).
Foi um feliz re-encontro. E espero não mais perdermos contato.
E, agora, enquanto posto sobre nosso re-encontro, ele entra no quarto e começamos a falar de re-encontros e de orkut e de blog's.
Compartilhamos comida, dias, filmes, impressões e vontades (planos) e também o passado (além do passado remoto).
Indizível a sensação. Talvez a mesma do primeiro encontro (não falo do primeiro dia que nos vimos, mas do encontro que foi o incício de nossa amizade: eu, desesperada, depois de uma briga, depois de agir com imaturidade, de ter ficado sem chave de casa, sem ter para onde ir, perto de meia-noite, depois de ter ligado para um monte de gente e não ter encontrado abrigo, liguei para ele, que eu conhecia tão pouco, e ele me recebeu em sua casa e conversamos e dali em diante ficamos encontrados, ficamos amigos).
Outros acontecimentos se deram. Ele foi embora. Fizemos a festa de depedida dele em minha casa.
E agora esse novo encontro.
Não nos víamos há tempos, não estamos mais iguais e esse encontro é diferente. Mas, nada disso significa outra coisa que não a felicidade de, outra vez, estarmos juntos.

Feliz Agosto!

Hoje é dia primeiro de agosto.
Nem tinha me dado conta disso.
É mês de cachorro louco e, esse ano, tem sexta-feira 13.
Aqui chove e eu tenho dor de cabeça.
Quero muito voltar para Aracaju, ver os amigos, contar novidades e ouvir todas as deles.
Um abraço forte para eu me sentir em casa de novo. Os risos de Jadão. Tiago e suas ausências. As risadas de PC. Os olhos de Soares. A cumplicidade e loucura de Tatola.
Saudade. Saudade. Saudade.
Começo já a uivar...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Comei, este é o meu corpo

Mange Ceci c' Est Mons Corps do diretor Michelange Quay me pegou de surpresa de maneira fabulosa.
Fiquei embasbacada em muitas das passagens do filme e, quando voltava para casa, cansada da jornada pesada que é participar de um Seminário como esse que estou participando: a gente dorme super-tarde, acorda super-cedo, vê as mesas, fica muito feliz por umas, fica p da fica com outras, come rápido para não perder nada, pega fone de ouvido para tradução das falas dos gringos que vêem falar aqui e que a gente muitas vezes fica pensando: por que isso, com tanta gente aqui no Brasil, né? Então: quando voltava há pouco para casa (e hoje voltamos cedo porque está rolando jogo na TV e os meninos queriam assistir e não rolava de eu ficar sozinha lá no teatro e voltar para casa tarde, seria perigoso...), no buso, pensava: quero escrever sobre esse filme, mas sei que não vou cosneguir. O que eu falar, seja o que for, agora, não vai passar sequer a idéia inicial do que é o filme.

Belo, quase nenhuma fala. Imagens fortes. O filme é de uma força tamanha. Desconstói muitas idéias clicherosas quanto aos haitianos e quanto às mulheres (senhoras) haitianas e por aí vai...
É realmente uma experiência cinematográfica hipnótica e visceral como promete na sinopse.



Tenho visto uns curta-metragens legais também e depois, organizo o pensamento e escrevo sobre os que mais gostei.
Um documentário muito, muito bom chamado Willian Kunstler - perturbando o universo também me surpreendeu. E para mim, os dois melhores filmes até aqui foram o "Comei, este é o meu corpo"e esse documentário sobre Willian Kunstler.
Amanhã, acho, vai rolar o filme da Helena Ignez, Canções de Baal. Estou ansiosa. Assim como estou para ver Lucrécia Martel amanhã.
De Pasolini, vendo apenas o que não tenho como ver de outra forma que não num evento assim. Pois uma crítica ferrenha que faço é quanto a idéia de que parece que somos onipresentes: pois rolam várias coisas ao mesmo tempo. não dá para ficar em mais de um lugar e, portanto, temos que fazer opções drásticas, do tipo "dos males, o menor".

Estou com saudades de todos vocês e sempre que estou num lugar assim, evoco exaustivamente vocês.
Ontem mesmo Rogério falou, depois de uma fala (que achamos complicada) de um gringo (Italianao) quanto à (homossexualidade de ) Pasolini, ele disse: "Queria que Jadson ou Wesley estivessem aqui, para saber o que é que eles pensam...".

