sábado, 27 de novembro de 2010

TIAGOOOOOOOOOOOO, aguem sabe , alguem viu?

Gente, o que está acontecendo a esse menino? sera a dissertação que esta impulsionando ele a não falar comigo, todo mundo anda se comunicando, menos ele...

que chato, sinto saudades , mas tudo bem eu sei que ele é meio doidinho mesmo.

estou querendo ir pre casa 15 dias fora de casa é um tanto pertubador...

quero , volta pois não há luguar mellhor que nosso lar.

Gente, o povo desta cidade so bebe, bebe. bebe, bebe... eu não aguento mais, deve ser a cidade com maior indice de alcoolismo do país... nossa...

Gente quando eu voltar quero ver filmes, filminhos ....

beijos

Ps: estou lendo a versão literária do "Midnight Cowboy" e e'tão forte quanto o filme...


beijos.

J.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Jards e Orquídeas no Auditório Ibirapuera

Entre Marilyn Monroe, Brigitti Bardot e Sofia Loren




Nestes dias, acampado aqui em Goiania, sofrendo a angústia da espera dos resultados da pós, dei umas passadas numa mostras de alguns mitos femininos do cinema, exatamente estas do título das postagem.

Alguns títulos estranhos como por exemplo " Jogadora Infernal" protagonizado por Sofia Loren e dirigido por George Cukor, ainda deu tempo de ver "Ao cair da noite" com Brigitti Bardot e " Adoravél Pecadora" e "Quanto mais quente melhor" ambos com a Marilyn Monroe e digigidos respectivamente por George Cukor e BillY Wilder.

De maneira geral, é uma mostra interressante de como o feminino aparece representado na tela, desde o cinema clássico ao cinema moderno. Construções conservadoras da mulher, assim como libertarias, assim como passionais, fetichistas, objetificantes.............

Beijos

saudades

JT

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Macunaímico

De pequeno brincava para não mais
De médico, de casinha, de professor...
Sabia de cor o corpinho das meninas de sua idade
E as mais velhas que brincassem de deixar buraco em parede para olhar...
Criou-se assim, entre as mulheres, de todas as idades, com seus lapsos e relapsos.
Grande, coçava o saco no sofá, em frente à televisão
Pedia água quando tinha sede e de imediato tinha copo d’água na mão
Na velhice, entre recordações e caduquices, não perdera a mania de vez ou outra agirtar-se:
- Ai, que preguiça!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O pau ou ainda As cores ou ainda A boca ou ainda Glutir ou ainda...


Gabava-se de ter aquilo roxo
Jurava em mesas de bar que já havia assustado muitas mocinhas com o diâmetro de seu pau
Listava as damas que havia comido
Até conhecer a grande boca que o engoliu inteiro e o calou por tempos a fio
Em casa, na cama, sumido, quieto, feliz.

De olhos e coração cansados ou como está fora de ARACAJU


Desde o dia 15 de novembro que ponho na estrada, Brasília e Goiânia, duas cidades de climas parecidos no centro-oeste do nosso país. clima seco é peculiar às duas cidades.

Brasília: cidade planejada, com construções modernas, casas de linhas retas organizadas de forma objetiva. moradias também no subsolo, relações pessoais frias, distantes, poucas pessoas nas ruas, ruas largas de margens distantes, muitos carros, clima seco. é uma cidade que pulsa solidão monumentos arquitetônicos faraônicos belos e estranhos, distantes, andar nas suas ruas e se projetar em filme de Antonioni, tudo sendo construído, asfalto, concreto, metal e pouca vida, tendência forte ao neoliberalismo.... É a capital do país!

Goiânia: cidade igualmente planejada, moderna, moradias um pouco mais subjetivas, ruas largas, pessoas nas ruas, carros, muitos carros, bastante arborizada, as relações mais vivas, pessoas mais solícitas, contudo um ar conservador alimenta o espírito interiorano da cidade que almeja o cosmopolitanismo, sem mar, muitos bares, muita gente bebendo, pouco lugar cultural. Clima seco, pesado, respiração difícil.

