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sábado, 23 de abril de 2011

Moral como conclusão reflexiva de uma pintura de parede.


Afim de reparar, ou melhor, escamotear a aparência da pintura do meu quarto, escondendo os furos, comprei uns posteres da coleção caras de pinturas, que acidentalmente encontrei em um sebo. Das uma das replicas foi uma terrivelmente sublime do pintor austríaco Egon Schiele, que viveu apenas 28 anos, mas produziu intensamente durante a sua vida. Seu trabalho é marcado por forte teor sexual e dizem os seus estudiosos que sofreu forte influência de Sigmund Freud, por isso fez diversos auto-retratos, inclusive se masturbando.

Conheço pouco suas telas, mas pelo que ando pesquisando, ele se tornará um dos meus favoritos. Também não sei explicar muito bem, mas nutro uma forte atração pele pintura expressionista, catalogam-no como pertencente a este movimento artístico e não sei se é a densidade que empregam nas figuras mostrando-as sempre disformes e com um aspecto de sofrimento e minha exuberante identificação pela dor pulsa nessas horas ou se algo o prazer intelectual , da paixão pelo sensível. Deve haver explicação mais plausível para meu afeto acerca do expressionismo, com certeza uma delas é a intensidade de emoções que as telas passam.

Então, quando comprei fiquei entusiasmado, “terei um quarto com pinturas espalhadas, fotos de filmes......etc”, tencionei fazer um quarto com uma decoração bem PIMBA, mas ainda não se efetuou, ele esta mais sóbrio que nunca , do jeito que sou, e outra coisa, acabei me acostumando com as paredes em estado de deterioração, é do jeito que elas são ou as mudo de vez ou não adianta escamotear. E isso vale pra vida!


Beijos

Jadão

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os retirantes de Portinari

Ontem assisti a um filme do Rosemberg Cariry, chamado O caldeirão da Santa cruz do esquecimento. Vi uma breve apresentação do livro de Cláudio Aguiar, chamado Caldeirão. Estive em contato com uma história que nos é negligenciada. Aqui tão nossa vizinha. Num tempo nem tão longe de nós. Tudo isso me fez lembrar de Wesley Pereira de Castro falando sobre O quinze. Estupefato. E a gente falando de sertão e de amor tão rápido em frente a UFS. Saudades.
Tudo isso e a palavra exagero que elegi hoje para falar asneiras.
Carnificina. Violência. Injustiça. Tudo isso são flashes em minha cabeça. E vi essa tela de Portinari no filme. E as vozes. E as orações. As feiras. As velhas. A memória.
Existem exageros bons. Existem exageros ruins. O fato é que não dá mais para não saber das coisas. Para se esquivar para dentro de si de maneira egóica. Claro que não há porque nem como nos desapartarmos de nós. Mas, é preciso ver, ouvir o outro.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Miosótis


Flores pequenas
Pequenos clitóris vermelhos, rosáceos
Enrijecer sem perder a doçura
Regra da boa, dialética da boa
A boca é quem sabe
Do doce das flores e do mel...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Odores

"A noite, eu Ariana, preparando aroma e corpo".

Não lhe saía da cabeça os tais versos.
Segurou o copo com força. Pensou que se o quebrasse, ao menos o sangue…o sangue viria à tona. E precisava bastante de erupções.
Segurou, então, com muita força e nada rompia ali: nem noite, nem copo, nem alguma figura fantasmática pela porta.
Nenhuma palavra rompia aquele silêncio. Então decidiu gritar.
Gritou para dentro mesmo de si. E descobriu que não havia silêncio porra nenhuma. Ela tagarelara a noite inteira. Sua mente não fez silêncio para o dentro de si dela. E agora, aquela de palavras a romperem silêncios!
O silêncio é o caralho!
O copo rachou o espelho e não se partira.
Bom o material, concluiu. Caíra fofo no tapete. E ela bipartida, com a cara deformada, no espelho era uma figura patética.
Era melhor pegar um livro, fingir que nada aconteceu, limpar a cara torta pelos tantos copos de wiski barato e esperá-lo.

O que rompeu foi o dia: bem na cara dela o sol parecia de meio-dia.
Sentiu que esteve só o tempo todo. Tudo igual: espelho, copo no tapete que molhara e secara deixando um cheiro de álcool estragado. Como se pudesse álcool estragar, apodrecer…

O que apodreceu ali?

Tomou um táxi. Mas, o cheiro, o cheiro a acompanhava.