Carrego vocês aqui dentro sempre. Na minha maquininha de fazer filmes: a cabeça e o coração.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Meu paraíso

Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca. (Jorge Luis Borges)
Por esses dias habitei numa biblioteca. Fugi de minha cidade natal segunda-feira à noite, depois de duas cervejas com uma amiga e depois (que veio antes bem antes) de perceber que eu estava pirando na cidade.
Precisava viver um clima de cidade de interior. Sair de casa e chegar aos lugares caminhando, sem precisar esperar e pegar ônibus. E precisava estudar. Lá eu não estava conseguindo me concentrar. Tudo era motivação para me desviar dos fichamentos dos livros e da escrevinhança do artigo para, enfim, encerrar o período letivo.
A Bicamp (Biblioteca do Campus de Itabaiana) tem um acervo legal. Nada mal. Especialmente o ainda não catalogado e, portanto, disponível apenas para consulta in loco.
Fui criada entre livros. Minha mãe trabalhava na sala de leitura da escola onde eu estudava. Ela estava afastada da sala de aula por conta de um calo na garganta. Por isso aquela voz dela rouca, grave, sensual.
E eu aprendi o fascínio de conviver com os livros, com suas histórias e personagens. E sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca. Pois a sala de leitura era par mim, muitas vezes, fuga da sala de aula onde as coisas se davam de maneira monótona, disciplinar demais e amorosa de menos.
Na sala de Rodolfo (amigo que trabalha na Bicamp), mais livros: em processo de catalogação e outros para serem restaurados.
A idéia de restauração me fascinou como se eu tivesse de novo do alto de meus cinco anos de idade.
De repente eu era aquela guria loirinha e perguntadeira de antes.
Bombardeei Rodolfo de perguntas e ficava imaginando o processo de restauração dos livros como quase igual ao milagre da multiplicação dos peixes ou dos pães.
O fantástico se apossou de mim.
Imaginei as mãos que restauram livros. todas as mãos do mundo. O cheiro de papel e de cola. A paciência, a dedicação para a restauração. O milagre da renovação. O livro amarelado, poeirento, com páginas frágeis quase virando material para reciclar, sendo transformado, ajeitado, cuidado. Para, assim, continuar compondo as prateleiras das bibliotecas, para continuar sendo companhia da gente.
Imaginei a prática da restauração como uma prática amorosa que se faz devagar, com presteza e atenção.
Uma prática corpórea, sensual.
Os homens e mulheres restauradoras com seus livros nas mãos, sobre as mesas, ressiginificando-os. Soprando-lhes vida nova.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

E eu? Não sou cristã? Eu amo amor de predileção, é? Que feio...

Porque eu fico deveras feliz com a felicidade das pessoas das quais gosto. Isso é predileção, né? Nada sublime, nada cristão...
Risos.

P.S.: isso se deve a uma notícia de que uma amiga ficará feliz...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Fresquinha


No msn:

- Eu canso de muita densidade, de muita incomunicabilidade, às vezes.
- risos
-vc ainda está aí?
-porque seria engraçado eu falando pro vento no msn sobre incomunicabilidade...
- kkkkkkkkkkk seria metalinguístico demais

E foi.

Diálogos: Eu e Tiago!
Cenário: os dois off line no msn.

Comunicação total.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Saudades, memórias.... e o futuro ?


já estava com saudades deste espaço que passei a acreditar e nunca pensei que pudesse um dia dizer isso. preciso entender as novas coisas como possibilidades... mas enfim, depois de alguns dias sem postar devido a minha ausencia em terras aracajuanas, devo informar que nesta terça foi um excelente dia de volta a terrinha querida ARACAJU é uma cidade linda e pulsante quando se tem os amigos certos em momentos unicos, foi o que aconteceu ontem.

Mas foi durante essa madrugada que parei para refletir muito acerca de questões como memória e perspectiva, depois de acordar as três da manhã com a minha amiga insonia que desta vez resolvir enfrentá-la concientemente, levantei da cama lavei os pratos e fui ver um filme. e foi durante ele que passei a pensar em minhas memorias ou na construção delas, minhas lembranças são justas comigo mesmo, tenho certeza que apesar de beirar apenas os 30 anos percebo que vivi intensamente tudo que me propus ou ao menos que a vida me proporcionou, por outro lado pensei no futuro, no que me espera ou o que tenho que ambicionar ou mesmo o que tenho que construir. Acho que me formo neste periodo e fico um pouco desmotivado, amo e odeio a academia e gostaria de continuar.
O filme que vi se chama "Coração Louco" é um filme menor e conta a história de um astro da música cowtry americana em decadência e que viaja em turnê pelo interior do Texas em bares sujos e sem nenhum glamour até conhecer uma garota se apaixonar e tentar recomeçar. é um filme que fala sobre a reconciliação do indivíduo consigo mesmo impulsionado por um movimento de redenção, mesmo que motivado por um sentimento que envolve um outro individuo. é um filme sobre o envelhecimento, sobre o passado e o futuro. é um filme simples, que conta com boas atuações, um direção pouco criativa que não vai além de muita coisa já feita por ai sobre o mesmo tema, mas a montagem eficiente, uma trilha cativante e uma boa direção fotografica foi capaz de mexer um pouco em minhas atuais emoções.