Tenho saudades, da minha terra, da minha gente, é impossível não apelar para uma identificação e por mais que eu não queira aceitar, sinto que Aracaju é minha cidade preferida, que apesar de toda a carência dela, me reconheço em suas ruas, em seu litoral, em suas pessoas....

Sempre penso nessas coisas quando viajo...e viajo porque preciso e desejo....

Jt.

domingo, 21 de novembro de 2010

PARA QUEM AINDA NÃO CONHECE O JUAN JOSÉ BALLESTA...

...nada como ter uma TV em casa!

Conheci este astro juvenil espanhol de 23 anos de idade através do filme “Sete Virgens” (2005, de Alberto Rodríguez), singelo e um tanto homoerótico filme, em que o protagonista é um delinqüente juvenil que recebe permissão para sair do reformatório em que está preso para comparecer ao casamento do irmão mais velho e responsável. Jamais saiu de minhas retinas eróticas mentais!

Meses depois, reencontrei o artista em “Cabeça Oca” (2006, de Santi Amodeo – vide foto), filmeco deslumbrado em que ele interpreta um rapaz que vive confinado numa bolha médica por causa de uma grave doença mental que o faz ter ataques narcolépticos duradouros, até que se apaixona e resolve arriscar sua vida em prol da garotinha que ama. Eu é que não faria diferente. Eu é que não pude dizer que não tive inveja dela. Um filme deveras fofo e, por isso mesmo, recomendável.

Em seguida, foi a vez de conferir “Ladrões” (2007, de Jaime Marques), este sim, bobo e moralista, sobre um batedor de carteiras órfão que se apaixona por uma garotinha também tendente à cleptomania, num filme que adapta o clássico “Pickpocket” (1959, de Robert Bresson) para as massas adolescentes. Se ele obteve sucesso, em minha opinião? Não, não obteve, porque o diretor e roteirista é fútil, mas vale pelo Juan José Ballesta, num papel tendenciosamente mais dramático que os anteriores.

E, se tudo der certo, dentro de alguns minutos, estarei tendo o prazer de ver “El Bola” (2000, de Achero Mañas), primeiro papel cinematográfico do astro juvenil, ainda aos 13 anos de idade, a ser exibido na TV Brasil, cujo sinal é repassado pela TV Aperipê, aqui em Sergipe. A trama é um daqueles típicos retratos de infância delinqüente, muito comum no cinema espanhol, desde a ascendência do cinema quinqui, no início da década de 1980. Estou ansioso para finalmente ver este elogiadíssimo filme, desejado desde que conheci (e me encantei) pela cara de tolo do Juan José Ballesta. E é com este filme e com esta postagem que eu tenciono evadir-me um pouco do que os objetos artísticos mui dramáticos citados na postagem anterior me causou... Ainda me dói, dói muito – e é bom assim mesmo!

Aliás, cadê Tiago, hein?

Wesley PC>

Fuga n. II

A POSTAGEM É REPETIDA, MAS Jadson (E NÃO SÓ) PRECISA DISTO: “TODO PRESENTE É UM SACRIFÍCIO” (VULGO PALINGÊNESE)

Antes de qualquer coisa, a epígrafe desalentadora:

“- A questão principal é casar; - não podendo ser com esse, será com outro.
- Não, não caso.
- Só com ele?
- Nem sei se com ele (...). Gosto dele como gosto de Deus, que está no céu.
- Virgem Santíssima! Que blasfêmia! Duas blasfêmias, menina; a primeira é que não se deve amar a ninguém como a Deus, - a segunda é que um marido, ainda sendo mau, sempre é melhor que o melhor dos sonhos”
(capítulo CXVIII)

Como disse ontem, estou a ler “Quincas Borba” (1891), de Machado de Assis. Não porque o livro me caiu em mãos espontaneamente, mas porque o moço a quem temo devotar atenção tão exacerbada quanto a personagem acima ao homem dos seus sonhos assim me recomendou e, como tal, flagro-me a gostar tanto do livro justamente por gostar tanto dele, algo que não aconteceu com o mesmo, porque, como ele me disse: “nunca gostei de ninguém”. Faltou-lhe arrebatamento. Sobra-me!

