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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Outro dia, eu estava com a mesa cheia de livros, havia acabado de escrever algo, estava com fome, descabelada, um pouco tonta da vida e um amigo meu chegou lá em casa. Passei um café, tomamos. Fui ficando mais calma, mais em conexão com o mundo, e daí falávamos algo de que eu não me recordo, mas eu dizia algo assim: "Não, eu não posso, não agora que...". Parei e disse: "Não sei...". E aí ele me respondeu: "Logo agora que você está transformando dor em conhecimento". E apontou para os livros muitos espalhados.
Entendi que ele me entendia muito não ali naquela situação, pois eu sabia disso há muito tempo. Ele me sabe cada vez mais. Até quando eu mesma não sei. Ele compreendeu que eu via nos livros uma saída. E a paixão pelos livros tem muito também a ver com dor e solidão. Me aproximei muito mais dos livros com a partida da pessoa mais importante de minha vida.


Hoje, eu e esse amigo, assistimos a um filme belo. Ainda não dá para falar no filme. Foi há bem poucas horas. O protagonista: uma criança. Um pouco eu, um pouco ele, um pouco um outro amigo nosso. E eu falei: "Não! Não pode alguém ter misturado eu, você e ele assim num personagem e jogar num filme!".

Foi especial a tarde hoje. E como eu precisava. E como eu sei que você precisava. A gente sabe das coisas. E muitas delas a gente nunca diz. E quando a gente nunca diz é porque a gente é grande e esquece de "viajar" e de entender que 3 x 9 é igual a 3. Isso tem uma explicação fantástica no filme que a gente viu quase nestante, né? E qualquer semelhança,a caba nãos endo mera coincidência: somos péssimos com os números. E a dificuldade de entender que a + a = 2a? kkkkkkkkkkkkkk!

sábado, 4 de dezembro de 2010

O sertão vai virar mar

Aviso a todos que o sertão vai virar mar. Estou ansiosa para fazermos a viagem para o sertão de Canudos. Será uma viagem cheia de significados. Pois será o encerramento de uma disciplina que gosto tanto de fazê-la que estou a cursá-la pela segunda vez! É a disciplina Memória, História e Literatura. E depois de tantos sertões, de Janaína Amado, de Vicentini, Schiavo, etc e tal. E de Euclides da Cunha e de gGimarães Rosa e de Ronaldo com Galiléia e do Antônio Torres com Essa Terra. E depois de Dãolalalão e de Buriti. E depois de tanto encantamento, de tantas contribuições. De babarmos pelo sertão. De nos sentirmos sertanejos e apaixonados. Depois de tudo isso: o sertão. Pisar o sertão de Canudos. Todos juntos. Estou ansiosa e feliz. Será uma experiência bonita. Palpável. Feliz. Sertão. Calor humano. Gentileza. Friozinho a noite. Estrelas no céu. Memória. Os cheiros. Tenho certeza de que vou voltar com os cheiros todos para rememorar depois. Para sempre em mim, em minha memória, para coadunar com Adélia Prado:  "o que a memória ama, fica eterno". Voltar carregada de sertão, assim como vou. carregada dele já. Anunciando que chegaremos com um mar de sertão nos olhos. Sertão infinito, horizontal, sertão de se mergulhar. De cabeça e tudo. Sertão azul de acrílico piscina, como o do Karin e do Marcelo. Sertão dos que viajam porque precisam e voltam porque amam. Ser-tão.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Jessier Quirino (ou das coisas bonitas que acontecem em nossas vidas)

Conheci Jessier Quirino através de Rogério. No incício de nosso namoro. Ele me apresentou muitas letras e eu adorei todas. Assim que ouvi essa, lembrei logo de minha mãe e tratei de mostrar-lhe. Ela, entre risonha e emocionada, adorou também. Logo, passamos a achar coisas dele e a ouvir juntas. Já vi duas vezes o show dele e sempre ri muito e me emocionei também. A primeira vez que o vi, comprei um cd e pedi que o autografasse e dedicasse a Rogério (era uma tietagem, mas era também uma meira de agradecer a Rogério ele me te mostrado Jesiier...). Aqui vai a letra de "Vou-me embora para o passado":