Bem, espero continuar a envelhecer de forma intensa e ao lado de amigos tão queridos...

Beijos

JT

sábado, 19 de junho de 2010

Dos lugares - Zicartola


Em Buraco (apelido carinhoso de nossa querida cidade), é comum reclamarmos que não há um lugar para irmos. Os lugares são ou elitizados ou alocam eventos que começam muito tarde da noite e, por esse motivo, torna-se de difícil acesso para quem não tem carro ou, no mínimo, carona certa.
Os domingos em Buraco são entediantes, os sábados mal-aproveitados, etc.
Como havia postado algo sobre o grande Cartola, não resisti e busquei um vídeo para mostrar um pouco do que foi e do significado do restaurante Zicartola: espaço onde havia excelente comida, pois Zica cozinhava muito bem, e excelente música, a saber, foi lá que teve nascimento a carreira de Paulinho da Viola!
Um trecho dessa história segue abaixo, retirado do livro "Paulinho da Viola, sambista e chorão", de João Máximo:

“(...) Zicartola, restaurante que Angenor de Oliveira, o Cartola, iluminado compositor, e sua mulher Zica, exímia cozinheira, abriram no sobrado da Rua da Carioca, 53. O restaurante foi uma espécie de extensão das reuniões que se faziam em outro local, o segundo andar da Rua dos Andradas, 81, onde funcionava a Associação das Escolas de Samba e onde Cartola e Zica viveram por algum tempo, ele como vigia de todo o prédio. Cartola – depois de longo sumiço que levara quase todo mundo a supô-lo morto – fora redescoberto por Sérgio Porto enquanto lavava carros em Copacabana. Para Sérgio, aquele negro magro, de nariz estranho, tumoroso, era o personagem principal das histórias que o tio Lúcio Rangel lhe contava, ilustradas por sambas admiráveis. Redescobrir o ‘falecido Cartola’ foi como dar vida a uma lenda. E Sérgio, cronista mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta, teria todo o direito de gabar-se disso até o fim de seus dias.
O que se passou na Rua dos Andradas foi assim como se o Brasil quisesse recuperar o tempo perdido sem a música de Cartola. Pois era justamente para ver e ouvir Cartola que iam lá incontáveis sambistas, de início os mais ligados à tradição, como Zé Kéti e o jovem Élton [Medeiros]. (...) Zé Kéti aproximou-se de Cartola porque este tinha uma idéia: organizar um conjunto de samba a ser batizado de A Voz do Morro (...) O (...) conjunto – formado entre outros por Cartola, Nélson Cavaquinho, Jair do Cavaquinho, Nuno Veloso, Zé Kéti e o jovem Élton – não passou da idéia. O que não impediu que aquelas reuniões musicais ganhassem fama. Em pouco eram prestigiadas não só por representantes da bossa nova, como Carlos Lyra e Nélson Lins e Barros, mas por gente de outras cidades, outros estados, fazendeiro fretando avião a fim de levar seu povo para conhecer Cartola. Resultado: o sobrado ficou pequeno para tanta gente. Por isso Eugênio Agostini, um empresário louco por samba, deu a Zica a idéia do restaurante. Ele e os pri
mos Renato e Fábio seriam seus sócios, naturalmente bancando os gastos iniciais. Os pratos dela e os sambas de Cartola haveriam de fazer o resto. Que ela mesma procurasse o lugar para a nova casa. Andou, andou e achou o sobrado da Rua da Carioca.
O Zicartola duraria pouco, apenas 20 meses. Mas marcaria de forma profunda a vida cultural da cidade, ou mesmo do país, na música, no teatro, na poesia e nas idéias que eram discutidas nas noites das quartas e sextas-feiras, às mesas distribuídas pelo pequeno restaurante. Começou a funcionar em 9 de setembro de 1963, mas só em 18 de outubro foi considerado pronto para a inauguração oficial. Pratos e sambas não seriam o bastante para compensar os prejuízos causados pelos muitos amigos que chegavam, ouviam música, comiam, bebiam e penduravam as contas para nunca mais (sem falar nos que andaram metendo a mão na contabilidade de Cartola, grande artista, péssimo negociante). Mas o restaurante seria, durante esse tempo, um verdadeiro templo. (...) Ali professavam sua fé no samba tradicional Ismael Silva, Nélson Cavaquinho, Carlos Cachaça, bambas da Mangueira, da Portela, do Império Serrano, do Salgueiro, de toda parte.
Eram dois shows, sempre nas noites de quartas e sextas. No primeiro, aqueles bambas se apresentavam sob a direção musical de Zé Kéti. No segundo, brilhavam Cartola e seu violão. Seguia-se o grand finale, no qual um convidado ilustre recebia a Ordem da Cartola Dourada, criada por Hermínio [Bello de Carvalho]. (...)
Foi Hermínio quem levou Paulo César ao Zicartola. Um fato importante na vida do então bancário, pois ali ele ficou conhecendo sambistas que, em sua timidez, eram entidades inatingíveis. Mais importante: passava a ser um deles. Desde sua estréia no primeiro show da noite, cantando sambas dos outros, causou forte impressão. Inclusive em Cartola, de quem Paulo César se aproximou humilde, cheio de cerimônia. O encontro dos dois é historicamente significativo, verdadeira passagem de bastão, sem que no entanto se tivesse consciência disso. Muito do que Paulo César estava por fazer – manter a tradição, sem maculá-la, requintar o samba sem deformá-lo – Cartola já vinha fazendo. Não fossem ambos tão tímidos, tão reservados, e seria inevitável se tornarem parceiros. Mas Zé Kéti também se encantou com o som do violão de Paulo César, sua musicalidade, sua voz terna, afinada, que combinava o timbre de autêntico sambista de escola com a técnica precisa de crooner profissional. O diretor musical do restaurante logo anteviu
 no moço de 20 anos um novo bamba. Copmentou isso com o jornalista Sérgio Cabral, que na época assinava, com José Ramos Tinhorão, uma seção de música popular no Jornal do Brasil e era mestre de cerimônias no Zicartola. Sérgio concordava. Mas achava que, definitivamente, Paulo César não era nome de sambista.
– Que tal Paulo da Viola? – indagou Zé Kéti, certamente inspirado em Mano Décio da Viola, veterano compositor do Império Serrano.
– Paulinho... Paulinho da Viola é melhor – completou Sérgio.
E assim Paulo César Baptista de Faria foi rebatizado para todo o sempre.” 