Atormentado que fiquei após a leitura do trecho acima, com o qual tanto me identifiquei, fechei o livro por alguns instantes e vi um dos filmes mais elogiados que possuía em minha casa: “O Sacrifício” (196), de Andrei Tarkovsky, obra prenhe de tristeza e pavor, em que um homem teme que o apocalipse nuclear tenha finalmente chegado e, co o tal, resta-lhe rezar e oferecer tudo o que tem como sacrifício para que “tudo volte a ser como era antes”. Por acidente, eu sabia como o filme terminava, mas, ainda assim, fiquei chocado ao saber que o próprio diretor sabia que estava a morrer quando o realizara: estava no estágio terminal de um câncer pulmonar quando realizara o filme, de maneira que tremi quando associei esta informação biográfica à dedicatória que se encontra no derradeiro trecho do filme: “ao meu filho, com fé e esperança”. Glupt!

Mas precisava voltar à leitura do livro que me obsedava, à paixão real que tanto me obsedava. E, no capítulo imediatamente anterior ao citado acima, poderia eu ter encontrado uma cínica possibilidade de enfrentamento a um tesouro que se perde no fogo: “Era uma vez uma choupana que ardia na estrada; a dona – um triste molambo de mulher, - chorava o seu desastre, a poucos passos, sentada no chão. Senão quando, indo a passar um homem ébrio, viu o incêndio, viu a mulher, perguntou-lhe se a casa era dela. ‘- É minha, sim senhor; é tudo o que eu possuía neste mundo’. ‘- Dá-me então licença que acenda ali o meu charuto?’”

Por favor, Jadson Teles (e não só), por favor, veja O SACRIFÍCIO o quanto antes!
E (re)leia QUINCAS BORBA.
E ambos!
Amo, amo-vos, amo-me, amo-nos!
E que venha o que for melhor que o melhor dos sonhos...

Wesley PC>

sábado, 20 de novembro de 2010

O maior da vida


Ela queria o maior. Mas, não sabia dizer, expressar. Chegaria na mercearia, na esquina, e pediria, com sorriso no rosto:
- Por gentileza, quero o maior da vida, sim?
Perguntariam-lhe o que é que ela queria maior? Pão? Caixa de sabão em pó? Maior tempo para pensar a resposta da promoção de creme dental?
Talvez pensasse em reformular a pergunta ou mesmo o público para a indagação.
Procuraria um psicólogo, assim. Mas, não. Não queria voltar à infância e à convivência com seus pais. Não queria rememorar nada antigo. Era-lhe preferível o futuro. Se pensara em movimento, era o de projeção para adiante.
Queria e com urgência era o maior da vida. Isso sim.
O maior da vida era não-verbalizável. Não-compreensível. Não-captável. O maior da vida era um território não-habitado como a casa engraçada do poeta.
Por saber dessa impossibilidade-possível, acalmou-se. Acendeu um cigarro, uma vez que não fumava. Serviu-se de uma bebida qualquer só para sentir por dentro a vertigem de viver.
Abriu a porta e saiu.
Na praça, fez o caminho de Ana. A do conto que lera. Encontrou o mesmo verde do jardim. O cheiro doce da Natureza também revolveu-lhe o estômago.
Comprou ovos. Tomou um ônibus. Viu o mesmo cego a mascar chicletes. Derrubou a cesta com ovos, atônita como a outra com o Tempo, com o Cego e a Cegueira.
Tocou o visgo da clara e da gema. De maneira igual, não descobriu nada, mas sentiu mudar-lhe a vida por completo.
Voltou para o apartamento. Encontrou marido, jornal, meias pela sala, crianças famintas, a chorar-lhe saudades e temores de abandono já doído nos pequerruchos coraçõezitos.
Sorriu e sentiu-se uma estrela. Como a da mesma autora.
Passou pelo marido esticado na poltrona, acariciou-lhe o que restava de cabelos naquela cabeça antiga e costumeira e falou:
- Amanhã, mudo de autora, para a distração.
E sentiu o eco de sua voz, como se estivesse sozinha e só.



Gente coisa rápida que estou num Cyber...

