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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Números e constelações em amor com uma mulher

As pessoas em Aribiali adoram os números. Calculam. Leem e discutem a Teoria dos Números. Carregam consigo máquinas calculadoras. Fazem contas complexas.
Ensinam uns aos outros a dureza das regras, os caminhos para alcançar os resultados exatos.
Lidam com o incógnito da vida.
O x quase nunca é o maior problema.
Raramente dizem bom dia.
E os romances e a poesia são coisas para os loucos de letra.
A arca e o deserto, Noé, Quixote, o vinho, são indignos elementos nas plagas de Aribiali.

P.S.: adoro muito a tela e o nome da tela em tela (risos): Números e constelações em amor com uma mulher, de Joan Miró, do ano de 1941.

terça-feira, 18 de maio de 2010

IDEALISMO X PRÁXIS




Evito por sangue no meu prato, todavia outras questões vêm a tona agora que estou num debate público-virtual acerca dos problemas advindos dos nossos hábitos alimentícios. Agora vejo, por exemplo que uma leitura marxiana seria de extrema necessidade, claro sem os ranços dos marxismos levando em conta as limitações de uma teoria e atualizando suas preocupações e incorporando talvez , apesar do paradoxo que possa gerar, uma dimensão individual, (e não egoista). Percebi ao longo desses seis anos de UFS que o mais difícil para o homem da práxis é a mudança dos próprios e pequenos hábitos coitidianos e é por onde devemos começar, assim creio!. para instaurar uma nova ordem de coisas, (mas como já falei em algum momento), o cômodo, a comodidade e a imersão num sistema que lhe toma o tempo e lhe faz aderir a uma forma alienante de vida, são algumas das principais barreiras para a descontrução ou recontrução de hábitos mais saudáveis e ou éticos. Mudar hábitos é um bom começo, pode até parecer simples, mas é o que mais leva o sacrificio, ir contra desejos solidificados é algo que soa para alguns como uma moralidade demasiada cristã, mas pensemos mais sobre isso.

Eu sempre idealizei morar em uma comunidade, onde poderiamos cultivar nosso próprio alimento, onde poderiamos fazer nossa própria roupa, onde dividiriamos serviços que vivendo em lugares separados estamos consumindo mais e mais, temos um sentimento tão egoista e de apego ao bem material que não sabemos mais dividir ou mesmo doar e muito menos conviver com vontades dispares, parece mais uma vez um discurso cristão. Vejamos:

numa comunidade de 20 pessoas teriamos uma casa e não 20, teriamos digamos 4 tvs e não 20, teriamos 2 ou 3 aparelhos de som e não 20, teriamos uma geladeira e não 20, teriamos uma conta de luz (poderiamos optar por energia solar) e não 20, teriamos 3 ou 4 computadores e não 20 e ainda poderiamos comsumir bens culturais comunitariamente ao inves de 20 livros “Dom casmurro” 1 ou de 20 filmes “ Amarelo Manga” teriamos 1, o problema é a convivência, esse é por assim dizer um pensamento quase que tribal, esquecemos de conviver com o outro, sempre estamos querendo nosso espaço e coisa e tal, espaço ganha um sentido tão metafísico no sistema capitalista que esqueçemos que moldamos nossa identidade, nossa humanidade na relação com o outro.

Podemos refletir mais.....

PS: Topam a leitura do “O Capital” do Karl Marx? confesso que nunca estive tão excitado com a idéia!


JT