quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Muito íntimo para publicar?
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Postaria ontem, mas sem net, postei hoje: anacrônico?
Mencionei o filme só para começar a escrever mesmo. Sem motivo. Sem conexão qualquer. Mas, também não quero entendimentos nem desentendimentos. Quero só escrever isso e postar. Pelo simples fato de que eu fiz uma conta para ter um blog. e porque ter um blog se constitui em mais ou menos isso: escrever e postar coisas. Só isso. Se eu não quiser escrever, não escrevo. E se eu não quiser publicar, não publico. Simples assim.
Talvez guarde na lembrança recente de que a personagem tinha um blog, se expunha. Sua página não possuía espaço para comentários e, por esse motivo, ela designou sua página de "não interativa". Talvez esse seja o motivo para eu ter começado a escrever falando sobre o tal filme.
Aqui tem espaço para comentários e, por esse motivo, comenta-se e, dialoga-se, interage-se. Além de que aqui é um espaço onde convidei mais pessoas e ele acabou muitas vezes sendo várias coisas ao mesmo tempo. Certa vez louvei essa não-classificação (em termos de gênero) dos blog's. Em espaços como esses pode-se escrever e publicar e trocar e oferecer e dividir crônicas, contos, poesias, diários, ficções, resenhas, desenhos, músicas, misturebas das maiores e das mais misturadas.
E, para a gente do maracujá, funciona até mesmo como um jeito de saber notícias uns dos outros. Quando um viaja, quando se mete em muitos trabalhos dos cursos e de seus trabalhos mesmo, ou seja qual for o motivo para sumirmos. O fato é: as vezes sumimos, e o blog também funciona como o lugar onde dizemos que estamos com saudades, que queremos notícias, desejamos saber da pessoa, etc.
Cada blog deve ter a sua especificidade e o da gente é bastante específico. Mesmo nesse emaranhado todo.
Pessoas entram, pessoas saem como colaboradores. E a gente, serelepe e incansavelmente, posta coisas e mais coisas. E muitas vezes, deixamos de postar por tempos a fio: ou por falta de acesso à Internet ou porque não queremos mesmo ou porque temos mais o que fazer. Horas é um meio de comunicação, outras de não-comunicação, ou como já colocou-se certa vez nos marcadores, de comunicabilidade incomunicável ou de incomunicabilidade comunicável.
Memórias, desejos, ficções, diários, sensações, desabafos, opiniões, divisões (de vídeos, de livros, de filmes, de casos e de causos, de quadros, de desenhos, de músicas), construções, resenhas de livros, de filmes. Misturebas.
E, aqui, diferente da página da garota do filme, tem espaço para comentário, inclusive espaço sem mediação alguma, ou seja, qualquer um que queira pode vir e comentar o que queiramos e tenhamos postado.
Certa vez quis instalar um medidor de visitas e até um desses lances (programas) que a gente fica sabendo das estatísticas: quem acessou e quando e por quanto tempo; qual a faixa etária, qual a região onde moram as pessoas que entram no blog, etc. Desisti. Primeiro, porque me deu trabalho, segundo, porque não tinha deliberado com os outros, terceiro, porque achei bobice: nunca compreendi minha intenção em ter um blog e muito menos entenderia um tipo de monitoração a esse blog, pra que me serviriam estatísticas, números? A mim, falo. Outros blogueiros, não os julgo, nem é isso o que estou escrevendo, qualquer tipo de agressão ou crítica. Só não me interessou saber. E, também, as vezes que tive contato com páginas que tentavam me explicar o porquê de ter um tipo de programinha destes, sempre falavam em melhorar o que postávamos para atingir mais público, para agradar as pessoas, para sermos lidos. Isso me desinteressou deveras. O clima era de competição e eu, mesmo sem saber para que tinha feito um blog, sabia que não era para competir ou para ser muito lido ou seja lá o que for nesse sentido. É bom eu ressaltar que não estou criticando quem faça uso de coisas assim. Um dia posso vir a usar neste ou noutro blog, sei lá. É só para frisar que não estou escrevendo, agora, nada agressivo nem peremptório, nem para a posteridade ad infinitum, salve, salve...
Como já havia falado noutras ocasiões, não sou muito ligada nessas coisas de Internet, entrei aqui de soslaio (como tem na primeira postagem) e começou a fazer mais sentido isso aqui para mim quando chamei meus amigos para participarem junto comigo disso que é para mim a estranheza boa de escrever assim. Uns chamei outros pediram para escrever. E assim tem sido. Uma mistureba.