Brasília, não é um bom lugar, a UNB é um bom lugar,a casa de Marcio Gimenes é um bom lugar....

Goiânia poderia ser melhor, mais é melhor que Brasília...

é pessímo ser avaliado.....

Fui mal nas provas............

mas dedicação maior é o que falta..

Um ano ai em frente para se tentar de novo...

Beijos

Até a volta!

Jt

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nanomania

Gostava de mulheres pequenas
Seios pequenos, durinhos os bicos
A bunda arrebitada, redondinha
O sorriso largo para contrastar com a miudeza da vida
Tudo cabendo-lhe nas palmas das mãos, a sensação de guardar o mundo ali
Dizia sempre que a boca tem o tamanho da gula e que a gula era que era imensurável...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

RELIGIÃO QUE FERE E GOZA – PREÂMBULO DAS CONFISSÕES ADICIONAIS

O texto confessional mais detido ainda está em processo, mas tenho que colocar para fora uma descoberta pungente no que tange à minha subsunção à conversão religiosa proto-institucional: por estar apaixonado por um católico tendente ao silêncio, fui vítima do silêncio na noite de hoje. E silêncio é algo que me fere como quase nada neste mundo, quem me conhece sabe! E, neste silêncio de impaciência, sentei em frente à minha casa e passei a ouvir “Passos no Silêncio” (1998), da irmã Kelly Patrícia. Dádiva gozosa!

Quando levei este disco para a casa de Jadson, sorrimos um tantinho diante do fervor extremado da cantora diante de seu objeto de adoração, Javé em sua face mais possuidora. Mas, conforme o próprio Jadson anuiu, ela é uma artista interessante, visto que divulga suas melodias neo-medievais como se estivesse no píncaro do século XIII. Basta passar os olhos pelos títulos e enredos das canções deste disco: “Esposo Adorado” (sobre o “casamento” com Jesus Cristo), “O Êxtase de Santa Tereza” (sobre uma pletora de santos convocados para encontrar uma chave perdida “à beira do claustro”) e “Solidão” (um dos “momentos prediletos” da cantora) são exemplos mais do que suficientes para estudar a devoção quase patológica – logo, divina e maravilhosa – desta freira legítima, que vive numa espécie de comuna semi-vegana em Fortaleza. Recomendo que os leitores deste ‘blog’ pesquisem sobre ela.

Mas, como estou aqui para “anunciar a boa nova”, segue a absurdamente genial letra da última faixa deste ótimo disco, “Vivo Sem Viver em Mim”. É quase um convite ao suicídio devoto. Tiago querido, tome cuidado se fores ouvi-la, visse? Segue a letra, comentada por mim:

“Vivo já fora de mim, desde que morro de amor;
Porque vivo no Senhor, que me escolheu para si;
Quando o coração lhe dei, com terno amor lhe gravei:
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim”


Começa tranqüilo. Perfeito. Mas aí ela repete o refrão e sentimos que tem algo de “esquisito” no título da canção:

E tão alta vida espero,
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim


Achaste pouco? Achaste normal? Siga lendo:

“Esta divina prisão, do amor em que eu vivo,
Fez a Deus ser meu cativo, e livre meu coração;
E causa em mim tal paixão ser eu de Deus a prisão,
Que morro porque não morro,
Vivo sem viver em mim”


Mais:

“Ai que longa é esta vida! Que duros estes desterros!
Este cárcere, estes ferros onde a alma está metida!
Só de esperar a saída me causa dor tão sentida,
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim”


Ainda não está convencido do extremismo e genialidade incompreendida da freira. A estrofe final arrebatará qualquer um ainda não convencido:

“Vida, que possa eu dar a meu Deus que vive em mim,
Se não é perder-me enfim, para melhor o gozar?
Morrendo, posso alcançar, pois nele está meu socorro,
Que morro porque não morro.
Vivo sem viver em mim”


Deus do céu, alguém chegou antes na divulgação de minhas idéias! Se um dia eu entrasse para o convento e tive uma voz tão bela e suave quanto a dela, era isso mesmo, sem tirar nem pôr, que eu ia difundir aos quatro ventos. obra-prima, perigosa como toda boa arte que se preze. Recomendo, recomendo, recomendo! Alivia que é uma beleza!

