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domingo, 1 de agosto de 2010

Reencontro feliz!

Talvez eu esteja adiantada, pois ainda estou em Salvador. A noite ainda vou sair. Mas, já estou com muita vontade de falar tudo o que me aconteceu aqui, de como foi o Seminário, da sensação de caminhar muito em cidade que não é a nossa, das idéias que passam pela cabeça com os nomes dos ônibus que tomamos para ir para os lugares, etc., etc.
Sem falar que a saudade de meus amigos já está a me consumir os cabelos da cabeça.
Mas, aqui me aconteceu algo muito bom. Reencontrei um grande amigo com o qual perdi contado há mais de dois anos.
Estávamos os dois no Seminário. Eu estava nas cadeiras da frente do teatro e vi, por um telão, ele fazer uma pergunta para as pessoas de uma mesa que acabávamos de assistir. Reconheci. Mas, antes, me esforcei. E pensava: "Meu Deus, tenho a sensação de que essa pessoa que acabou de falar parece-se com alguém que me é muito querido, mas quem?".
Quando, enfim, lembrei: fui tomada de alegria imensa.
Nos encontramos ho hall do teatro e ficamos perto nos outros dias um do outro.
Vim ficar com ele na residência da UFBA para tentar recuperar os tempos afastados.
Conversamos como se tivéssemos nos separados apenas por uma semana. Pusemos muitos assuntos em dia. E nos re-encontramos. Ou seja, falamos muito do que éramos antes e do que somo hoje e até mesmo falamos coisas que antes não falamos (nessas horas se dava mesmo o encontro).
Foi um feliz re-encontro. E espero não mais perdermos contato.
E, agora, enquanto posto sobre nosso re-encontro, ele entra no quarto e começamos a falar de re-encontros e de orkut e de blog's.
Compartilhamos comida, dias, filmes, impressões e vontades (planos) e também o passado (além do passado remoto).
Indizível a sensação. Talvez a mesma do primeiro encontro (não falo do primeiro dia que nos vimos, mas do encontro que foi o incício de nossa amizade: eu, desesperada, depois de uma briga, depois de agir com imaturidade, de ter ficado sem chave de casa, sem ter para onde ir, perto de meia-noite, depois de ter ligado para um monte de gente e não ter encontrado abrigo, liguei para ele, que eu conhecia tão pouco, e ele me recebeu em sua casa e conversamos e dali em diante ficamos encontrados, ficamos amigos).
Outros acontecimentos se deram. Ele foi embora. Fizemos a festa de depedida dele em minha casa.
E agora esse novo encontro.
Não nos víamos há tempos, não estamos mais iguais e esse encontro é diferente. Mas, nada disso significa outra coisa que não a felicidade de, outra vez, estarmos juntos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Não há luar como esse do sertão...

