segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
O pastor amoroso, Alberto Caeiro
Tenho interesse nos perfumes.
Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro.
Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova.
Sei bem que elas cheiravam, como sei que existia.
São coisas que se sabem por fora.
Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça.
Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira.
Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Linda não, aquelas tuias
Linda não, aquelas tuia
Meu sonho foi pras cucuia quando dei fé de olhar.
Bem dizer, o jeito dela era um cristal de flanela de tanto fofo e brilhar
De lindeza bem muitona, de fofura desossada
Beicinho do bago grosso de bicudez encarnada
Um pilãozinho de cintura, dez léguas de formosura de vastidão deleitada
Criaturinha agarroza, festejosa no chegar
Cosquenta pelo cangote, mulecota nos coisar
Com três horas de espio, não dá pro cabra espiar
De tanto perigo afoito, trinta e sete, trinta e oito, os chinelins de pisar
Dois risquin de sobrancelha, os ói azul festejado
Platibandinha de testa, sem franzido ou pinicado
Linda não, aquelas tuia
Dei dois viva de aleluia, nesse sonho iluminado.
Mas repare meu cumpade, Cuma se deu o sonhado
A mãe dela intrometeu-se, de oxente interrogado
Eu só estou, caboquinha, tu essa hora sozinha nesse sonho amatutado
Sois cabocla apetrechada, de padrescíceras virtudes
Não te mete no destroço de viver de sonho e osso com o fulaninho dos grudes
Tu sois a miss lindeira, primeira nata da nata
Baliza tricampeã do estadual da Prata
Sois cabocla zero um, dos CPF tudin
Zero um das bonitezas, rainha das maciezas, sois discípla do pudim
Vai-te embora desse sonho, repara teu atrapalho
Tu podes morrer pisada pelos coturnos do orvalho
Será que tu não enxerga que esse sonho é coisa ruim?
Se teu pai não fizer não nada, dou-te uma surra bem dada, com uma fita de cetim
Acordei mais retesado, do que tora de imbúia
Banhei o rosto vincado, com quatro águas de cuia
Nunca mais sonhei com ela.
Uh... desorderinha dela
Linda não, aquelas tuia.
(Jessier Quirino)
Nossa! O que há com teu peru?
Adélia Prado - Para o Zé
Para o Zé
Eu te amo, homem, hoje como toda vida quis e não sabia, eu que já amava de extremoso amor o peixe, a mala velha, o papel de seda e os riscos de bordado, onde tem o desenho cômico de um peixe — os lábios carnudos como os de uma negra.
Divago, quando o que quero é só dizer te amo.
Teço as curvas, as mistas e as quebradas, industriosa como abelha, alegrinha como florinha amarela, desejando as finuras, violoncelo, violino, menestrel e fazendo o que sei, o ouvido no teu peito pra escutar o que bate. Eu te amo, homem, amo o teu coração, o que é, a carne de que é feito, amo sua matéria, fauna e flora, seu poder de perecer, as aparas de tuas unhas perdidas nas casas que habitamos, os fios de tua barba.
Esmero. Pego tua mão, me afasto, viajo pra ter saudade, me calo, falo em latim pra requintar meu gosto:
"Dize-me, ó amado da minha alma, onde apascentas o teu gado, onde repousas ao meio-dia, para que eu não ande vagueando atrás dos rebanhos de teus companheiros".
Aprendo. Te aprendo, homem. O que a memória ama fica eterno. Te amo com a memória, imperecível.
Te alinho junto das coisas que falam uma coisa só: Deus é amor. Você me espicaça como o desenho do peixe da guarnição de cozinha, você me guarnece, tira de mim o ar desnudo, me faz bonita de olhar-me, me dá uma tarefa, me emprega, me dá um filho, comida, enche minhas mãos.
Eu te amo, homem, exatamente como amo o que acontece quando escuto oboé. Meu coração vai desdobrando os panos, se alargando aquecido, dando a volta ao mundo, estalando os dedos pra pessoa e bicho.
Amo até a barata, quando descubro que assim te amo, o que não queria dizer amo também, o piolho.
Assim, te amo do modo mais natural, vero-romântico, homem meu, particular homem universal.
Tudo que não é mulher está em ti, maravilha.