E as fronteiras: público? privado? verdade? ficção? isolado? conjunto? continuam assim: com interrogações no final.
Aqui não há uma linha condutora, uma coerência de forma nem mesmo de conteúdo. É fluxo, é como se fosse a vida acontecendo, sem forma. Inesperada.
O interessante é que eu, sempre ou, para ser menos drástica, vez ou outra, fico me indagando quanto a escrever num blog. Por ora. Pois sei que posso deixar de escrever a qualquer momento. Ou nunca deixar de fazê-lo. Como tudo o que acontece normalmente na vida.
Vez ou outra é que ligo a tomada chamada blog. Por que tenho um blog? Por que escrevo coisas aqui? Para mim isso não é virtual, como certa vez respondi para Tiago. Mas, isso é só algumas muitas vezes. Noutras, tenho total consciência de que é virtual sim. Mas, virtual não é mentiroso. E por não ser mentiroso também não é que tudo seja a verdade mais verdadeira do mundo.
Às vezes há direcionamento ou psotagens direcionadas para pessoas, outras: não. Misturebas.
E tem a grande questão da escrita. Do escrever para matar demônios. E para criar outros tantos.
Talvez o espaço dos comentários seja mesmo um indicador que há interação. Pois há mesmo abertura para um tipo de diálogo. Se eu escrevesse e cagasse, talvez fechasse o espaço para os comentários.
Mas, não tê-lo fechado também não indica necessidade de que haja essa tal interação. Pois, muitas vezes escrevemos aqui para escrever e pronto. Porque escrever salva. Porque escrever mata demônios. Porque escrever cria outros tantos demônios. Porque a gente não sabe de nada nessa vida. Porque escrever corta, sangra, mata, agride, melhora, adoece, cura. Porque as palavras têm rabo e a gente gruda nesses rabos das palavras e vai parar não sabe aonde. E porque a gente também as usa para não falar e para não fazer nada.
Seja como for, a gente pensa nas palavras e no ato de escrever. Para bem ou para mal. Isso nos interessa. A linguagem nos une e nos parte. Mas, amamos ou odiamo-las. O que não resta dúvida é de que algo sentimos por ela. Ela é a nossa grande questão. Antes de tantas outras tão grandes e tão, tão. Tão importantes para a gente também.
E, para amantes tão singulares da linguagem, nada melhor do que maracujá com açúcar. Para acalmar. Mas, também para esquecer o açúcar e lembrar do azedinho da vida. Do azedume de viver. Ou para esquecer o azedo e lembrar do doce do açúcar. La doce vita. O doce que mata. A diabete. O veneno doce. A gordura que fere.
Paracalmar. Maracujá com açúcar. Escrever para matar demônios. E para criar outros tantos.
Uma mistureba. Uma experimentação. Eterna até o tempo em que durar. Sempre cheia de interrogações, reentrâncias. Verdade e mentiras. Idas e vindas. Renovações e permanências.
Interação nem sempre tão interativa. Citações. Paródias. Teorias. Práticas. Escrevinhança. Pontes. Travessias. Desdobramentos. Infinitudes finitas. Paradoxos. Contradições. Popular. Erudito. Pseudo. Pimba. Da moda. Demodê.
Escrevi isso agora enquanto me perguntava tantas outras coisas. Mas, quis dizer só essas (ou nenhuma). E disse-as. Para quem? Esqueci de escolher. Tanto faz. O destinatário, o destino, o remetente, as noções, as divisões, as classificações, os porquês. Pouco importa. Disse. Escrevi. Quilos para nada dizer.
Essa é a graça. Ou a desgraça. Posso prolongar. Encurtar. Enrolar. Cansar. A mim e aos outros.
Outra coisa vista/ouvida no filme: não gostou? Não lê.
Nervoso (a) com a futilidade e com a inutilidade do texto? Maracujá com açúcar, bem.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Fresquinha
No msn:
- Eu canso de muita densidade, de muita incomunicabilidade, às vezes.
- risos
-vc ainda está aí?
-porque seria engraçado eu falando pro vento no msn sobre incomunicabilidade...
- kkkkkkkkkkk seria metalinguístico demais
E foi.
Diálogos: Eu e Tiago!
Cenário: os dois off line no msn.
Comunicação total.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Boas conversas sobre maus tempos
Digo logo: parte dessa (postagem) é endereçada (risos) porque surgiu da boa conversa que tivemos.
É sempre bom ter boas conversas com as pessoas. Especialmente com as que a gente gosta.
E devanear é sempre proveitoso. Pois, entre loucuras, eis que surge algo que faz sentido. Nada psicanalítico, mas falando a gente elabora pensamentos e pode chegar a conclusões necessárias para solucionarmos algo em nós.