E tem mais, juro que ainda volto ao assunto (risos)
Se eu viver para viver em mima ainda...
Amo demais, meu Deus, e amo demais o meu Deus!

Wesley PC>

POSSO PENSAR NO QUE EU QUISER... MAS É DEUS!

Na manhã de hoje, realizei um sonho profissional: finalmente vi “Blaise Pascal” (1972), obra magnânima do mestre Roberto Rossellini, cineasta que, por seu entendimento sublime do conceito não-restritivo de “Deus Invisível”, tende a ser o meu favorito, o que melhor externa o que internalizo enquanto pulsões religiosas mais pessoais. Gemi de gozo diante do maravilhoso filme!

No filme, o francês Pierre Arditi interpreta o filósofo protagonista, que, antes de morrer, diz, sorrateiro: o sofrimento é um dom de Deus”. E eu tendia a crer. Ou tendo agora. Talvez não seja necessário dar detalhes sobre o que acontece antes. Vejam o filme. Leiam “Pensamentos” (1670). Está tudo lá. O que me cabe nesse texto é o impacto: e impacto é uma palavra deveras eufêmica para designar o que este filme me causou...

Poderia suplicar para que todos os meus amigos vissem este filme sublime, mas a minha cópia está sem legendas. Minha mãe até que tentou me acompanhar durante a sessão por alguns minutos, mas a estranheza rítmica do filme a fez lembrar que tinha outros problemas domésticos para resolver. Roberto Rossellini não é um cineasta fácil, da mesma forma que não é fácil lidar com religião, em especial, no plano institucional mais lato. Não é!

Em algumas semanas, terei que elaborar uma entrevista com o dirigente local da canção Nova. No final do ano passado, uma mulher foi presa por empurrar o Papa Bento XVI numa missa. Eu já fui obrigado a comer hóstia do chão numa igreja. Estou apaixonado por um católico silencioso. Não acho herético imaginar Deus gozando em minha boca. Tudo é glória!

E, como se a realidade me pregasse peças ao me mostrar a própria realidade, houve um dia de domingo em que eu esperava um ônibus no terminal Leonel Brizola, vulgo Rodoviária Nova. Um fanático religioso, velho e loquaz, gritava que Jesus está a voltar, que ele é o único caminho, a única salvação. As pessoas ao redor dele zombavam e eu me irritava com o seu tom alto de voz. Era cedo (7h da manhã), passara a madrugada em claro, precisava dormir. E o homem dizia: “Nesta de manhã, te arrependas e serás salvo, pois só Jesus tem o dom de transformar pecadoras em santas, santas, muito santas”... Do jeitinho mesmo que eu escrevi. E eu não sei se me arrependi, se fui salvo, se estou salvo, se serei salvo. Mas achei de muitíssimo bom gosto a cena em que Roberto Rossellini encena a famosa teoria de Blaise Pascal sobre a aposta benfazeja na crença em Deus: crê n’Ele. Apostas que Ele existe e crês sem cessar. Se ganhares, ganharás tudo. Se perderes, não perderás nada!”. E eu creio. E, enquanto o religioso do terminal gritava, pensei em fotografá-lo. Retirei lentamente a câmera fotográfica de minha bolsa, pus as pilhas com lentidão calculada e era como se o homem posasse diante de mim, a gritar. Era 3 de maio de 2009. E o tempo passou... E passará... E continuará passando, espero. “Amo a Deus, pois Ele ouviu minha voz e minha súplica” (salmo 116).

Wesley PC>

domingo, 14 de novembro de 2010

Dias A-tipicos



Tenho tido dias a-típicos, mas é uma escolha e portanto....