Como grande senhora vou te amar, os alvos linhos,a luz na cabeceira, o abajur de prata; como criada ama, vou te amar, o delicioso amor: com água tépida, toalha seca e sabonete cheiroso, me abaixo e lavo teus pés, o dorso e a planta deles eu beijo.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O amor e o sertão
Jessier Quirino (ou das coisas bonitas que acontecem em nossas vidas)
Lá sou amigo do rei
Lá tem coisas "daqui, ó!"
Roy Rogers, Buc Jones
Rock Lane, Dóris Day
Vou-me embora pro passado.
Vou-me embora pro passado
Porque lá, é outro astral
Lá tem carros Vemaguet
Jeep Willes, Maverick
Tem Gordine, tem Buick
Tem Candango e tem Rural.
Lá dançarei Twist
Hully-Gully, Iê-iê-iê
Lá é uma brasa mora!
Só você vendo pra crê
Assistirei Rim Tim Tim
Ou mesmo Jinne é um Gênio
Vestirei calças de Nycron
Faroeste ou Durabem
Tecidos sanforizados
Tergal, Percal e Banlon
Verei lances de anágua
Combinação, califon
Escutarei Al Di Lá
Dominiqui Niqui Niqui
Me fartarei de Grapette
Na farra dos piqueniques
Vou-me embora pro passado.
No passado tem Jerônimo
Aquele Herói do Sertão
Tem Coronel Ludugero
Com Otrope em discussão
Tem passeio de Lambreta
De Vespa, de Berlineta
Marinete e Lotação.
Quando toca Pata Pata
Cantam a versão musical
"Tá Com a Pulga na Cueca"
E dançam a música sapeca
Ô Papa Hum Mau Mau
Tem a turma prafrentex
Cantando Banho de Lua
Tem bundeira e piniqueira
Dando sopa pela rua
Vou-me embora pro passado.
Vou-me embora pro passado
Que o passado é bom demais!
Lá tem meninas "quebrando"
Ao cruzar com um rapaz
Elas cheiram a Pó de Arroz
Da Cachemere Bouquet
Coty ou Royal Briar
Colocam Rouge e Laquê
English Lavanda Atkinsons
Ou Helena Rubinstein
Saem de saia plissada
Ou de vestido Tubinho
Com jeitinho encabulado
Flertando bem de fininho.
E lá no cinema Rex
Se vê broto a namorar
De mão dada com o guri
Com vestido de organdi
Com gola de tafetá.
Os homens lá do passado
Só andam tudo tinindo
De linho Diagonal
Camisas Lunfor, a tal
Sapato Clark de cromo
Ou Passo-Doble esportivo
Ou Fox do bico fino
De camisas Volta ao Mundo
Caneta Shafers no bolso
Ou Parker 51
Só cheirando a Áqua Velva
A sabonete Gessy
Ou Lifebouy, Eucalol
E junto com o espelhinho
Pente Pantera ou Flamengo
E uma trunfinha no quengo
Cintilante como o sol.
Vou-me embora pro passado
Lá tem tudo que há de bom!
Os mais velhos inda usam
Sapatos branco e marrom
E chapéu de aba larga
Ramenzone ou Cury Luxo
Ouvindo Besame Mucho
Solfejando a meio tom.
No passado é outra história!
Outra civilização...
Tem Alvarenga e Ranchinho
Tem Jararaca e Ratinho
Aprontando a gozação
Tem assustado à Vermuth
Ao som de Valdir Calmon
Tem Long-Play da Mocambo
Mas Rosenblit é o bom
Tem Albertinho Limonta
Tem também Mamãe Dolores
Marcelino Pão e Vinho
Tem Bat Masterson, tem Lesse
Túnel do Tempo, tem Zorro
Não se vê tantos horrores.
Lá no passado tem corso
Lança perfume Rodouro
Geladeira Kelvinator
Tem rádio com olho mágico
ABC a voz de ouro
Se ouve Carlos Galhardo
Em Audições Musicais
Piano ao cair da tarde
Cancioneiro de Sucesso
Tem também Repórter Esso
Com notícias atuais.
Tem petisqueiro e bufê
Junto à mesa de jantar
Tem bisqüit e bibelô
Tem louça de toda cor
Bule de ágata, alguidar
Se brinca de cabra cega
De drama, de garrafão
Camoniboi, balinheira
De rolimã na ladeira
De rasteira e de pinhão.