Foi assim que se deu comigo. Falando com uma amiga querida sobre trabalho, relações profissionais, sobre ter chefes, sobre ser chefe… Inevitavelmente falamos sobre poder. Sobre abusos de poder. Sobre exercício do poder.
Cheguei à conclusão, depois de muita conversa despretensiosa e de muito desabafo e de ter feito uma analogia entre uma empresa em que a amiga com quem conversava trabalhou e uma escola onde ensinei, de que eu, cinco anos depois de ter saído da tal escola, ainda sofro conseqüências do poder exercido pela coordenação do lugar.
Depois de ter pedido demissão (forçada posto que a condição de trabalho, psicologicamente falando, era para adoecer qualquer pessoa) , nunca mais coloquei currículo em escola alguma: eu que adorava ensinar, que tinha uma relação legal com os alunos, que tinha tantas idéias e tanta vontade de colocá-las em prática por mais tempo para apurar um método, etc.
Medo de as escolas se comunicarem entre si, medo de uma determinada figura de lá dar informação mentirosa sobre mim para me queimar… Medos que parecem descabidos, mas que são justificados pela filosofia do lugar. Pela filosofia fodida que eles sempre fizeram questão de incutir na cabeça dos professores: de que a fila fora da escola estava cheia de profissionais querendo emprego, querendo a vaga que ocupávamos ali, que a escola era conceituada e que Buracaju era pequena, que todos se conheciam, que um professor para ser "estrela" tinha que fazer e prezar o nome, cuidar da imagem, saber ser um marqueteiro pessoal, etc, etc. Faz tanto tempo que agora não me resta muita lembrança das ameaças em si. Mas, uma coisa é certa: ficou o medo. Ficou a sensação de insegurança.
Eu era muito jovenzinha. Ainda nem havia saído da Universidade. E nesse emprego acontecia algo muito paradoxal: eu era feliz dando aulas e era infeliz ao me relacionar com a coordenação.
O estopim se deu com a morte de minha mãe. Eu tinha direito a três dias para resolver problemas, tais como entrar com o pedido de auxilio funeral no IPES (minha mãe era funcionária do Estado), etc. No segundo dia em que eu resolvia os problemas e vivia o luto mais forte que podia viver, uma coordenadora me liga e pede para eu ir imediatamente para a escola. Independente de eu ter direito aos três dias, dizia ela, eu precisava ter bom senso, pois a escola precisava de mim.
Era mau senso meu. Era para depois do entrerro de minha mãe, no mesmo dia, eu ir trabalhar como se tivesse "ido ali" apenas.
Eu estava sem pai, sem mãe, sem nenhum parente e sem a menor condição psicológica de continuar no emprego. Estava estilhaçada, em frangalhos. A alma doía.
Tive apoio daquele que se tornou meu companheiro. Saí do lugar. E nunca mais me recuperei das dores.
Concluí a universidade. Trabalhei em outros lugares. Passei em concurso. Minha visão acerca do trabalho mudou muito depois de muitas leituras e das experiências por que passei, etc. Abri mão do concurso para fazer o mestrado (sempre com o apoio de meu companheiro).
E as conseqüências do que vivi nesse primeiro emprego me perseguem até hoje. Eu não consegui me desvencilhar da violência simbólica que sofri.
Eu não admitia que não ter procurado outra escola para ensinar era por conta desses medos, dessas relações. Descobri assim: conversando.
Foi algo muito importante. E só o começo de uma provável superação.
Agora, escrevendo, senti o gosto amargo daquela época na boca… Hora de parar.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Para mudar de assunto (estou com sono)

Consegui ir. A aula foi boa. Mas, eu estava tomada por outras questões. A questão de gênero textual. Lembrava-me da frase de Clarice Lispector: "Inútil querer me classificar, eu simplesmente escapulo não deixando. Gênero não me pega mais".
Eu sempre senti que blog era algo muito público e não concordava com a idéia de compará-lo a um diário. Pois que sempre tive meus diários só para mim. E quando guria, se alguém ameaçava pegar meu diário, eu temia (meio como a música de Raul "Para Nóia). E depois, tem a questão de escrever sabendo que alguém (que a gente conheça ou não conheça) vai ler. Até onde a ficção? (ô conversa mais velha...mas, rolava ainda isso em minha cabecinha).
Daí, sem explicação alguma, criei o blog. Escrevi escondidamente. Parei. Até Jadão falar na possibilidade de fazermos um zine, um espaço onde publicaríamos "coisinhas" eu, ele e Tiago. Lembrei-me desse Maracujá e perguntei o que ele achava de escrevermos juntos num blog e enviei convite pros dois.