Vou-me embora pro passado
Lá sou amigo do rei
Lá tem coisas "daqui, ó!"
Roy Rogers, Buc Jones
Rock Lane, Dóris Day
Vou-me embora pro passado.
Vou-me embora pro passado
Porque lá, é outro astral
Lá tem carros Vemaguet
Jeep Willes, Maverick
Tem Gordine, tem Buick
Tem Candango e tem Rural.
Lá dançarei Twist
Hully-Gully, Iê-iê-iê
Lá é uma brasa mora!
Só você vendo pra crê
Assistirei Rim Tim Tim
Ou mesmo Jinne é um Gênio
Vestirei calças de Nycron
Faroeste ou Durabem
Tecidos sanforizados
Tergal, Percal e Banlon
Verei lances de anágua
Combinação, califon
Escutarei Al Di Lá
Dominiqui Niqui Niqui
Me fartarei de Grapette
Na farra dos piqueniques
Vou-me embora pro passado.
No passado tem Jerônimo
Aquele Herói do Sertão
Tem Coronel Ludugero
Com Otrope em discussão
Tem passeio de Lambreta
De Vespa, de Berlineta
Marinete e Lotação.
Quando toca Pata Pata
Cantam a versão musical
"Tá Com a Pulga na Cueca"
E dançam a música sapeca
Ô Papa Hum Mau Mau
Tem a turma prafrentex
Cantando Banho de Lua
Tem bundeira e piniqueira
Dando sopa pela rua
Vou-me embora pro passado.
Vou-me embora pro passado
Que o passado é bom demais!
Lá tem meninas "quebrando"
Ao cruzar com um rapaz
Elas cheiram a Pó de Arroz
Da Cachemere Bouquet
Coty ou Royal Briar
Colocam Rouge e Laquê
English Lavanda Atkinsons
Ou Helena Rubinstein
Saem de saia plissada
Ou de vestido Tubinho
Com jeitinho encabulado
Flertando bem de fininho.
E lá no cinema Rex
Se vê broto a namorar
De mão dada com o guri
Com vestido de organdi
Com gola de tafetá.
Os homens lá do passado
Só andam tudo tinindo
De linho Diagonal
Camisas Lunfor, a tal
Sapato Clark de cromo
Ou Passo-Doble esportivo
Ou Fox do bico fino
De camisas Volta ao Mundo
Caneta Shafers no bolso
Ou Parker 51
Só cheirando a Áqua Velva
A sabonete Gessy
Ou Lifebouy, Eucalol
E junto com o espelhinho
Pente Pantera ou Flamengo
E uma trunfinha no quengo
Cintilante como o sol.
Vou-me embora pro passado
Lá tem tudo que há de bom!
Os mais velhos inda usam
Sapatos branco e marrom
E chapéu de aba larga
Ramenzone ou Cury Luxo
Ouvindo Besame Mucho
Solfejando a meio tom.
No passado é outra história!
Outra civilização...
Tem Alvarenga e Ranchinho
Tem Jararaca e Ratinho
Aprontando a gozação
Tem assustado à Vermuth
Ao som de Valdir Calmon
Tem Long-Play da Mocambo
Mas Rosenblit é o bom
Tem Albertinho Limonta
Tem também Mamãe Dolores
Marcelino Pão e Vinho
Tem Bat Masterson, tem Lesse
Túnel do Tempo, tem Zorro
Não se vê tantos horrores.
Lá no passado tem corso
Lança perfume Rodouro
Geladeira Kelvinator
Tem rádio com olho mágico
ABC a voz de ouro
Se ouve Carlos Galhardo
Em Audições Musicais
Piano ao cair da tarde
Cancioneiro de Sucesso
Tem também Repórter Esso
Com notícias atuais.
Tem petisqueiro e bufê
Junto à mesa de jantar
Tem bisqüit e bibelô
Tem louça de toda cor
Bule de ágata, alguidar
Se brinca de cabra cega
De drama, de garrafão
Camoniboi, balinheira
De rolimã na ladeira
De rasteira e de pinhão.
Lá, também tem radiola
De madeira e baquelita
Lá se faz caligrafia
Pra modelar a escrita
Se estuda a tabuada
De Teobaldo Miranda
Ou na Cartilha do Povo
Lendo Vovô Viu o Ovo
E a palmatória é quem manda.
Tem na revista O Cruzeiro
A beleza feminina
Tem misse botando banca
Com seu maiô de elanca
O famoso Catalina
Tem cigarros Yolanda
Continental e Astória
Tem o Conga Sete Vidas
Tem brilhantina Glostora
Escovas Tek, Frisante
Relógio Eterna Matic
Com 24 rubis
Pontual a toda hora.
Se ouve página sonora
Na voz de Ângela Maria
"— Será que sou feia?
— Não é não senhor!
— Então eu sou linda?
— Você é um amor!..."
Quando não querem a paquera
Mulheres falam: "Passando,
Que é pra não enganchar!"
"Achou ruim dê um jeitim!"
"Pise na flor e amasse!"
E AI e POFE! e quizila
Mas o homem não cochila
Passa o pano com o olhar
Se ela toma Postafen
Que é pra bunda aumentar
Ele empina o polegar
Faz sinal de "tudo X"
E sai dizendo "Ô Maré!
Todo boy, mancando o pé
Insistindo em conquistar.
No passado tem remédio
Pra quando se precisar
Lá tem Doutor de família
Que tem prazer de curar
Lá tem Água Rubinat
Mel Poejo e Asmapan
Bromil e Capivarol
Arnica, Phimatosan
Regulador Xavier
Tem Saúde da Mulher
Tem Aguardente Alemã
Tem também Capiloton
Pentid e Terebentina
Xarope de Limão Brabo
Pílulas de Vida do Dr. Ross
Tem também aqui pra nós
Uma tal Robusterina
A saúde feminina.
Vou-me embora pro passado
Pra não viver sufocado
Pra não morrer poluído
Pra não morar enjaulado
Lá não se vê violência
Nem droga nem tanto mau
Não se vê tanto barulho
Nem asfalto nem entulho
No passado é outro astral
Se eu tiver qualquer saudade
Escreverei pro presente
E quando eu estiver cansado
Da jornada, do batente
Terei uma cama Patente
Daquelas do selo azul
Num quarto calmo e seguro
Onde ali descansarei
Lá sou amigo do rei
Lá, tem muito mais futuro
Vou-me embora pro passado