Lá, também tem radiola
De madeira e baquelita
Lá se faz caligrafia
Pra modelar a escrita
Se estuda a tabuada
De Teobaldo Miranda
Ou na Cartilha do Povo
Lendo Vovô Viu o Ovo
E a palmatória é quem manda.
Tem na revista O Cruzeiro
A beleza feminina
Tem misse botando banca
Com seu maiô de elanca
O famoso Catalina
Tem cigarros Yolanda
Continental e Astória
Tem o Conga Sete Vidas
Tem brilhantina Glostora
Escovas Tek, Frisante
Relógio Eterna Matic
Com 24 rubis
Pontual a toda hora.
Se ouve página sonora
Na voz de Ângela Maria
"— Será que sou feia?
— Não é não senhor!
— Então eu sou linda?
— Você é um amor!..."
Quando não querem a paquera
Mulheres falam: "Passando,
Que é pra não enganchar!"
"Achou ruim dê um jeitim!"
"Pise na flor e amasse!"
E AI e POFE! e quizila
Mas o homem não cochila
Passa o pano com o olhar
Se ela toma Postafen
Que é pra bunda aumentar
Ele empina o polegar
Faz sinal de "tudo X"
E sai dizendo "Ô Maré!
Todo boy, mancando o pé
Insistindo em conquistar.
No passado tem remédio
Pra quando se precisar
Lá tem Doutor de família
Que tem prazer de curar
Lá tem Água Rubinat
Mel Poejo e Asmapan
Bromil e Capivarol
Arnica, Phimatosan
Regulador Xavier
Tem Saúde da Mulher
Tem Aguardente Alemã
Tem também Capiloton
Pentid e Terebentina
Xarope de Limão Brabo
Pílulas de Vida do Dr. Ross
Tem também aqui pra nós
Uma tal Robusterina
A saúde feminina.
Vou-me embora pro passado
Pra não viver sufocado
Pra não morrer poluído
Pra não morar enjaulado
Lá não se vê violência
Nem droga nem tanto mau
Não se vê tanto barulho
Nem asfalto nem entulho
No passado é outro astral
Se eu tiver qualquer saudade
Escreverei pro presente
E quando eu estiver cansado
Da jornada, do batente
Terei uma cama Patente
Daquelas do selo azul
Num quarto calmo e seguro
Onde ali descansarei
Lá sou amigo do rei
Lá, tem muito mais futuro
Vou-me embora pro passado
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Notícias de uma paz particular?
Depois qu resolver tudo: vou dar uma olhada gingantesca no rio de minha infância. Vou passar também em frente à casa da minha meninice e vou dar um abraço na minha melhor amiga de infância: acabamos de marcar isso.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Existe o cinema brega?

Alguem já ouviu falar em cinema brega? Bem, se sim ou se não, pode colocar “VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO” na lista de filmes bregas , mas não pense que o brega aqui referido é aquele pejorativo que alguns gêneros musicais levam de longe tal pecha. O conceito de brega referido aqui é a ideia de pathos, palavra grega que significa exatamente apaixonado e por isso patético, desmedido, algo que o velho Platão considerava uma conduta no mínimo deselegante. Sabe aquelas músicas que ouvimos quando estamos com dor de cotovelo e bebendo muito para esquecer do amor que nos deixou e que no fundo clamamos para que ele volte?. Pois bem, este é exatamente o filme de Marcelo Gomes e de Karin Ainüz e é um filme que já mais passaria nas telas da acadêmia platônica, pois até seu último fotograma ele transpira intensa paixão.
Vi o filme no último domingo da forma mais inusitada possível, em que o comentário “ele só fala e nunca aparece não é?, já estou ficando agoniada!” pode dá uma ideia de quão inusitado foi, mas isso só aumentou a intensidade de como eu via o filme. Filme que me deixava em estado perplexo e de perene ebulição, pronto para explodir em lágrimas, por que sabe aquele ditado “entre a dor e o nada eu prefiro a dor” nunca se justificou tanto.