Dia desses, fui a um sítio localizado em um interior  em Itabaiana (portanto, bem pertinho de Aracaju) chamado Sambaíba.
Lá, passei toda a tarde e um bom pedaço da noite. Comemos amendoins colhidos e cozidos assim: na hora. Jogávamos as cascas na terra e sabíamos que as galinhas e as cabras viriam comê-las.
O tempo era longo, desmanchado, lento. O feijão verde do almoço foi colhido e cozido da mesma forma. O limão, a laranja, o maracujá para a cachaça: idem.
Os cheiros característicos: fortes ou suaves demais inebriavam. O barulho do vento nas árvores, nas plantas descansava os ouvidos acostumados a barulho de carros, a buzinas e freadas.
Quando a noite veio, no céu a lua era minguante. Mas, nem por isso, menos faceira. Bonita, tomando forma, mais parecia adolescente que procura seu lugar no mundo, que procura significar uma nova corporeidade que simplesmente lhe toma.
A noite trouxe outros sons. O coaxar de muitos sapos, as cigarras, os grilos. Os sapos pareciam uma grande comunidade de políticos que discursavam, que debatiam assuntos comuns e importantes.
O vento frio, criava um clima agradável.
E, depois de tanta cachaça, esquentamo-nos com café. Puro. Cheiroso.
Eu não queria mais sair de lá.
E ainda tinha a presença de Zé Arnaldo. Caseiro do sítio. Sua mulher, arredia, dessas "envergonhadas", como eles dizem, passava sempre muito longe, distante, olhando de soslaio.
Mas, Zé Arnaldo ficou entre a gente e conversava muito. Contava suas aventuras da época em que bebia muito e, que uma vez bêbado, virava valente, queria brigar com todo mundo.
Zé Arnaldo começava com o 21 e depois "rebatia a bucha" com cerveja.
Ameaçava a mulher, dava murro no dono do bar. E, no outro dia, Zé Arnaldo não lembrava de nada. Contavam-lhe suas astúcias e ele ia, envergonhado, pedir desculpas.
Foi uma tarde boa.
Quando fomos embora, passamos por um caminho de terra molhada. O carro que nos levara havia atolado na frente, na porta do sítio e fomos escorregando, afundando os pés na lama até lá. Em fila indiana: eu, Rogério, Paulo, Fernanda, o casal que nos recebera e Zé Arnaldo.
Zé Arnaldo nos ajudava, segurava as nossas mãos, apoiava moralmente na travessia.
Durante a tarde toda, notei uma tatuagem em seu ante-braço. Quis perguntar, mas fiquei encabulada.
Quando nos despedimos de verdade, percebi um nó em minha garganta. Eu sentiria falta de Zé Arnaldo. De sua magreza, de sua solicitude, de sua amizade.
Zé Arnaldo dividira uma boa parte a vida dele comigo, num alpendre do sítio. De sua viagem à Salvador, de sua infância, de seus estudos até a 4ª série, de uma cadelinha que ele teve e que se chamava Bolinha.
Zé Arnaldo me contou o seu grande sonho: comprar uma casinha.
Disse-lhe adeus com um sentimento de perda.
Na estrada, de volta, olhava o breu ao lado. Sentia o cheiro forte da mata. Coloquei a cabeça para fora da janela do carro e olhei o céu. Azul escuro. Cheio de estrelas. Todas elas tão coladas, meu Deus.
Lembrei de minha mãe. De minha infância. E pensei: Zé Arnaldo, será mais uma lembrança querida. Dessas que a gente não fala, mas sente.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu me transformo em outras, um filme perturbador...

Bom, depois de ouvir meus admiráveis e amados amigos falarem, em diversas situações, que para driblar a insônia, velha companheira de todos nós pelo vsito, assitem a filmes, eu decidi aderir ao tal remédio.
E, noite dessas, insone, coloquei um filminho para relaxar: Inland Empire, de David Lynch.
Ok. Quase três horas de uma versão "eu não tô entendendo que não vou conseguir parar de ver e só tô entendendo que isso não vai me relaxar em nada esta madrugada".
E foi exatamente assim que se deu: assisti até o final. Não relaxei. Inquietei-me deveras. Com aquela história que a princípio reduzi: é uma atriz pirando por ser atriz, por interpretar outras pessoas... Lembrava-me de Persona de Bergman e achava que era um jeito de David Lynch lidar com um tipo de "influência" (no bom sentido). Tão bom sentido que havia asseverado e muito na proposta de uma mulher enrolada nas brenhas do pensamento. Em Bergman eram duas as atrizes e ele, Lynch, nos apresentava uma só a viver várias.
Logo desisti desse reducionismo. O filme era por si mesmo uma linha tênue. Uma transgressão. Um borrão (não acho boa essa palavra) que me deixava no mesmo limite: também eu me transformava em outras a cada minuto que se passava, que eu vivia, que experienciava o filme...
E o que é Inland Empire? E aquela cara assustadora e aquela câmera tão singular quando eu achava que ok, as coisas já estavam resolvidas...
O bom foi que viciei nessa tática. E se assistir a filminhos por conta da insônia não melhora a insônia, me deixou acordada de maneira muito mais instigante.
Fiquem com a imagem-sensação que me impressionou e me fez soltar um "puta caralho" na madrugada e com o conselho de que é bom sim assistir a filmes com insônia, se não acalma: perturba: é o que há. E eu gosto disso.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Epifania, Literatura, Besteira e Gargalhada - quase uma paródia de um texto espetacular de Tiago esse título, não?