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Errata

Para medidas de esclarecimentos: conversei hoje rapidamente com Jadson Teles. Mais louco que todos nós juntos, ele me falou que não havia enxergado direito e que o projeto dele foi sim homologado e, portanto, ele está prestes a viajar para concorrer ao que ele se propôs e se dedicou.
Processos seletivos são mesmo enlouquecedores e atingem com maior frequência aqueles que já têm tendências à loucura. Nosso caro amigo é só mais um na imensa estatística (vide o caso de Tiago Oliveira...).

Enfim...rindo litros ao escrever essas bobagens em tom solene.

Falo/escrevo sério agora: muito feliz que Jadão se tenha equivocado e que a sua inscrição tenha sido mesmo homologada e que ele continue no páreo. Ainda que seja duro. Vale a pena viver essas adrenalinas ainda que no final não cheguemos em primeiro lugar ou ainda mesmo que nem atinjamos o objetivo final NESSA VEZ (porque esses processos são como carnaval: acontecem todos os anos, é bom lembrar!)... Mas, não é o caso de se falar nisso agora...Pois esses processos exigem de nós que caminhemos e vivamos as etapas, uma por uma, com calma...(difícil é pedir para essas pessoas daqui do Maracujá se acalmarem...).

O caso é mesmo daquilo que vivemos falando um para o outro: "força!", "coragem!", "força na peruca", "levanta a franjinha e vai!"...

No mais, percorrer o caminho já é fazê-lo...

Saudades, viu?

P.S.: Telefone não substitui abraços.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O trem azul

Sabe aquela música do Lô Borges, o Trem azul?
Não sai da minha cabeça.

Você na cabeça
Um sol na cabeça...

Uma sensação tão boa. De lembrança boa. Ouvi essa música no domingo de manhã. Acordando na Ribeira. Com a promessa de subir e descer e encontrar cachoreiras. Trilha.
E a promessa se cumpriu. E o dia foi tão bom.

O caminho. A paisagem. A volta para casa. A diamba. A preparação do almoço. Todos juntos. Cortando tomates, o cheiro de alho e óleo. Cheiro de mãe. De mãe cuidando da gente.

A larica. A espera para a lasanha ficar pronta. A fome matada e morrida.

A idéia de conexão com a natureza.

Música. Risadas.

Depois, imagem e ação. No limite. Com um timer. E a demora para a gente compreender. Os acertos das regras. Os grupos. A cumplicidade na hora da merda. Os pinos quebrados e o silêncio amigo.

As mímicas. Os desenhos. A agonia. Dois contra três. A parcimônia de um a angústia de nós outros todos.

A vitória do time deles.

Acontece. Os três venceram e todos nós ganhamos um dia feliz, leve, divertido.

A noite, lamentavelmente: peidamos.

Rimos. E já era força o que fazíamos. Para sermos mais íntimos, mais meninos, mais pequenos.

E fomos. E somos.

Somos pequenos, pequenos.

Tudo isso passa. Passará.

Aproveitemos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Não há luar como esse do sertão...