E entendi que aqui, a gente escreve o que pensa, elabora, não-elabora, brinca, finge, não-finge. Tenta debater. Debate. Fala de coisas que acha legal. Etc. Divide. Se expõe. E a questão da exposição é que é. Mas, a gente vai aprendendo. Aqui acaba sendo um espaço como outro qualquer. Pode ser simples para muitos, mas para mim, desacostumada com algumas tecnologias: não é.
Mas, o melhor de tudo, foi ter entrado nessa com os amigos. São muitas as vozes. E isso funciona, para mim, como um lugar público-privado (existe isso?). Jamais será meu diário, mesmo que eu coloque coisas que me aconteçam (ficcionalizando-as ou não). Jamais será um espaço para idéias fechadas, pois se existe lugar para comentários, existe espaço para discussão, debate e, portanto, mudanças, construção e desconstrução de idéias.
Levando-se em consideração que "jamais" é um termo deveras forte. Relativizo-o aqui.
Mas, o bom é que aqui dá para viver um pouco o lance de "gênero não me pega mais". Porque pode-se ser cronista, poeta, resenhista, contista, biógrafo, romancista, crítico, nada...Pode-se escrever sobre inúmeros temas, de inúmeras maneiras. Não há amarras. Isso é bom. Pode-se postar um link de um vídeo que a gente achou legal, pode-se postar esse vídeo, pode-se falar desse vídeo sem postá-lo e sem colocar link algum...
Pode-se escapulir de gêneros, de formas, de moldes.
Para mim, isso é bom. E é novo.
Parei de olhar de soslaio para blog's (eu não sei escrever plural dessa palavra). E se entrei aqui de soslaio, já estou um pouco mais à vontade.
Boa experiência tem sido até agora.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Diário de uma lombradA
Escrever assim é foda.
É foda Jadson escrevendo loucamente tosqueiras engraçadíssimas ao meu ldo, comtendo erros ngraçadissimos de portugeues e de lombraria.
Devidimos agofa deixar o exo assim: como sair,
´muito mais natural, espontneo e inovador.
além de que pdoe-se comparar que a verdade filossofia é uma ilusao. tudo é monagem, esse blog é monage . eu e ele a gene é montagem.
a cigarra, ao meu ver, era uma montagem, e,a parou de cantar, assim que falaos dela. o poo do sumário, minha gente, é uma montagem.
a moça que passou por aqui, cantando, uma eltra tosca, ouindo musica no ouido, era uma montagemk.f
jadson, mexeu no computador e flou: nam?
depois, haverá trasncrição. prometemos.
montagem é uma palavra-disfarce, par, vcs sabem bem para que. não preciso falar.
agora estamos com muita fome.
peciso explicar?
jadson não cosnegue falar muito rápido sobre a idéia de postarmos também uma foro.]os homens de branco passaram pora qui.
nao tive medo.
baeram apenas na peda.
não agride houmanos.
acenderam as luzes. já é noite, então!
jdson ja falou mil vezes em comermos uma coisinha elgal lá fora.
no sujeinho, na verdade.
vamos indo, nosd espedindo dessa experiencia experimental de experientar edcrever assim.
iriamos psotar foto psicoldelia.
mas, já estamos bem.
somos nós mesmos.
a fotos erve.
bjos atodos
cuidado! isso pdoe ser uma montagem.
ão sei porque teimos em eprseguir a ideia da montagem.
jadim ri.
musica chata de vanessa d amata jadson gosa dessa dos beijos vemelhos. as mulheres ouvem no fundo da gente.
no fundo paisagístico, como diria tati paisagem. não no amago de nós. como diria tiago.
aora, o que diria wesleu pc, ngm pdoe reproduzir aqui. seria grande para psotar.
weslwy soares, madnaria a gene para a porra, com olhar blasé. nãos eie screver frances. faltei a aula hj, isso vai fazer falta.
bjos,
não os acho chatos, como diz jadson. isso é mal educado, falei para ele. ele nao ligou.
bateu palmas, agora.
desligou o som e vams embora, sou apegada. nunca paro de escrever. e jadson uer comer. bnjs. vaid ar termpo sim.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Maracujá com açúcar
Disse Clarice Lispector que "escrever salva".
Escrever é o meu "maracujá com açúcar".
E entro aqui desconfiada de tudo, do chão que piso. É de soslaio que escrevo essa primeira postagem.
E de soslaio todas as outras, eu sei.