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sexta-feira, 24 de junho de 2011

“DESCULPE, DESCULPE, DESCULPE”...

Estas palavras são repetidas diversas vezes seguidas na trilha sonora proto-gregoriana de “Erótica, a Fêmea Sensual” (1984), filme do Ody Fraga que vi recentemente e que me fez lembrar bastante de minha amiga erotizada e passional Ninalcira Sampaio. Eu não sei se ela conhece este filme, mas, se ela precisar de ajuda para se crucificar nua à beira da praia, estou aqui, visse?

Wesley PC>

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vai um maracujazinho, ai?



Não me perguntem como, mas essas frutas em formato peniano são maracujás!
Bem que eu queria um pé desses por aqui!!!

Jt

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ESTA É A PRIMEIRA CENA DE “EXÍLIOS” (2004, DE TONY GATLIF)!


E, para não estragar a sessão, não digo mais nada, exceto que: 1 – eu e Vanessa Lacerda ainda estamos a nos recuperar do forte transe frenético que o filme nos causou; e 2 – ele tem que ser assistido em volume altíssimo, agora, já!

Wesley PC>

sábado, 26 de março de 2011

ATENDENDO AO PEDIDO DE JADSON...

OK, então, eu publico e fofoco: Tiago e Ninalcira estavam a estudar juntos quando eu os telefonei para avisá-los que Jadson estava a “fazer a rampa” na periferia goiana, ao passo em que eu ainda me empolgava de ter acabado de assistir ao clássico pornográfico “The Opening of Misty Beethoven” (1976, de Radley Metzger), versão libertina e corrosiva do famoso “Pigmalião” de George Bernard Shaw. Nem preciso dizer que muito me identifiquei, que queria estar chupando picas que nem a protagonista, visto que, desde pequeno, tenho esta vontade estranha de pôr três pênis diferentes ao mesmo tempo em minha boca, para saber se os gostos são diferentes, se é o amor ou qualquer outro tipo de sentimento que faz com que gozemos com mais vontade ao lado de alguém... Aliás, querido Jadson, apesar de ser estudante de Jornalismo, eu sou uma pessoa inadequada para revelas novidades. Quase tudo o que revelo é emulação de algo que já aconteceu, de algo que algum de nós já previa... Seria culpa minha ou é a História que se repete? Ou melhor, são os tentáculos insaciáveis deste capitalismo tardio que abocanham tudo, que fazem com que tudo esteja obsoleto pela cepa? O segredo é este mesmo, portanto: seguir lutando! E, pelo jeito, eu, tu, Tiago, Ninalcira e Misty Beethoven (interpretada pela belíssima Constance Money) seguem lutando... E nada como um pouquinho de picalomicina para nos estimular, né?

Wesley PC>

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O pau ou ainda As cores ou ainda A boca ou ainda Glutir ou ainda...


Gabava-se de ter aquilo roxo
Jurava em mesas de bar que já havia assustado muitas mocinhas com o diâmetro de seu pau
Listava as damas que havia comido
Até conhecer a grande boca que o engoliu inteiro e o calou por tempos a fio
Em casa, na cama, sumido, quieto, feliz.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

POSSO PENSAR NO QUE EU QUISER... MAS É DEUS!

Na manhã de hoje, realizei um sonho profissional: finalmente vi “Blaise Pascal” (1972), obra magnânima do mestre Roberto Rossellini, cineasta que, por seu entendimento sublime do conceito não-restritivo de “Deus Invisível”, tende a ser o meu favorito, o que melhor externa o que internalizo enquanto pulsões religiosas mais pessoais. Gemi de gozo diante do maravilhoso filme!

No filme, o francês Pierre Arditi interpreta o filósofo protagonista, que, antes de morrer, diz, sorrateiro: o sofrimento é um dom de Deus”. E eu tendia a crer. Ou tendo agora. Talvez não seja necessário dar detalhes sobre o que acontece antes. Vejam o filme. Leiam “Pensamentos” (1670). Está tudo lá. O que me cabe nesse texto é o impacto: e impacto é uma palavra deveras eufêmica para designar o que este filme me causou...

Poderia suplicar para que todos os meus amigos vissem este filme sublime, mas a minha cópia está sem legendas. Minha mãe até que tentou me acompanhar durante a sessão por alguns minutos, mas a estranheza rítmica do filme a fez lembrar que tinha outros problemas domésticos para resolver. Roberto Rossellini não é um cineasta fácil, da mesma forma que não é fácil lidar com religião, em especial, no plano institucional mais lato. Não é!