Dia desses, fui a um sítio localizado em um interior  em Itabaiana (portanto, bem pertinho de Aracaju) chamado Sambaíba.
Lá, passei toda a tarde e um bom pedaço da noite. Comemos amendoins colhidos e cozidos assim: na hora. Jogávamos as cascas na terra e sabíamos que as galinhas e as cabras viriam comê-las.
O tempo era longo, desmanchado, lento. O feijão verde do almoço foi colhido e cozido da mesma forma. O limão, a laranja, o maracujá para a cachaça: idem.
Os cheiros característicos: fortes ou suaves demais inebriavam. O barulho do vento nas árvores, nas plantas descansava os ouvidos acostumados a barulho de carros, a buzinas e freadas.
Quando a noite veio, no céu a lua era minguante. Mas, nem por isso, menos faceira. Bonita, tomando forma, mais parecia adolescente que procura seu lugar no mundo, que procura significar uma nova corporeidade que simplesmente lhe toma.
A noite trouxe outros sons. O coaxar de muitos sapos, as cigarras, os grilos. Os sapos pareciam uma grande comunidade de políticos que discursavam, que debatiam assuntos comuns e importantes.
O vento frio, criava um clima agradável.
E, depois de tanta cachaça, esquentamo-nos com café. Puro. Cheiroso.
Eu não queria mais sair de lá.
E ainda tinha a presença de Zé Arnaldo. Caseiro do sítio. Sua mulher, arredia, dessas "envergonhadas", como eles dizem, passava sempre muito longe, distante, olhando de soslaio.
Mas, Zé Arnaldo ficou entre a gente e conversava muito. Contava suas aventuras da época em que bebia muito e, que uma vez bêbado, virava valente, queria brigar com todo mundo.
Zé Arnaldo começava com o 21 e depois "rebatia a bucha" com cerveja.
Ameaçava a mulher, dava murro no dono do bar. E, no outro dia, Zé Arnaldo não lembrava de nada. Contavam-lhe suas astúcias e ele ia, envergonhado, pedir desculpas.
Foi uma tarde boa.
Quando fomos embora, passamos por um caminho de terra molhada. O carro que nos levara havia atolado na frente, na porta do sítio e fomos escorregando, afundando os pés na lama até lá. Em fila indiana: eu, Rogério, Paulo, Fernanda, o casal que nos recebera e Zé Arnaldo.
Zé Arnaldo nos ajudava, segurava as nossas mãos, apoiava moralmente na travessia.
Durante a tarde toda, notei uma tatuagem em seu ante-braço. Quis perguntar, mas fiquei encabulada.
Quando nos despedimos de verdade, percebi um nó em minha garganta. Eu sentiria falta de Zé Arnaldo. De sua magreza, de sua solicitude, de sua amizade.
Zé Arnaldo dividira uma boa parte a vida dele comigo, num alpendre do sítio. De sua viagem à Salvador, de sua infância, de seus estudos até a 4ª série, de uma cadelinha que ele teve e que se chamava Bolinha.
Zé Arnaldo me contou o seu grande sonho: comprar uma casinha.
Disse-lhe adeus com um sentimento de perda.
Na estrada, de volta, olhava o breu ao lado. Sentia o cheiro forte da mata. Coloquei a cabeça para fora da janela do carro e olhei o céu. Azul escuro. Cheio de estrelas. Todas elas tão coladas, meu Deus.
Lembrei de minha mãe. De minha infância. E pensei: Zé Arnaldo, será mais uma lembrança querida. Dessas que a gente não fala, mas sente.

domingo, 18 de julho de 2010

COMO É QUE SE DIZ “FELIZ ANIVERSÁRIO” A ALGUÉM QUE SE AMA? COMO É QUE SE TRANSMITE O QUE JÁ É SUFICIENTEMENTE ÓBVIO? COMO É QUE...?

Por mais que eu escreva aqui, não conseguirei responder com palavras a esta perguntas, mas sim com ações que transcendem o próprio dia do aniversário da pessoa em pauta. Aniversário é um só dia, o que sentimos por quem sentimos é eterno! Sendo assim, Jadson, deixo a ti a tarefa de completar o espaço a seguir com o que tu quiseres, que corresponde justamente ao que desejo para ti: que tu tenhas tudo aquilo que quiseres, lembrando sempre daquele famoso pensamento de Bertrand Russell que prediz que “não ter tudo aquilo o que queremos é parte constitutiva da felicidade” - _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Por outro lado, sempre cri que o dia do aniversário corresponde a um dia de permissividade, em que a pessoa que completa anos tem o direito de fazer aquilo o que quer, de pedir (e receber) o que assim desejar, mesmo que seja um mero pantim. Portanto, Jadão, tens até as 24 horas de hoje para usufruíres desta parte de teu direito (risos). E, se parecemos mutuamente enojados neste beijo-prenda de jogo do Verdade ou Conseqüência, é porque não precisamos de pressões externas para provarmos o que sentimos um pelo outro: eu e Jadson somos irmãos, amigos, companheiros. Assim é, assim foi e assim continuará a ser!

De resto, não custa nada transformar um clichê sincero num truísmo válido: FELIZ ANIVERSÁRIO, JADSON. Que TEUS 29 anos sejam tão plenos de realização quanto foram os anos anteriores. Só não quero mais ouvir choramingos relacionados a envelhecimento, visse? Não quero, mas... Se assim precisares, saibas que estou aqui. E melhor: não estou sozinho. Muitos de nossos amigos queridos e comunais com certeza corroboram o que aqui escrevo: AMAMOS-TE, QUENGO!