O vídeo é Clementina de Jesus, no Zicartola cantando "Ensaboa". 
Ai, ai que tivéssemos um lugar aqui em Buraco onde fosse realmente legal ir, tomar umas cervejas, ouvir umas músicas legais, conversar com pessoas queridas, etc.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Promessa cumprida


Porque promessa é promessa.
Porque são dias impagáveis os que nos juntamos.
Porque eu morri de rir com os desenhos que Jadson assitia quando era pequeno. Uma mulher toda cor-de-rosa, com uma dança para lá de drag e ele ainda ousava dizer que ela era cor-de-rosa, mas que tinha estilo.
Tudo bem. Nada a ver essas coisas com Tetê Spíndola e Clementina de Jesus, não é?
Não.
A gente inveredou, noite dessas, em assistir a tudo que era vídeo condizente com a nossa vida. E de Patrícia Marx a Diana e a desenhos toscamente animados, chegamos a ver esse encontro para lá de inusitado, boquiabertos.
Tiago, com urgência, falou que precisava muito ouvir mais Clementina de Jesus.
Eu, baixei o Pássaros na garganta de Tetê.
De todos a que mostro o encontro ouço: é insuportável ouvir Tetê. Odeio a voz de Tetê. É irritante ouvir Tetê.
Nós somos o outro lado. Rimos. Admiramos.
De qualquer forma, boa descoberta. Além de ter tido contato com uma foto muito peculiar que me passara uma mensagem de um encontro não acontecido na infância.... (preferi ser obscura proque se eu dissesse que morri de rir com a foto que vi, levaria um sermão....).
Enfim, sempre é mágico estar perto dessas pessoas enlouquecidas, gritantes do Maracujá mais erótico que já vi.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ultimo dia


Depois de quase cinco dias retornarei a meu lugar de origem, onde minhas raízes estão certamente fincadas, estou muito , muito feliz com o encontro, a cidade é maravilhosa, a universidade aqui é muito grande e bem legal e o que eu mais gostei foi a simplicidade e a postura dos intelectuais que aqui estiveram, qualitativamente o encontro me rendeu experiencias edificantes como diria meu queridinho Kierkegaard, mas enfim pego o onibus daqui a pouco e em breve estarei do lado de voces, amo voces e morro de saudades, e quero adiantar que temos que fazer uma viagem jutos!, todos nos juntos!

vamo nessa!

abraços

e até a volta

Ps: gastei fortunas em dvds piratas!