P.S.: A tela é "Mulher ao espelho", de Pablo Picasso e o verso é de Hilda Hilst.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Marcela ou As duas amantes


Poderia ter dado para a Martha ou para Júlia.
Poderia ter dado para qualquer outra ali da rua, da escola, das aulas de música. Tanto olhava as meninas com os baixos entre as pernas, nas aulas, que se perdia entre as partituras e os pensamentos.
Imaginava o baixo como o amante daquela que era a menina mais bonita da turma e a mais fútil também. Loura e distante. Com amantes mais velhos, todos sabiam naquele conservatório.
Era isso: ela decidira só olhar de longe, vez ou outra, as mulheres e seus amantes. Decidira ficar pacata, tornar-se invisível. Temia tocar no corpo de uma outra mulher. Sabia que ela mesma era para ela um segredo e, portanto, não suportaria o segredo de mais ninguém.
A música e o cigarro eram a sua fuga. Gostava de ver a fumaça distanciar-se no ar. E aprendera a fazer bolinhas e alguns outros desenhos com a fumaça.
E foi com uma dessas baforadas, no intervalo de suas aulas, que conheceu Marcela.
Conversaram. Tomaram coca-cola juntas e dividiram cigarro e fumaças.
Riam. Trocavam confidências. Leia-se: Marcela falava de si, ainda que tentasse incansavelmente arrancar-lhe os mistérios. A outra, ouvia, calada que era, a dona de um segredo.
Marcela falava de tudo. De música e de amores. De tristezas passadas e da fé no futuro. Mas, parecia não ter força o suficiente. Porém, sorria como que iluminando o rosto da amiga.
E então ela pensava: não posso desejar Marcela.
Aprendera, mesmo sem ter sido educada nos moldes católicos, a repreender muito do que sentia. Era a sua forma de guardar seu segredo.

As aulas terminaram para ela e continuariam para Marcela.
Houve um concerto para a festa de formatura. Bebidas, cheiros, cores. E a despedida. Despediu-se de todas as outras com o olhar. A loura estava magnífica e nem olhara para ela.
De Marcela, despediu-se com um abraço e um cigarro dividido do lado de fora da festa.
Saiu mais cedo e nunca mais vira Marcela.

Anos se passaram. Vivia de música, agora como professora e morava num minúsculo apartamento no centro de uma grande cidade. E,  numa madrugada insone, ligou a televisão e afastou-se da sala.
Ouviu uma voz singular. Suave, cristalina…clara, clara e reconhecível… Voltou para a sala e vira Marcela.
Marcela estava magra como sempre e com um sorriso que iluminava, como sempre.
Ela olhou fixamente para a TV. Não acreditava que Marcela terminaria a música. Marcela demonstrava a mesma falta de força de sempre. Não conseguiria.
E sentou-se, inquieta.
Marcela foi tomando força, foi cantando cada vez mais firme. O piano, suave, gostoso de se ouvir. Marcela cantava forte, bonito, iluminado.
Então, ela abriu suas pernas, encontrou o seu sexo e ao fim da música, gozou com Marcela.

Poderia ter dado para Martha ou para Júlia. Para qualquer uma ali da rua, da escola, das aulas de música. Mas, deu para uma que ela não sabe ainda quem é. Conheceram-se depois que ela vira Marcela na TV. Conheceram-se durante um intervalo de aula, entre baforadas de cigarros e coca-cola. Esse rosto também ilumina quando sorri.

E agora pensa que, sem querer, Marcela lhe desvendara o segredo de uma vida quase inteira.
 
P.S.: A gravura é de João Werner e se chama "As duas amantes".

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pica-flor

Trio de amantes
gravura digital raster
42x60 cm.
06/06/07

A uma freira que satirizando a delgada
fisionomia do poeta lhe chamou "Pica-Flor".


Se Pica-Flor me chamais,
Pica-Flor aceito ser,
Mas resta agora saber,
Se no nome que me dais,
Meteia a flor que guardais
No passarinho melhor!
Se me dais este favor,
Sendo só de mim o Pica,
E o mais vosso, claro fica,
Que fico então Pica-Flor.

Essa imagem merecia um dos poemas de Gregório de Matos de que mais gosto: Pica-flor.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Números e constelações em amor com uma mulher

As pessoas em Aribiali adoram os números. Calculam. Leem e discutem a Teoria dos Números. Carregam consigo máquinas calculadoras. Fazem contas complexas.
Ensinam uns aos outros a dureza das regras, os caminhos para alcançar os resultados exatos.
Lidam com o incógnito da vida.
O x quase nunca é o maior problema.
Raramente dizem bom dia.
E os romances e a poesia são coisas para os loucos de letra.
A arca e o deserto, Noé, Quixote, o vinho, são indignos elementos nas plagas de Aribiali.