Wesley PC>

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mnemosine

Estou a estudar a Memória. Na verdade, estou tentado, a duras penas, compreender o livro Matéria e Memória, de Henri Bergson.
Livro que considero bonito. Leio passagens que dizem poeticamente do tempo, da duração, das imagens, da intuição.
Sua filosofia surgiu do fato de ele ter-se posicionado contrariamente ao acento cientificista do positivismo que se desenvolveu nos séculos XIX e XX.
A noções de que passado, presente e futuro formam um uníssono, de que um necessita do outro para ser duração e, assim, duração não ser um momento estático, mas sim ser movimento, mudança, contingência. Mudar, aqui, querendo dizer devir, significando que nunca nada é idêntico a si mesmo e que tudo se transforma constantemente em algo distante de si.
Não sei se estou compreendendo de maneira correta... São as primeiras leituras, é a fase do tatear um texto, de desvendar conceitos...
Mas, também é só a primeira fase de um longo trabalho. Outros textos para fazer exegese. Outros autores para eu adentrar no mesmo processo de desvendamento, de luta, corpo-a-corpo...
Bergson, Paul Ricoeur, Maurice Halbwachs, Pierre Nora, Ecléa Bosi e tantos outros, agora, em minha cabeceira, em minhas anotações, em minha vida, organizando conceitos, solidificando-os, fragmentando-os... Como se não me bastassem os pensamentos, as lembranças sempre presententes desde sempre, a minha ligação com o rio de frente à minha janela da infância, rio dos banhos proibidos, mas nunca das memórias esquecidas.
Rio com nome de santo. São Francisco. O velho Chico de minha vida. Banhar-me naquele rio era subversão para uma mãe que perdera o irmão para as águas bravias de um outro rio. Mas, rio é rio. E as águas enganam. Carregam.
E era justamente isso. O carregamento o que me encantava. O devir. O fluir das águas. Quantas vezes o vi, ao velho chico, carregar pedaços de árvores, em suas enchentes, as águas barrentas significavam isso. Para mim, criança ouvindo tudo que falavam os adultos, para mim era o rio prenho. Ouvira que estar prenha era carregar memino dentro da barriga.
O rio que era a natureza, carregava coisas da natureza dentro dele. A barriga era a correnteza. Exposicão.
Quando vim-me embora, o rio ficou. Ficou dentro de mim. Pregado em meus olhos. Olhos que nunca mais amanheceram e o olharam. A ele e à árvore querida defronte da janela dos acordares.
São tantas as lembranças, as imagens... São tantos os rios dentro de mim.
E agora a memória virou o meu tema.
Conceituada memória.
Que eu nunca a torne acadêmica no sentido ruim.

Trabalhando memória insistentemente como venho fazendo, pus-me, muito mais fortemente a lembrar-me das pessoas que por minha vida passaram.
Lembrei-me de três queridas amigas de infância. Busquei-as em meio eletrônico. Encontrei-as. Enviei-lhes mensagens.
Recebi notícia de uma delas, a mais íntima, por sinal, instantaneamente. E-mail, MSN, orkut, Sonico, Facebook.
Tem uma loja de vidros. Hoje.
Achei bonito isso de trabalhar com vidros. Vidro é transparência. Reflexo. Iluminura.
Adicionei-a.
Vou esperar contato.
Talvez esteja esperando contato comigo mesma. Pois, que ando perdida por esses tantos rios.
E, hoje, nós não somos as mesmas, não é mesmo?
mas, como me lembro do quintal da casa dela. Do caminho que eu fazia de minha casa para a casa dela. Sempre para dividir um segredo.
Lembro-me de tanta coisa!
Como eu era uma criança e uma pré-adolescente estranha já.

lembro-me, agora, nesse instante-já, de um outro amigo. Mais recente. Por quem nutro carinho especial també. Ele é do Maranhão. Enquanto esteve aqui, quando fomos para o mangue, em passeio integrador com a mãe-natureza ( a diamba por lá era muito mais diamba, os cheiros no mangue muito mais adocicados por conta da diamba) e depois tomamos banho de rio e de mar, na ordem inversa, lembro-me de que ele me falou que tomar banho de rio e de mar era necessário para que tirássemos a "coíra". Coíra era a "carraspana " falada por minha mãe de influências pernambucanas.

Queria, agora, ter nove anos de idade. Qual era mesmo a idade que eu tinha quando presenciei a maior enchente (da minha vida) do rio São Francisco?
Eu era miúda. Mas, não tanto. Pegávamos piabinha de mão. Molhando a farda da escola. As amigas desse tempo não eram essas de agora. Eram Carlinha, Melissa...não lembro o nome das outras. Lembro-me de nossas risadas, de nossa aventura na enchente e dos senmões que cada uma de nós levou de nossas mães.
A minha, viva à época, tinha sempre seus grandes olhos verdes em cima de mim. Por horas eram amorosos, mas outras, eram furiosos. Igual a esse dia e a um outro (a história do vestido azul) que conto numa outra oportunidade.