Temor e Tremor é daqueles livros que nos tira do nosso centro gravitacional
definido como um canto à Fé, onde o pseudônimo de Kierkegaad, Johannes de Silentio, narra a trajetória do Cavaleiro da Fé, ABRAÂO, que no silêncio da angústia sobe o monte Morijia para sacrificar Isaac seu filho.
Filho que teve na velhice como dádiva de Deus. mas como prova de amor a Deus e a si mesmo Abraão deve sacrificá-lo e no silêncio paradoxal do absurdo ele entra em relação absolutamente com o absoluto e na total imersão em sua subjetividade, tornando-se assim um Indivíduo acima da moral.
ele sofrendo em silêncio deseja e deve sacrificar seu amado filho. Socialmente ele é um assassino, mas ao olhos da Fé ele é cumpri o dever de amar a Deus.

poderia passar mais tempo falando sobre o sentimentos oculto e initeligível de Abraão segundo a perspectiva admiradora Kierkegaardiana, mas tenho que voltar para o árduo trabalho de leitura.

beijos a todos

Jt

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Miosótis


Flores pequenas
Pequenos clitóris vermelhos, rosáceos
Enrijecer sem perder a doçura
Regra da boa, dialética da boa
A boca é quem sabe
Do doce das flores e do mel...

Um olhar (meta)físico de um outro lugar



Viajar é sempre uma experiência que foge ao ordinário, mesmo que se faça sempre.

Não por acaso o alhar de um estrangeiro se perde no abismo de possibilidades ou de reflexões que põe o indivíduo diante dele mesmo, de uma (meta) realidade que lhe escapa na hodierna relação com seu espaço, com suas memórias e referências, parece que diante deste novo espaço que se abre em terra estrangeira, o infinito se abre se opondo a finitude de tais relações.

Ser um corpo estranho em meio a um emaranhado de concreto, de corpos e ambientes, é por sua perspectiva em sucessões de eventos que te joga a um horizonte expansivo, ao mesmo tempo que, paradoxalmente, sentimos uma saudade incomensurável de nossa origem, de nossa fixidez, de nossa terra, de minha terra. Talvez, essa reflexão caiba apenas as minhas próprias reflexões, e se a tentativa de partilha-lha não alcance um caráter universal só reforça ainda mais que o indivíduo é uma construção de e para si.

Alguns eventos nesta última viagem mereceram um tempo específico para uma melhor digestão. Posso destacar a eleição presidencial no âmbito privado, vejamos:

Domingo dia 31 de outubro as 19 horas, Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, segundo turno das eleições presidências, uma considerável porcentagem das urnas apuradas e Dilma Rousseff caminhava para ser a primeira mulher eleita presidente no país, a noite anunciava a vitória do partido dos trabalhadores, outrora representante de uma causa utópica-socialista, agora um partido claramente progressista de tendências neoliberais, ainda que negue tais posturas.

O que foi para mim INcrível, quase que metafísico, foi presenciar o entusiasmo de alguns jovens que se reunirão para comer pizza com coca-cola e acompanhar a apuração, a utopia socialista que foi por água abaixo a quase 10 anos atrás, parecia não representar nada para aqueles jovens esquerdistas, que enfervecendo-se da vitória petista gritavam felizes “ É DILMAAAA!!!!”, e ainda torciam para a vitória de todos os candidatos a governadores que eram do PT ou apoiado por este, independente do contexto local. Caminhavam após a degustação alimentícia, para um bairro nobre da cidade, bairro que segundo eles a política do PSDB se coadunava com as posturas de seus moradores, para agitarem a bandeira petista e mostrar que eles perderam.

A pergunta que fica é: o mito LULA vai além das massas e enturva também o olhar dos ditos esclarecidos ou é falta total de uma criticidade?

JT

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Memória, tempo, sistema, constatação?

Ainda estou elaborando essa minha ida à cidade da infância.
Vi algumas pessoas queridas. Soube notícias de tantas outras.
Constatei uma coisa triste: muitas de minhas amigas, colegas de escola, casaram-se e foram "maltratadas" (palavra mais comum de se ouvir nas conversas) pelos maridos. Quase todas tiveram filhos. Umas separam-se, outras ainda não...
O fato é que percebi a permanência de um sistema acabrunhado, preconceituoso, opressor, contrário às diferenças, contrário aos direitos da mulher.

Vou elaborar muito tudo o que vivi em dois dias.

"Tempo amigo, seja legal, conto contigo, pela madrugada..."