Desde os doze anos de idade eu fui fisgada pela escritura de Clarice Lispector. Nada intelectual. A coisa se deu da maneira mais táctil e sensível possível. Deparei-me com Água Viva e o li no quintal de casa. Ao terminar o livro eu sabia que um eu feminino escrevia para um tu masculino. Que esse eu era pintora e agora lidava com as palavras e que sentia o domingo parecido como eu sentia.
Eram as impressões de uma menina de doze anos.
Não larguei mais Clarice e as relações foram se dando sempre de maneira mais complexa. Até que decidi fazer o curso de Letras.
A relação com a obra da minha então escritora preferida não mudou. Continuava amorosa. Ela não era meu objeto de estudo e quando o foi, não me afastei. Pelo contrário, a aproximação era sempre e cada vez mais significativa.
Por esse motivo, deixei-a guardada só para mim e estudo hoje uma outra escritora que me emociona muito especialmente com a escritura do livro que se fez objeto do projeto de Mestrado. Ela é Alina Paim e o lviro é A sétima vez.
Acho que não consigo estudar de maneira mecânica. Para mim se faz necessário haver paixão.
A obra de Clarice Lispector e a de Alina Paim são plenas de construções linguísticas próprias, reforçadas por uma estrutura sintática peculiar, capaz de, simultaneamente, encantar e envolver o leitor em um universo linguístico e poético renovando conceitos de leitura.
Sabia eu que as obras de Lispector geralmente focam a epifania, traduzida em momentos de revelação, em que determinado personagem se defronta com a verdade.
Aliás, esse foi o tema da monografia que escrevi para concluir o terceiro período do curso (estranho, não é? Mas, foi isso mesmo: à época, não rolava TCC no curso de Letras aqui na UFS e fizemos monografia como uma tipologia textual na disciplina Produção de texto III).
Não me envergonho do que escrevi, uma vez que eu era semi-caloura à época.
A vida continuou. Os períodos foram se sucedendo. Concluí o curso e hoje estudo essa outra autora, sob um outro viés: o viés da memória.
Daí que de repente pensei: não é que há e muito de epifania nesse A sétima vez?
Também Teodoro (personagem principal do livro) é exposto a um acontecimento, que ele denomina de fenômeno, que muda sua vida, que o faz conhecer um tipo de verdade. Apesar de que todo seu envolvimento com esse tal fenômeno está ligado á duras questões como a Ditadura Militar brasileira, etc.
Não vou desenvolver à exaustão esse pensamento. Talvez ainda o faça por gosto para apresentar algum trabalho.
Agora, só fico mesmo feliz com o descortinar do pensamento à caminho da padaria.
Hoje já vivi ápices de sentires (vulgo raiva mesmo). Agora, me diverti para caramba com uma última espiadela no que mais me chateou e ri. Ri. Ri muito e tanto, que lembrei-me dessa denominação: epifania.
O descortinar de uma verdade. Um momento que transforma. Não aplica-se ao que citei agora que me fez rir, mas sim às duas escritoras.
E, assim, fico feliz de verdade.
Termino o dia às gargalhadas com a besteira que me fez rir de verdade e à bessa e feliz em ter percebido essa ligação entre duas grandes escritoras que estão comigo sempre.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Promessa cumprida


Porque promessa é promessa.
Porque são dias impagáveis os que nos juntamos.
Porque eu morri de rir com os desenhos que Jadson assitia quando era pequeno. Uma mulher toda cor-de-rosa, com uma dança para lá de drag e ele ainda ousava dizer que ela era cor-de-rosa, mas que tinha estilo.
Tudo bem. Nada a ver essas coisas com Tetê Spíndola e Clementina de Jesus, não é?
Não.
A gente inveredou, noite dessas, em assistir a tudo que era vídeo condizente com a nossa vida. E de Patrícia Marx a Diana e a desenhos toscamente animados, chegamos a ver esse encontro para lá de inusitado, boquiabertos.
Tiago, com urgência, falou que precisava muito ouvir mais Clementina de Jesus.
Eu, baixei o Pássaros na garganta de Tetê.
De todos a que mostro o encontro ouço: é insuportável ouvir Tetê. Odeio a voz de Tetê. É irritante ouvir Tetê.
Nós somos o outro lado. Rimos. Admiramos.
De qualquer forma, boa descoberta. Além de ter tido contato com uma foto muito peculiar que me passara uma mensagem de um encontro não acontecido na infância.... (preferi ser obscura proque se eu dissesse que morri de rir com a foto que vi, levaria um sermão....).
Enfim, sempre é mágico estar perto dessas pessoas enlouquecidas, gritantes do Maracujá mais erótico que já vi.