Queria lavar-me nesse rio. O da minha memória. Para tirar coíra, para me livrar das carraspanas.
Já é hora. Eu sei.

sábado, 19 de junho de 2010

Roda de Leitura





No próximo dia 6 de julho, o comitê sergipano do Proler vai comemorar o segundo aniversário da roda de leitura, na Biblioteca Epifânio Dória.
Em dois anos de existência, já foram lidos e comentados cerca de 50 escritores, nacionais e estrangeiros, sobretudo os contemporâneos. Os mediadores priorizam textos cujos autores tenham menos projeção na mídia. Assim, divulgam literatura de qualidade para um público eclético, que apenas deseja fruir e debater as obras.
Os gêneros textuais escolhidos são, em sua maioria, as narrativas breves e poemas, para que possam ser inteiramente lidos nos encontros; também não há necessidade de que os participantes já conheçam o autor (ou obra) em questão. Os textos são distribuídos na hora. O debate está aberto a qualquer interessado, independente de sua área de atuação profissional.
Apesar de a mediação contar com profissionais especializados em literatura, o objetivo da roda é compartilhar a leitura com todos.
Os encontros acontecem na primeira terça-feira de cada mês, sempre às nove horas da manhã. A entrada é gratuita, e não é preciso realizar inscrição prévia.
Todos os interessados estão convidados.
No próximo encontro, haverá o conto “O arco-íris à meia-noite”, de Cíntia Moscovich, e poemas de Carlos Felipe Moisés, sob a mediação de Antonio Carlos Viana e Maruze Reis.


P.S.: O release é de Carol Barcellos, assim como a arte (no paint, risos).

As rodas são sempre muito boas e, infelizemnte, pouco divulgadas.
Para quem vive reclamando de Buracaju, como eu, aqui, essa sempre é uma boa pedida.

Vale apena irmos todos!

Dos lugares - Zicartola


Em Buraco (apelido carinhoso de nossa querida cidade), é comum reclamarmos que não há um lugar para irmos. Os lugares são ou elitizados ou alocam eventos que começam muito tarde da noite e, por esse motivo, torna-se de difícil acesso para quem não tem carro ou, no mínimo, carona certa.
Os domingos em Buraco são entediantes, os sábados mal-aproveitados, etc.
Como havia postado algo sobre o grande Cartola, não resisti e busquei um vídeo para mostrar um pouco do que foi e do significado do restaurante Zicartola: espaço onde havia excelente comida, pois Zica cozinhava muito bem, e excelente música, a saber, foi lá que teve nascimento a carreira de Paulinho da Viola!
Um trecho dessa história segue abaixo, retirado do livro "Paulinho da Viola, sambista e chorão", de João Máximo:

