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sexta-feira, 20 de maio de 2011

"Viver com um autor não quer dizer forçosamente realizar na nossa vida o programa traçado nos seus livros por esse autor (essa conjunção não seria contudo insignificante já que forma o argumento do Dom Quixote; é verdade que Dom Quixote é ainda uma criatura de livro); não se trata de ser sádico ou orgiástico com Sade, falasnteriano com Fourier, orante com Loyola, trata-se de fazer entrar na nossa cotidianidade fragmentos de inteligível ("fórmulas) saídos do texto admirado (admirado precisamente porque ele prolifera bem); trata-se de falar esse texto, não de agi-lo, deixando-lhe a distância de uma citação, a força de irrupção de uma palavra cunhada; de uma verdade de linguagem"
(Roland Barthes, Sade, Fourier, Loyola)

Recentemente, durante os intervalos de compromissos acadêmicos em Universidade de terra outra que não a minha, li os livros Fogo nas entranhas, de Pedro Almódovar e Ao sul de lugar nenhum, de Charles Bukowski.
Incrível a identidade que me toma com a possibilidade de um futuro fodido ao ler o venho Bukowski. E o reconhecimento de um presente tão fodido quanto (com alguns enganos e um punhado de ilusões). Mas guardadas as proporções ditas por Barthes e citadas por mim no início deste texto que escrevo cansada e confusa e cheia de frio. Pois bem sei que ao ler e me identificar nalgumas muitas passagens não dá, não cabe mais (na altura de minha vida, na altura dos tempos em que vivemos) agir como o sempre Henry Chinasky de seus textos.
Mas, esse Ao sul... tem me cativado porque é um livro de histórias curtas muito peculiar deste autor. Há um conto em especial, chamado Nenhum caminho para o paraíso onde o velho safado fala de amor da maneira mais pura e sensível que eu já pude ler em seus livros. E depois, os outros contos, volta e meia abordam esse sentimento tão falado e mal-falado de forma terna, ressalvando que sempre à la Bukowski.
Enfim, comecei a escrever esse texto empolgada, citando autorezinhos teóricos de que gosto, mas me sinto tomada por grande cansaço e paro pora qui. Se tiver forças para retomar a vibe do texto será ótimo, se não...fica mais uma história cortada, entrecortada, não finalizada...enfim...fio de Ariadne para desenrolarmos e enrolarmos e nos enforcarmos e nos salvarmos...




quarta-feira, 21 de julho de 2010

Números e constelações em amor com uma mulher

As pessoas em Aribiali adoram os números. Calculam. Leem e discutem a Teoria dos Números. Carregam consigo máquinas calculadoras. Fazem contas complexas.
Ensinam uns aos outros a dureza das regras, os caminhos para alcançar os resultados exatos.
Lidam com o incógnito da vida.
O x quase nunca é o maior problema.
Raramente dizem bom dia.
E os romances e a poesia são coisas para os loucos de letra.
A arca e o deserto, Noé, Quixote, o vinho, são indignos elementos nas plagas de Aribiali.

P.S.: adoro muito a tela e o nome da tela em tela (risos): Números e constelações em amor com uma mulher, de Joan Miró, do ano de 1941.
Fui-me embora. Doía-me os pés e a cabeça. Sangrava a alma e a cara carregava um riso plácido, meio bobo, como que contrariando tudo o que por dentro se passava.
Busquei a lonjura dos lugares para acertar as contas comigo mesma. Que é que era isso de por dentro uma coisa e por fora: essa cara risonha?
Comigo não seria mais assim não.
Contradição é uma coisa. Estudada e muito e desde sempre. Mas, essa da cara já era mesmo implicância e não pura incoerência nossa de todos os dias.
As lonjuras não possuem espelhos. Não possuem primeiros socorros. Visto que os últimos me cabem muito bem.
As privadas das lonjuras são imundas. Fedem. E é como se fosse um tipo de sofrimento necessário no sentido cristão da palavra sofrimento. O fedor como se fossem lapadas de chicote nas costas de um monge.
Faz frio nas lonjuras. Chove e fica tudo cinza. O vermelho é só do corte. Do pé e da alma.
A cara não sei como anda. Não a vejo há dias.  Às vezes a sinto como se estivesse vermelha. E penso: sangra? Não levo a mão ao rosto. Nada de carinhos.
Fui-me embora.
Depois, eu volto.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sobre a disfunção da liberdade



Cheguei sábado sete e meia da manhã, corri, peguei um taxi, já estava meia hora atrasado e com uns 50kg nas costas, chegando no trabalho já constava uma considerável quantidade de pessoas, fui tomar um banho, botei a camisa da campanha e fui trabalhar, morrendo de cansado , caindo aos tampos, na volta tive uma carona até o terminal DIA, cheguei em casa morto, joguei as coisas no quarto, tomei banho, me deitei, acordei atordoado umas 23 horas, percebi que a porta estava aberta e que meu celular não estava mais.mexi a casa toda e não achei, voltei a dormir irritado, acordei as 6 e meia da manha, minha mãe me liga, tive que sair correndo mais uma vez fazer presença social no batismo de minha irmã.

cheguei morto em casa, mortinho da Silva.


Enfim sem meu celular Vivo, e vou ficar mais uma vez sem internet, ou seja, comunicação pós-moderna vai ser quase zerada!

8848-4676 é o numero de meu outro celular que ainda me restou, quem puder me busque!