P.S.: adoro muito a tela e o nome da tela em tela (risos): Números e constelações em amor com uma mulher, de Joan Miró, do ano de 1941.
Fui-me embora. Doía-me os pés e a cabeça. Sangrava a alma e a cara carregava um riso plácido, meio bobo, como que contrariando tudo o que por dentro se passava.
Busquei a lonjura dos lugares para acertar as contas comigo mesma. Que é que era isso de por dentro uma coisa e por fora: essa cara risonha?
Comigo não seria mais assim não.
Contradição é uma coisa. Estudada e muito e desde sempre. Mas, essa da cara já era mesmo implicância e não pura incoerência nossa de todos os dias.
As lonjuras não possuem espelhos. Não possuem primeiros socorros. Visto que os últimos me cabem muito bem.
As privadas das lonjuras são imundas. Fedem. E é como se fosse um tipo de sofrimento necessário no sentido cristão da palavra sofrimento. O fedor como se fossem lapadas de chicote nas costas de um monge.
Faz frio nas lonjuras. Chove e fica tudo cinza. O vermelho é só do corte. Do pé e da alma.
A cara não sei como anda. Não a vejo há dias.  Às vezes a sinto como se estivesse vermelha. E penso: sangra? Não levo a mão ao rosto. Nada de carinhos.
Fui-me embora.
Depois, eu volto.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quanto custa uma passagem para o lugar mais longe, moça?


 Eu quero é ir embora, eu quero dar o fora...

Um dos muitos pontos do filme O céu de Suely que me emociona imensamente é quando Hermila chega num guichê de rodoviária e pergunta algo similar ao título do post.
Sinto uma tamanha identificação com aquele filme. O nordeste de plástico, as paisagens grandes, quase desérticas, os caminhões que passam, a cidade pequena, que mais parece cidade de passagem, cidade de não ficar. As motos que tomam o lugar das carroças. O video game e o calor.
O espaço é o espaço reconhecível por qualquer pessoa que foi criada em cidade do interior que nem é sertão brabo nem é capital. É lugar nenhum. É entre-lugar. É reentrância. É passagem e, tantas vezes, é prisão.
Há uns dez anos, eu e minha mãe, montamos num caminhão, com mudança e tudo e viemos para Aracaju. Não era o lugar mais longe, mas a sensação era quase a da moça do filme.
Era, para mim, uma fuga e era a esperança de um outro lugar.
E, aqui, as coisas foram acontecendo, se amontoando, e eu tantas vezes me perdi de mim. E tanto isso aconteceu que eu vivo pensando nessa possibilidade: "qual o lugar mais longe para se ir?".

Por essas e outras sensações é que tantas vezes compreendi o fato de muitas vezes a gente criar esse lugar longe mesmo sem sair do lugar que se está. É o famoso sótão do qual já falei tantas vezes. A gente não viaja, não sai do chão, mas é como se assim o fosse.
 Tem gente que chama a isso de loucura, delírio. Outros usam eufemismos e comentam: "como aquela pessoa é aérea, voadora".

Uma escritora de quem gosto muito, certa vez escreveu sobre uma velhinha que se perde no Maracanã. Num outro texto seu, ela traz uma parte desse texto da velhinha e termina assim: mas, deve haver uma sa-í-daaaaaaa.

Não sei se há.
Eu sou labiríntica. Tanto quanto a velhinha de Clarice no conto. Mas, penso muito como Hermila do filme. E me riu quando ouço "Um lugar do caralho" gritado por Wander Wildner. Outros me dirão: você é utópica.
Não. Eu não sou nada. Nonada.
Mas, tudo o que agora quero é pegar um ônibus e ir para um lugar, perto ou longe. De preferência um lugar de interior. Quero aquele clima.
Vou ganhar estrada. Disso sei que preciso.
 Porém, até isso é difícil.
Talvez queira eu agora, ir-me embora para Pasárgada, oh Bandeira querido!

domingo, 6 de junho de 2010

Lilith


Da terra brota

a primeira mulher

insônia de Deus.

Ao pronunciar

o Seu nome: o

Inferno

trama de Eva?

Entre elas o pacto

e o silêncio.

(Iara Vieira)

Cansada


Tarde sem saco. Nada de ruim. Nada de chato. Sou eu mesma. Por dentro.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Paula Rego