Narrado por um personagem em off, e que a partir de uma câmera subjetiva nos leva ao interior do nordeste, acompanhamos essa viagem insólita de um geólogo em busca de esquecer uma paixão por uma botânica de cabelos loiros, a qual se reportava carinhosamente como “ galega” e ainda afirmava que formavam o par perfeito, pois enquanto ele escavava pedras, ela colhia flores. Num primeiro momento ele só fala da saudade doida que sentia dela , enquanto passava pelas áridas cidades do interior do nordeste, de sol rachante, poeira sufocante e de pessoas sofridas, mas que apesar de tudo humanas. No segundo momento descobrimos que ele rompeu com a galega e para esquecer embarca numa viagem sofrida. E o calvário ainda é pouco pois ele viaja porque precisa e não volta porque ainda ama!
Para quem viu “ O céu de Suely” e “Madame Satã”, não demora a perceber que é Karin Ainüz que dita o tom do filme. Ele humaniza os personagens numa força estonteante, vide a sequencia em que o personagem se entrega a prostituição, lembrando muitas vezes situações vividas por personagens dos filmes citados. Mas a grande sacada dos cineastas foi o roteiro que se coadunou as imagens capitadas pelas câmeras utilizadas no processo de filmagem de forma brilhante. E ainda fica claro a referencia a cineastas como Eduardo Coutinho, Jean Rouch, Chris Marker e Jorge Bodansky.
Enquanto um “galego” não faz com que eu sinta dor na vida, vou deixando de lado o nada, para recordar para sempre essa pequena obra-prima....
beijos passionais
J.
sábado, 28 de agosto de 2010
Memória e subjetividade amorosa
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Notícias do mundo de cá: o nascimento de uma criança - reflexões para o mundo dos mortos ou do silenciamento
Inconformada eu? Nem sei do que não me (in)conformo ou o que mesmo desejo. Porque do impossível eu já sei que não se fala.
O cigarro negro da solidão que venho fumando desde mesmo quando você era viva e estava comigo estranhamente não amarga na boca. Amarga por dentro quando sabemos da possibilidade do câncer. Do câncer que ferra a vida, a alma e a fala da gente.
Fumávamos as duas desse cigarro, mamãe. Você na sua geração e eu na minha. Você e eu fumávamos desse cigarro mesmo quando não fumávamos nada e quando não havia fumaça.
Lembrávamos de um tempo que não chegamos a viver. Também eu não vou chegar lá.
Ontem soube do nascimento de mais uma criança em nossa família. Eles também não me procuram. Como antes, estamos sós. Estou só.
Há uma outra família. A qual não pertenço, mas que diz ter-me abraçado por conta de um dos membros. Há uma linha de não-entrega tão demarcada que muitas vezes eu rio, sabia?
Lá eu como, durmo, tomo banho. Mas, não sou. Lá eles são eles e eu a parte. Mas, as pessoas, mamãe, continuam a fingir. Também eu o faço. Mas, não muito bem, pois sempre em crise. Vivo sempre em crise.
Sabia que nunca mais um abraço de verdade? Nunca mais ninguém tirou cravos de minhas costas. Eles saem no banho, com os óleos com os quais tomo banho. É. Tenho tentado parecer um pouco com você. Assim, os óleos durante os banhos e os hidratantes depois.
Outro dia achei um dos que você usava. O cheiro me emocionou. Mas, não havia muito sentido em dividir isso com outra pessoa.
Este é um escrito desorganizado. Como sou desorganizada.
Como é possível, mamãe, alguém como eu, hein?
Nasci mesmo assim? Fui-me transformando? O processo sempre foi silencioso? Será sempre?
Enfim, são tantas coisas. Algumas dizíveis sim, mas não por ora. Por ora, só a negra fumaça do cigarro da solidão.
domingo, 22 de agosto de 2010
Sabedoriaamor implícitos

Uma vontade de beijar aquelas bochechas penduradas e de cheirar-lhe o cangote rechonchudo e dizer ainda: sua boba, é AMOR o que está me ensinando!
Lembrei-me de uma das poesias mais lindas e profundamente sensíveis que já li aqui nesse blog da Adélia Prado, postada certa vez por Ninete. Repito-a aqui tomado por estranha paz. Estranha paz é efeito de amor?