Enjôo

Gente maracujada! Estou enjoada desse modelo do blog. Tava pensando em pintar a casa, em arrumar as letras, em fazer uma reforma física-superficial aqui (porque conteudística jamais seria possível uma vez que nem sabemos qual a nossa linha e ainda: não ligamos linha qualquer, escrevemos mesmo é para acalmar, para criar e matar demônios e, ultimamente, saudades, pois Tiago resolveu sumir, Jadson resolveu viver viajando e Wesley's são Wesley's, né? Inclassificáveis). O que pensam? Afinal...é nosso espaço de convivênvia virtual (porque a gente acha pouco viver encangado vendo filmes, lendo livros, indo à praia, caminhando na chuva e essas e muitas outras coisas juntos).
Se todos toparem...faremos a tal mudança, sim?

Errata

Para medidas de esclarecimentos: conversei hoje rapidamente com Jadson Teles. Mais louco que todos nós juntos, ele me falou que não havia enxergado direito e que o projeto dele foi sim homologado e, portanto, ele está prestes a viajar para concorrer ao que ele se propôs e se dedicou.
Processos seletivos são mesmo enlouquecedores e atingem com maior frequência aqueles que já têm tendências à loucura. Nosso caro amigo é só mais um na imensa estatística (vide o caso de Tiago Oliveira...).

Enfim...rindo litros ao escrever essas bobagens em tom solene.

Falo/escrevo sério agora: muito feliz que Jadão se tenha equivocado e que a sua inscrição tenha sido mesmo homologada e que ele continue no páreo. Ainda que seja duro. Vale a pena viver essas adrenalinas ainda que no final não cheguemos em primeiro lugar ou ainda mesmo que nem atinjamos o objetivo final NESSA VEZ (porque esses processos são como carnaval: acontecem todos os anos, é bom lembrar!)... Mas, não é o caso de se falar nisso agora...Pois esses processos exigem de nós que caminhemos e vivamos as etapas, uma por uma, com calma...(difícil é pedir para essas pessoas daqui do Maracujá se acalmarem...).

O caso é mesmo daquilo que vivemos falando um para o outro: "força!", "coragem!", "força na peruca", "levanta a franjinha e vai!"...

No mais, percorrer o caminho já é fazê-lo...

Saudades, viu?

P.S.: Telefone não substitui abraços.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Consolo de pobre: Frase auto-ajuda:


nos últimos dois meses corri tanto, para nem passar nem do início...
"é porque não era a hora!"

Já em Aracaju e com péssimas notícias...

ainda não assimilei direito

Jadson

Notícias de uma paz particular?

Estou numa lan hause...em Propriá...bem perto do Velho Chico. Já o olhei de soslaio, enquanto vinha aqui para falar urgente com Rogério. Vim resolver problemas. Mas, claro que olhei bem a gurizada saindo da Fundação Bradesco e me vi entre eles. Pequeninha, loirinha, presepeira, tímida...criança ainda.

Depois qu resolver tudo: vou dar uma olhada gingantesca no rio de minha infância. Vou passar também em frente à casa da minha meninice e vou dar um abraço na minha melhor amiga de infância: acabamos de marcar isso.

domingo, 7 de novembro de 2010

estou enlouquecendo

Pessoal, hoje meus dedos me encararam. Me assustei ao ponto de ter medo de olhá-los novamente.
Definitivamente estou enlouquecendo. Estou com medo.

Beijo em todos.

Olhos


Olhos grandes e esbugalhados nasceram nas pontas de seus dedos. Na língua, brotou-lhe imenso olho viscoso e solitário. Centenas de olhos, aos poucos, se espalharam por todo o corpo. Gritou enlouquecida. Pensou em arrancá-los, mas logo descobriu que era impossível saber para onde guiar as mão com tantos pontos de vista.

Calara-se Deus

Deus calara-se como nunca,

Escondera-se no céu distante.

Procurei sinais,

Mas Nada.

Nenhuma chuva em pleno Sol,

Nenhum pássaro errante,

Nem arco-íris gigante.

Calara-se Deus como nunca,

Escondido no céu mais distante.