Em algumas semanas, terei que elaborar uma entrevista com o dirigente local da canção Nova. No final do ano passado, uma mulher foi presa por empurrar o Papa Bento XVI numa missa. Eu já fui obrigado a comer hóstia do chão numa igreja. Estou apaixonado por um católico silencioso. Não acho herético imaginar Deus gozando em minha boca. Tudo é glória!

E, como se a realidade me pregasse peças ao me mostrar a própria realidade, houve um dia de domingo em que eu esperava um ônibus no terminal Leonel Brizola, vulgo Rodoviária Nova. Um fanático religioso, velho e loquaz, gritava que Jesus está a voltar, que ele é o único caminho, a única salvação. As pessoas ao redor dele zombavam e eu me irritava com o seu tom alto de voz. Era cedo (7h da manhã), passara a madrugada em claro, precisava dormir. E o homem dizia: “Nesta de manhã, te arrependas e serás salvo, pois só Jesus tem o dom de transformar pecadoras em santas, santas, muito santas”... Do jeitinho mesmo que eu escrevi. E eu não sei se me arrependi, se fui salvo, se estou salvo, se serei salvo. Mas achei de muitíssimo bom gosto a cena em que Roberto Rossellini encena a famosa teoria de Blaise Pascal sobre a aposta benfazeja na crença em Deus: crê n’Ele. Apostas que Ele existe e crês sem cessar. Se ganhares, ganharás tudo. Se perderes, não perderás nada!”. E eu creio. E, enquanto o religioso do terminal gritava, pensei em fotografá-lo. Retirei lentamente a câmera fotográfica de minha bolsa, pus as pilhas com lentidão calculada e era como se o homem posasse diante de mim, a gritar. Era 3 de maio de 2009. E o tempo passou... E passará... E continuará passando, espero. “Amo a Deus, pois Ele ouviu minha voz e minha súplica” (salmo 116).

Wesley PC>

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Miosótis


Flores pequenas
Pequenos clitóris vermelhos, rosáceos
Enrijecer sem perder a doçura
Regra da boa, dialética da boa
A boca é quem sabe
Do doce das flores e do mel...

sábado, 9 de outubro de 2010

COMO SE HOUVESSEM PROBLEMAS NO MUNDO, COMO SE HOUVESSE APENAS UM ÚNICO REDENTOR...

Costumo dizer aos quatro ventos que o cinema ‘pop’ contemporâneo espanhol, não tanto quanto o italiano, tem um poder de persuasão impressiva no que tange aos temas cotidianos. Quando vi “Teresa, O Corpo de Cristo” (2007, de Ray Loriga), um filme demasiado simples, sobre uma freira que tornou-se santa mas que tinha desejos eróticos com o próprio Jesus Cristo em vida, mexeu comigo de forma mui particular: sei que é uma observação clicherosa, mas... Por que insistem em satanizar o sexo como algo não religioso?

Na última semana, arrisquei-me a ver “Nosso Lar” (2010, de Wagner Assis), epopéia doutrinária kardecista disfarçada de filme e, para meu próprio espanto, não desgostei do filme. Tudo bem que eu também não consegui considerá-lo um filme no sentido escrito do termo (qual é este?), mas... não é ruim! Por mais que cometa despautérios absurdos, como equalizar suicídio e ceticismos como pecados mortais, igualmente merecedores de estágios demorados nos umbrais do inferno. Senti-me cooptado diante daquela pregação, musicada por Philip Glass e protagonizada por um elenco que mais declamava do que necessariamente compunha personagens. No caso do filme católico espanhol tudo flui tão bem...

Acho que estou me convertendo! Culpa do guri que trabalha comigo...

Wesley PC>

domingo, 15 de agosto de 2010

“EU NASCI ASSIM, EU CRESCI ASSIM”...

Tentei ver um filme israelense homossexual antes de dormir, mas o aparelho reprodutor de DVDs de minha casa recusou o DVD pirata que tão gentilmente me emprestaram. Por isso, enquanto indagava a mim mesmo onde poderia ver o tal filme, dei-me de presente outra sessão, tão religiosa e erótica quanto. Porém, ao invés de revelar aqui o nome do filme que vi antes de dormir, exponho a minha própria carne diante de algumas interrogações exclamativas que se manifestaram na cama de Fábio Rogério & Ninalcira na última madrugada de domingo: é verdade que o uso intensivo de uma dada zona erógena do corpo estimula o desenvolvimento da mesma? O agrado que nos atinge quando alisamos as bundas de Jadson ou Tatiana foi o motor de tal pergunta.