Futucar. Cafucar. Palear. Eram verbos usados por minha mãe para nomear as minhas mais corriqueiras ações do dia-a-dia de criança. "Essa menina vive futucando as coisas. Catuca de um lado para o outro. Não deixa de paleio". Não deixava mesmo e ela adorava isso, eu bem sabia. Assim foi que quando eu aprendi a ler, num caderno por ela inspirado e por ela executado, chamado "Caderno com a mamãe", eu não parava de mostrar minhas habilidades com as letras numa "sibiteza" (como dizia a querida Maria, moça de vida dúbia que nos ajudava lá em casa, leia-se, que ajudava a minha mãe a me pegar num rabo de vento e levar para debaixo do chuveiro, para depois pentear meus cabelos: é, pessoas, precisava de duas ou mais pessoas para conseguir tal façanha!)de dar gosto. Lia, soletrava todas as placas nas ruas, todas as propagandas grafadas/pintadas em muros pela cidade...Era a exposição em figura-mirim!
Cresci e fiquei uma adolescente tímida. Continuo uma "tímida meio-sem-vergonha" na juventude que já se esvai (ai que esse mês é mês de crise, mês de completar anos...ai, ai, ai). Mas, tímida ou não-tímida eu continuo a cafucar. Futuco as coisas como aquela pequena pesquisadora-curiosa-rinitente de antes. E continuo tendo dúvidas tão pueris que me assusto comigo mesma. E, muitas vezes fico feliz. Apesar de outras tantas, achar que é mesmo "tonhice", retardamento sério isso em mim!
Que fazer contra mim mesma?
Decido aceitar como se tem que aceitar a geléia do conto Hereditariedade de Amílar Bettega Barbosa. E vou vivendo, dizendo para mim: "É a geléia", ou seja, "É a vida".
Futucando em meus silenciosos paleios, agora saudosos das broncas felizes de minha mãe, encontei essa tela de Paula Rego. Nascida em Lisboa em 1935, a moça tem obra falada, mal-falada e bem paga (dia desses um quadro dela que não o aqui postado foi vendido por mais de meio milhão de euros). É pintora contemporânea. E declarou que a mulher é uma história por contar e que a história das mulheres nunca foi contada em pintura.
Já falei outras vezes aqui mesmo que não entendo nada de pinturas, de artes plásticas. E que a relação que mantenho com essa Arte é bastante sensualista: os quadros me pescam pelo olhar.
Fui pescada por essa tela aqui postada e de nome Casa da Celestina.
Busquei outras coisas dela e gostei. Mas nenhuma como a Casa. Para mim, deveras forte.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Do desejo













Quem és? Perguntei ao desejo.
Respondeu: lava. Depois pó. Depois nada.

(Hilda Hilst)

Essa tela, de Alexandre Cababel é de 1863. Gosto muito, apesar de não entender nada de pintura, de artes plásticas - a relação que tenho é a mais primária possível: olho e a tela, o quadro, me captura, meio que me pesca. Mas, gosto desta dele especialmente porque ele utiliza a célebre referência mítica do nascimento de Afrodite: Cronos castra seu pai Urano e lança ao mar os testículos. Da espessa espuma do esperma, surgiu Afrodite, deusa do amor e da beleza, identificada como Vênus, entre os romanos.

Certa vez li em um livro de Muniz Sodré que “o olhar é um meio de possuir ou ser possuído, completamente análogo aos órgãos sexuais, que possuem e são possuídos”. Gosto de pensar nisso quando olho um Cabanel, um Courbet, um John William Godward, um Lefevbre, um Guillaume Seignac, tão diferentes entre si e tão pescadores de mim...

domingo, 9 de maio de 2010

Coubert+Safo=Proibição!


Assim como aconteceu com A Origem do Mundo, O Sono também foi proibido para a exposição pública. Courbet inspirou-se na arte Rococó do século XVIII e na literatura sobre a poetisa grega Safo, cujos poemas eram muito lidos, apesar do puritanismo e da hipocrisia existentes na sociedade da época.
Courbet realça a sensualidade do assunto, assentando seus nus sensuais em um interior do neo-Rococó, com detalhes como o colar de pérolas, do pente do cabelo, do ouro e do vaso esmaltado (sugerindo luxo). Em 1872, a pintura esteve na mira de um processo judicial, por divulgar material explicitamente erótico, visto como indicativo de devassidão de Courbet, principalmente por aludir ao lesbianismo.

Gustave Coubert


Gosto de Coubert porque ele é polêmico, corrosivo, crítico e tem uma técnica ágil. Mas, adoro, adoro mesmo suas atitudes críticas. Era 1866 e Coubert era pintor conhecido em França e ao representar frontalmente as coxas e o sexo de uma mulher, A Origem do Mundo abalou profundamente o meio artístico da época.
O quadro é provocador, perturba e choca. Causa incômodo observar tão de perto o sexo que se impõe imenso diante de quem o olha. Gustave Coubert violenta o público com tamanha ousadia muito mais do que ao objeto observado.
À época, na Academia, os estudantes praticavam sua arte desenhando as estátuas clássicas de corpo idealizado. Essas estátuas, Apolos e Afrodites, não eram assexuadas mas a representação do sexo era estereotipada ou deturpada. Os homens frequentemente tinham uma parra a tapar os órgãos genitais enquanto que nas mulheres nada se via para além da continuidade da pele lisa da barriga. Courbet detestava os acadêmicos e as suas fórmulas.
Eis um outro motivo para eu gostar tanto de Coubert, claro!
Esta tela apareceu como um manifesto contra o academismo, mas também contra a falsidade vigente na Arte e na Sociedade oitocentista.