Ensinamento
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Entre a orgia violenta de Rubem Fonseca e o dilema politico-moral de Eloy de la Iglesia

Já vi quatro obras do esquecido diretor espanhol Eloy de La Iglesia e de fato fiquei extasiado com dois dos quatro filmes dele que pude assistir o primeiro “O Sacerdote” que narra a crise de um padre que transpira desejo por todos os poros e que se auto-flagela na tentativa de domar o corpo até perceber que o espírito é também parte fundante de seu hiper-libíbo, a narrativa lembra muito os planos oníricos do magnânimo Buñuel e o roteiro prima por contestação política ímpar. O segundo é de um impacto que estou sem fôlego até agora, “El Diputado” é sem dúvidas o melhor filme do diretor, apesar de ter visto poucos, acho difícil algum outro superá-lo, mesmo porque acho ele um dos melhores filmes da minha vida, sem exageros! O filme é surpreendente e conta a história de um deputado do partido comunista recém eleito depois da queda da ditadura de Franco, é clandestinamente homossexual e casado com uma bela mulher, se envolve continuamente com michês, só que a mando do partido fascista um michê se envolve com ele na intenção de provocar um escândalo, e derrubá-lo politicamente. Só isso já era grandioso visto que o dilema moral vivido pelo personagem já funcionaria belamente, mas Eloy não se contenta e constrói um verdadeiro libelo em prol do amor. PERFEITO! Agora virei fã também querido Wesley de Castro.
“Lúcia McCartney “é o livro que me minha amiga me emprestou ontem para ler, escrito pelo meu contista favorito Rubem Fonseca, o qual a tempo já era fã, conta uma porção de coisas ainda estou no início do livro, mas várias histórias paralelas estão se desenrolando acredito que vão se tocar de algum modo. Até agora o livro se apresenta de forma primorosa, conciso pungente e como sempre violentíssimo, estou a adorar. O fato é que os personagens do Rubem me cativam de uma forma acachapante. Amo a densidade do indivíduo construído pelo autor, ele é absolutamente genial.
Esperando por mais coisas de ambos.....
Beijos.
JT
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Acordei, abri os olhos e ainda deitado: "eu sei que hoje é um dia como outro qualquer, mas HOJE eu quero brincar ."

Composição: Moraes Moreira / Galvão
Não se assuste pessoa
Se eu lhe disser que a vida é boa
Não se assuste pessoa
Se eu lhe disser que a vida é boa
Enquanto eles se batem
Dê um rolê e você vai ouvir
Apenas quem já dizia
Eu não tenho nada
antes de você ser eu sou
Eu sou, eu sou, eu sou amor
Da cabeça aos pés
Eu sou, eu sou, eu sou amor
Da cabeça aos pés
E só tô beijando o rosto de quem dá valor
Pra quem vale mais o gosto do que cem mil réis
Eu sou, eu sou, eu sou amor
Da cabeça aos pés
Eu sou, eu sou, eu sou amor
Da cabeça aos pés
Aos meus amigos com carinho...
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Rua de mão única
Entre "Toy Store 3" e "Três formas de amar"

No último sábado vi com um casal porreta esses dois filmes lá em casa, o primeiro em uma cópia pirata que estava quase inasistível, tanto que preciso revé-lo, mas mesmo assim tenho que concordar com Wesley de Castro o filme tem sacadas geniais e tenho que falar que o filme respeita a inteligência das crianças ao mesmo tempo que alcança os sentidos enfadados de nos adultos, a nostalgia, a crítica focaultiana e o ode a amizade me cativaram demasiadamente.
O segundo é pura nostalgia visto que o vi a muito tempo atrás e ele ficou marcado na minha memória como um dos grandes filmes adolecentes que eu vi, e nossa rever ele foi um bálsamo ele não é tão triste como eu pensava que seria mais é encantador do mesmo modo e assim como o filme anterior é uma grande homenagem ao sentimento que nos invade quando temos grandes amigos.
Tenho saudades dos meus queridos amigos que amo tanto e relembro de nossas aventuras e poxa vomos nos ver urgente!
Jadson
terça-feira, 20 de julho de 2010
Hoje é dia do amigo, só HOJE?

Nossa, como sempre meu aniversário redeu lindos momentos, inesquecíveis e eternos.
Vê todos juntos ou quase juntos é de uma emoção impar.