“(...) Zicartola, restaurante que Angenor de Oliveira, o Cartola, iluminado compositor, e sua mulher Zica, exímia cozinheira, abriram no sobrado da Rua da Carioca, 53. O restaurante foi uma espécie de extensão das reuniões que se faziam em outro local, o segundo andar da Rua dos Andradas, 81, onde funcionava a Associação das Escolas de Samba e onde Cartola e Zica viveram por algum tempo, ele como vigia de todo o prédio. Cartola – depois de longo sumiço que levara quase todo mundo a supô-lo morto – fora redescoberto por Sérgio Porto enquanto lavava carros em Copacabana. Para Sérgio, aquele negro magro, de nariz estranho, tumoroso, era o personagem principal das histórias que o tio Lúcio Rangel lhe contava, ilustradas por sambas admiráveis. Redescobrir o ‘falecido Cartola’ foi como dar vida a uma lenda. E Sérgio, cronista mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta, teria todo o direito de gabar-se disso até o fim de seus dias.
O que se passou na Rua dos Andradas foi assim como se o Brasil quisesse recuperar o tempo perdido sem a música de Cartola. Pois era justamente para ver e ouvir Cartola que iam lá incontáveis sambistas, de início os mais ligados à tradição, como Zé Kéti e o jovem Élton [Medeiros]. (...) Zé Kéti aproximou-se de Cartola porque este tinha uma idéia: organizar um conjunto de samba a ser batizado de A Voz do Morro (...) O (...) conjunto – formado entre outros por Cartola, Nélson Cavaquinho, Jair do Cavaquinho, Nuno Veloso, Zé Kéti e o jovem Élton – não passou da idéia. O que não impediu que aquelas reuniões musicais ganhassem fama. Em pouco eram prestigiadas não só por representantes da bossa nova, como Carlos Lyra e Nélson Lins e Barros, mas por gente de outras cidades, outros estados, fazendeiro fretando avião a fim de levar seu povo para conhecer Cartola. Resultado: o sobrado ficou pequeno para tanta gente. Por isso Eugênio Agostini, um empresário louco por samba, deu a Zica a idéia do restaurante. Ele e os pri
mos Renato e Fábio seriam seus sócios, naturalmente bancando os gastos iniciais. Os pratos dela e os sambas de Cartola haveriam de fazer o resto. Que ela mesma procurasse o lugar para a nova casa. Andou, andou e achou o sobrado da Rua da Carioca.
O Zicartola duraria pouco, apenas 20 meses. Mas marcaria de forma profunda a vida cultural da cidade, ou mesmo do país, na música, no teatro, na poesia e nas idéias que eram discutidas nas noites das quartas e sextas-feiras, às mesas distribuídas pelo pequeno restaurante. Começou a funcionar em 9 de setembro de 1963, mas só em 18 de outubro foi considerado pronto para a inauguração oficial. Pratos e sambas não seriam o bastante para compensar os prejuízos causados pelos muitos amigos que chegavam, ouviam música, comiam, bebiam e penduravam as contas para nunca mais (sem falar nos que andaram metendo a mão na contabilidade de Cartola, grande artista, péssimo negociante). Mas o restaurante seria, durante esse tempo, um verdadeiro templo. (...) Ali professavam sua fé no samba tradicional Ismael Silva, Nélson Cavaquinho, Carlos Cachaça, bambas da Mangueira, da Portela, do Império Serrano, do Salgueiro, de toda parte.
Eram dois shows, sempre nas noites de quartas e sextas. No primeiro, aqueles bambas se apresentavam sob a direção musical de Zé Kéti. No segundo, brilhavam Cartola e seu violão. Seguia-se o grand finale, no qual um convidado ilustre recebia a Ordem da Cartola Dourada, criada por Hermínio [Bello de Carvalho]. (...)
Foi Hermínio quem levou Paulo César ao Zicartola. Um fato importante na vida do então bancário, pois ali ele ficou conhecendo sambistas que, em sua timidez, eram entidades inatingíveis. Mais importante: passava a ser um deles. Desde sua estréia no primeiro show da noite, cantando sambas dos outros, causou forte impressão. Inclusive em Cartola, de quem Paulo César se aproximou humilde, cheio de cerimônia. O encontro dos dois é historicamente significativo, verdadeira passagem de bastão, sem que no entanto se tivesse consciência disso. Muito do que Paulo César estava por fazer – manter a tradição, sem maculá-la, requintar o samba sem deformá-lo – Cartola já vinha fazendo. Não fossem ambos tão tímidos, tão reservados, e seria inevitável se tornarem parceiros. Mas Zé Kéti também se encantou com o som do violão de Paulo César, sua musicalidade, sua voz terna, afinada, que combinava o timbre de autêntico sambista de escola com a técnica precisa de crooner profissional. O diretor musical do restaurante logo anteviu
 no moço de 20 anos um novo bamba. Copmentou isso com o jornalista Sérgio Cabral, que na época assinava, com José Ramos Tinhorão, uma seção de música popular no Jornal do Brasil e era mestre de cerimônias no Zicartola. Sérgio concordava. Mas achava que, definitivamente, Paulo César não era nome de sambista.
– Que tal Paulo da Viola? – indagou Zé Kéti, certamente inspirado em Mano Décio da Viola, veterano compositor do Império Serrano.
– Paulinho... Paulinho da Viola é melhor – completou Sérgio.
E assim Paulo César Baptista de Faria foi rebatizado para todo o sempre.” 

O vídeo é Clementina de Jesus, no Zicartola cantando "Ensaboa". 
Ai, ai que tivéssemos um lugar aqui em Buraco onde fosse realmente legal ir, tomar umas cervejas, ouvir umas músicas legais, conversar com pessoas queridas, etc.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Promessa cumprida


Porque promessa é promessa.
Porque são dias impagáveis os que nos juntamos.
Porque eu morri de rir com os desenhos que Jadson assitia quando era pequeno. Uma mulher toda cor-de-rosa, com uma dança para lá de drag e ele ainda ousava dizer que ela era cor-de-rosa, mas que tinha estilo.
Tudo bem. Nada a ver essas coisas com Tetê Spíndola e Clementina de Jesus, não é?
Não.
A gente inveredou, noite dessas, em assistir a tudo que era vídeo condizente com a nossa vida. E de Patrícia Marx a Diana e a desenhos toscamente animados, chegamos a ver esse encontro para lá de inusitado, boquiabertos.
Tiago, com urgência, falou que precisava muito ouvir mais Clementina de Jesus.
Eu, baixei o Pássaros na garganta de Tetê.
De todos a que mostro o encontro ouço: é insuportável ouvir Tetê. Odeio a voz de Tetê. É irritante ouvir Tetê.
Nós somos o outro lado. Rimos. Admiramos.
De qualquer forma, boa descoberta. Além de ter tido contato com uma foto muito peculiar que me passara uma mensagem de um encontro não acontecido na infância.... (preferi ser obscura proque se eu dissesse que morri de rir com a foto que vi, levaria um sermão....).
Enfim, sempre é mágico estar perto dessas pessoas enlouquecidas, gritantes do Maracujá mais erótico que já vi.

sábado, 12 de junho de 2010

O QUE EU ESTOU A LER AGORA:


“Sabe como é que eu imagino a felicidade? Acho que, quando a gente é feliz, a gente está junto de alguém que tem a pele muito fina e depois a beijamos nos lábios e tudo se encobre de uma névoa rósea e o corpo da pessoa se transforma numa multidão de espelhinhos e, quando olhamos para ela, somos refletidos milhões de vezes”...