domingo, 6 de junho de 2010

Grata




Era noite de ontem. A cabeça doía num misto de cansaço e de teimosia (a teimosia: não, não quero dormir. Quero mais do dia, muito mais!). O toque do celular mais parecia um sino badalando enormemente em minha cabeça. Do outro lado: voz sempre rápida, mil e uma colocações por segundo, pergunta pela "máquina de lavar" - nossa piada sexual interna - risos e um ultimato: ligue a TV porque vai passar agora um documentário sobre Os doces bárbaros, tu já viste esse? (era Wesley).
Eu não estava em minha casa e quando liguei a tv estava na segunda parte do documentário.
Para quem queria mais do dia, eu estava conseguindo e parecia criança por dentro de tão feliz.
Num dos intervalos, peguei o celular para ligar para Wesley para agradecer e interagir: o celular havia descarregado. Precisava dos sorrisos gozosos dele, dos de de Jadão idem- era plano meu ligar para ele também.
Precisávamos, por tudo, estarmos juntos assistindo a Os doces bárbaros...
O filme do diretor Jom Tob Azulay me capturou, claro, por conta das músicas tão amadas e tão vividas especialmente junto aos amigos e também por conta dos acontecimentos inusitados. Vide a aglomeração de jornalistas junto a Gilberto Gil após sua (besta) prisão por portar maconha. Gil pedia para ir para casa, para descansar. E os jornalistas-urubus, em cima. Educado e com sotaque forte e cativante, despede-se grato por receber cosnentimento para "falar amanhã". Bonito de se ver. Eu senti, ali, um tom e uma entonação de interior bem conhecida minha.
Mas, impagável mesmo é o sem-noção jornalista a entrevistar Maria Bethânia. Num crescente, a irritação dela chega a um ápice hilário. Parece que o jornalista implora para levar "toco" dela e para aparecer como besta mesmo. Confunde-se entre informações sobre quem lançou quem (ela ao irmão Caetano ou vice-versa), instiga e faz-nos deliciar com respostas dela como: "Ou se é viado ou não se é viado". "Não tá perguntando a minha opinião? É essa. Pronto".
Por tudo, o documentário é bom.
E, eu terminei a noite saudosa de uma época que não vivi, com as têmporas a piscar de dor de cabeça, feliz, cantarolando os doces bárbaros, sempre besta com Gal cantando "Eu te amo" (a música postada), querendo ter estado com Jadão, Weley(s) (os dois) e Tiaguinho e grata. Grata por Wesley PC ter-me chamado para avisar.
E pensando da vida que:
"Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada".

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Contentamento


O dia começou preguiçoso, sabe aqueles dias que você não quer levantar da cama a não ser para comer e mijar? pois é, foi assim, a cama foi minha companhia perfeita, ainda na cama visitei meus e-mails e enviei alguns, contudo precisaria ir ao centro da cidade comprar um presente para uma amiga carinhosa que tenho desde a infância, mas ainda estava naquela indisposição, foi quando ligando para outra amiga minha e marcamos de ir ao centro juntos, demorei um pouco pra sair de casa, já era fim de tarde, de modo que ao chegar no ponto peguei aquele ônibus cheio de operários voltando do árduo dia de trabalho e eu pensava no meu dia totalmente improdutivo, totalmente ocioso e nem ocio produtivo foi, uma crise rolou, mas jaá estava angustiado o suficiente com a demora dos ônibus e com a quantidade de pessoas que continuava a entrar nele(egoismo?), engarrafamentos e mais engarrafamentos até o momento em que consegui chegar ao lugar previamente marcado.
Encontrei minha amiga e andamos um pouco pelo centro, eu fico sempre surpreso com o comercio marginal que acontece no fim da tarde no centro da cidade, quando as lojas começam a fechar, é uma coisa incrível, logo todo o calçadão da João Pessoa fica cheio de ambulantes vendendo todo tipo de coisa. bem comprei o presente e decidimos ligar para um amigo especial para ir até algum lugar conversar e foi o que aconteceu encontramos com ele ambém no cento da cidade e seguimos para um barzinho, chegamos lá por volta das sete horas, conversamos bastante, rimos e ficamos assustados com um cachorro que avançou sobre nós na rua deserta que seguiamos, o pavor se instaurou nos meus dois amigos o que fez com que um deles chamasse um taxi, ja eram onze horas da noite.
Antes já haviamos acertado de ir dormir na casa do meu amigo, onde a casa ficava relativamente perto, estavamos rindo muito, pelo contentamento da comunhão, pelo nervosismo do ocorrido, estavamos bem. quando entramos em sua casa, seguimos para um quarto onde estava seu computador, entramos neste blog e começamos a relembrar de músicas dos anos 80 e 90, entramos então no Youtube e começamos a ver as performances dos cantores enquanto imitavamos eles com sublime empolgação, foi divertido,mas o ponto alto mesmo foi quando encontramos a abertura da novela mexicana Carrossel, gente que bacana, que emocionante, riamos muito, muito. eu estava pra lá de satisfeito, nada como amigos para tornar o dia cheio de vida. foi simples, contido e muito bom.

JT.