Sendo bem simples e sem nenhum filosofema, EU ADORO VOCÊS!
adoro a todos e gradeço a cumplicidade, o carinho e as pungentes palavras, meus queridos me confundo em vocês ao mesmo tempo que sei que não sou voces!
E adoro envelhecer ao lado seu..............(rs)
AMO-VOS!
Jadson Teles
terça-feira, 22 de junho de 2010
Algumas considerações sobre o amor- parte II

O segundo pensador que trago aqui para falar do amor é o dinamarques Soren Kierkegaard, que propõe uma espeie de ética cristã, vejamos um poquito.
Para Kierkegaard, o amor só pode ser conhecido através de seus frutos, de suas obras, pois ele tem uma vida oculta e se revela, se manifesta na necessidade de ser reconhecido e assim se faz pelos frutos, assim como pensamento que se revela na expressão do discurso, assim é o amor cristão que se movimenta e tem a eternidade em si. Não podemos conhecer a origem do amor pois ele se funda misteriosamente no amor de Deus. Portanto, só é possível conhecer os frutos aquele que crê no amor, “Só aquele que permanece no amor pode conhecer o amor do mesmo modo como seu amor deve ser conhecido1”.
Kierkegaard nos lembra que o mandamento “ amarás a teu próximo como a ti mesmo” pressupõe que o homem ama a si mesmo e deve amar a todos como a ti mesmo, ou seja, o amor por ele elogiado não é de forma alguma egoico, na exigência do amor ao próximo não se deve amar desmedidamente, o amor de si é a medida. O verdadeiro amor é dirigido a todo o gênero humano. O próximo não é aquele que está mais perto, mas o outro, ou seja, todo e qualquer homem.
O dinamarquês afirma que o próximo é uma reduplicação, “ como a ti mesmo” contido na lei divina afasta a possibilidade de um amor egoísta, pois o homem egoico não suporta a ideia de reduplicidade. Há no pensamento de Kierkegaard uma clara preocupação com a alteridade do indivíduo, com um amor que se concretiza num dever que tem como medida a sua própria subjetividade.
JT
segunda-feira, 21 de junho de 2010
BONNE ANIVERSAIRE!

Wesley PC>
terça-feira, 15 de junho de 2010
Promessa cumprida
Porque promessa é promessa.
Porque são dias impagáveis os que nos juntamos.
Porque eu morri de rir com os desenhos que Jadson assitia quando era pequeno. Uma mulher toda cor-de-rosa, com uma dança para lá de drag e ele ainda ousava dizer que ela era cor-de-rosa, mas que tinha estilo.
Tudo bem. Nada a ver essas coisas com Tetê Spíndola e Clementina de Jesus, não é?
Não.
A gente inveredou, noite dessas, em assistir a tudo que era vídeo condizente com a nossa vida. E de Patrícia Marx a Diana e a desenhos toscamente animados, chegamos a ver esse encontro para lá de inusitado, boquiabertos.
Tiago, com urgência, falou que precisava muito ouvir mais Clementina de Jesus.
Eu, baixei o Pássaros na garganta de Tetê.
De todos a que mostro o encontro ouço: é insuportável ouvir Tetê. Odeio a voz de Tetê. É irritante ouvir Tetê.
Nós somos o outro lado. Rimos. Admiramos.
De qualquer forma, boa descoberta. Além de ter tido contato com uma foto muito peculiar que me passara uma mensagem de um encontro não acontecido na infância.... (preferi ser obscura proque se eu dissesse que morri de rir com a foto que vi, levaria um sermão....).
Enfim, sempre é mágico estar perto dessas pessoas enlouquecidas, gritantes do Maracujá mais erótico que já vi.
sábado, 12 de junho de 2010
O QUE EU ESTOU A LER AGORA:

“Sabe como é que eu imagino a felicidade? Acho que, quando a gente é feliz, a gente está junto de alguém que tem a pele muito fina e depois a beijamos nos lábios e tudo se encobre de uma névoa rósea e o corpo da pessoa se transforma numa multidão de espelhinhos e, quando olhamos para ela, somos refletidos milhões de vezes”...
A citação segue em frente, mas acho que, até onde eu fui, já dá para imaginar o que a peça “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”, de Fernando Arrabal, está a me causar gozo intenso: simplesmente genial!
Wesley PC>