A citação segue em frente, mas acho que, até onde eu fui, já dá para imaginar o que a peça “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”, de Fernando Arrabal, está a me causar gozo intenso: simplesmente genial!

Wesley PC>

sábado, 5 de junho de 2010

“A INTENSIDADE DA PUNIÇÃO NÃO DEVE ESTAR ASSOCIADA À GRAVIDADE DO DELITO”

Este é o jargão mais repetido durante as aulas de Jornalismo Policial a que tenho que me submeter todas as manhãs de quinta-feira, precisamente às 7h da manhã. No início, eu costumava detestar as aulas, achá-las enfadonhas ou ideologicamente desviantes. Depois que li com atenção um dos textos utilizados como bibliografia básica e de perceber que a má fama do professor responsável pela disciplina deve-se mais a seu rigor avaliativo do que necessariamente ao seu mau-caratismo (não detectado por mim – o homem parece ser boa pessoa), percebi que este jargão é importante, ao mesmo tempo em que é difícil de ser aplicado: como crer que uma dada punição deva ser aplicada ser levar em consideração o que se sente em relação ao delito que supostamente engendra esta necessidade punitiva? Haja racionalismo para enfrentar esta situação, visse?

Dentro, portanto, de minhas medidas pessoais para “criar outros tantos demônios” (sem precisar matar os anteriores, diga-se de passagem, apenas reabilitá-los a nosso favor), creio que o enfrentamento risório dos problemas é sempre uma pedida válida – mesmo que estes sorrisos incomodam outrem. Ontem, disseram-me, de forma iracunda, que meu sorriso é irritante. E eu pouco liguei para isso e continuei a sorrir. Estava me sentindo bem. Precisava pôr isso para fora. E, enquanto eu sorrio, Alejandro Jodorowsky faz CINEMA com letras maiúsculas!

Wesley PC>

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Contentamento


O dia começou preguiçoso, sabe aqueles dias que você não quer levantar da cama a não ser para comer e mijar? pois é, foi assim, a cama foi minha companhia perfeita, ainda na cama visitei meus e-mails e enviei alguns, contudo precisaria ir ao centro da cidade comprar um presente para uma amiga carinhosa que tenho desde a infância, mas ainda estava naquela indisposição, foi quando ligando para outra amiga minha e marcamos de ir ao centro juntos, demorei um pouco pra sair de casa, já era fim de tarde, de modo que ao chegar no ponto peguei aquele ônibus cheio de operários voltando do árduo dia de trabalho e eu pensava no meu dia totalmente improdutivo, totalmente ocioso e nem ocio produtivo foi, uma crise rolou, mas jaá estava angustiado o suficiente com a demora dos ônibus e com a quantidade de pessoas que continuava a entrar nele(egoismo?), engarrafamentos e mais engarrafamentos até o momento em que consegui chegar ao lugar previamente marcado.
Encontrei minha amiga e andamos um pouco pelo centro, eu fico sempre surpreso com o comercio marginal que acontece no fim da tarde no centro da cidade, quando as lojas começam a fechar, é uma coisa incrível, logo todo o calçadão da João Pessoa fica cheio de ambulantes vendendo todo tipo de coisa. bem comprei o presente e decidimos ligar para um amigo especial para ir até algum lugar conversar e foi o que aconteceu encontramos com ele ambém no cento da cidade e seguimos para um barzinho, chegamos lá por volta das sete horas, conversamos bastante, rimos e ficamos assustados com um cachorro que avançou sobre nós na rua deserta que seguiamos, o pavor se instaurou nos meus dois amigos o que fez com que um deles chamasse um taxi, ja eram onze horas da noite.
Antes já haviamos acertado de ir dormir na casa do meu amigo, onde a casa ficava relativamente perto, estavamos rindo muito, pelo contentamento da comunhão, pelo nervosismo do ocorrido, estavamos bem. quando entramos em sua casa, seguimos para um quarto onde estava seu computador, entramos neste blog e começamos a relembrar de músicas dos anos 80 e 90, entramos então no Youtube e começamos a ver as performances dos cantores enquanto imitavamos eles com sublime empolgação, foi divertido,mas o ponto alto mesmo foi quando encontramos a abertura da novela mexicana Carrossel, gente que bacana, que emocionante, riamos muito, muito. eu estava pra lá de satisfeito, nada como amigos para tornar o dia cheio de vida. foi simples, contido e muito bom.

JT.