Durante esta mesma conversa de cama, alguém perguntou como era minha bunda. Seco e magro que sou, só poderia dispor de uma bunda seca e magra. Seja ela como for, porém, até então serviu para o que precisei. E, como todos sabem, no fervor de meus 29 anos de idade, ainda não tive o privilégio de enfiar meu pênis em nenhum cu, nenhuma boceta, nenhuma boca humana (ao menos, não depois que dispus de pêlos pubianos). Talvez isso redundasse em um sub-aproveitamento de minha genitália? Pelo sim, pelo não, considero-me um exemplar mediano da estatura peniana brasileira. Gosto de meu corpo como ele é, não obstante esta opinião não ser unânime, o que também é bom: talvez o que eu tenha a mostrar para o mundo esteja mais dentro do que fora. Ou não...

Não é à toa que dizem que eu pareço com Caetano Veloso.

Wesley PC>

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

PORTÁTIL E POR TÁTIL:

A fim de poder me dar ao luxo de passar 100 minutos enfiado entre as pernas de um rapaz bonito, que me deixava alisar seus mamilos e lamber seus pés durante a sessão, sujeitei-me a ver “Doom: A Porta do Inferno” (2005), péssimo filme do falacioso diretor de ação Andrzej Bartkowiak, na noite de ontem. Tinha certeza de que o filme era ruim antes de vê-lo e sequer o meu companheiro de sessão, que insistiu em vê-lo, gostou do resultado final [detalhe: ele gosta bastante do jogo eletrônico (!) em que o filme foi baseado], mas, com toda a miséria, foi interessante ter passado pelo que passei... Conforme eu ainda reluto em dizer: ver filmes conscientemente ruins tem lá suas vantagens... Escrever obviedades sobre eles é que vem perdendo o sentido hoje em dia!

Engraçado é que não consigo fazer de outra forma: para além de meus gostos pessoais, permeados de ‘pimbice’ e certa erudição, recaio costumeiramente nas sugestões mais ‘pop’ de alguns potenciais receptáculos seminais, que me mantêm em plena atualização no que diz respeito ao universo dito macho, extremamente masculino e pós-adolescente. Na semana passada, a descoberta da vez foi a banda britânica de ‘metalcore’ Bring Me The Horizon, cujo vocalista de 23 anos é comumente acusado de urinar sobre suas fãs. Fãs. Ouvindo o disco com atenção (na medida do possível, lógico), fico imaginando o que leva alguém a ser fã deste disco. É tão barulhento, tão gritante, tão ininteligível, tão disrítmico, tão filho deste tempo atual largamente apodrecido... Não que “Suicide Season” seja um disco ruim, mas ouvi-lo é complicado. Através de fones de ouvido, periga-se ficar surdo. Em rádios comuns, periga-se ser denunciado pela polícia. Conclusão: só pude ouvi-lo uma vez, assim mesmo incompleta, sob os protestos e temores de minha mãe. Não sei quando poderei ouvir de novo... Mas já o usei em conversas que visavam claramente interesses eróticos em relação a meus interlocutores.

Segue, portanto, um trecho traduzido da letra da faixa 08 do disco, “The Sadness Will Never End”:

“Eu não vou voltar para casa esta noite.
Porque querida eu tenho medo,
Este barco esta afundando.
Há esperança para nós?
Vamos ser capazes de sair vivos?
Eu posso provar a falha em seus lábios.
Há esperança para nós?
Vamos ser capazes de sair vivos?
Eu posso provar o fracasso”


Em outras palavras: o que o eu-lírico da banda quis dizer com isso?!

Wesley PC>

domingo, 1 de agosto de 2010

Canções de Baal

Sexta-feira, enfim, assisti ao Canções de Baal, de Helena Ignez.
Antes, ela prórpia, em terra sua - a Bahia- o apresentou. Estava com uma bata cor de goiaba e meias coloridas, dessas que lembram pinturas, parecem-se com tatuagens...
Na entrada da sala do TCA (Teatro Castro Alves), quando a avistei, não pude deixar de lembrar-me do filme do Sganzerla em que ela, roda a cidade, a gritar: "Eu não sou tarada, eu não sou tarada!", depois (ou antes) de repetidas frases de medo da velhice.
Ela era bela, jovem.
Hoje, seu rosto já envelhecido, guarda sinais de uma beleza sapeca e brehtchiana, avacalhadora da época daqueles filmes. E seu tamanho mignon faz com que nunca esqueçamos daquela Helena da Boca do Lixo.

Voltando das minhas viagens, ouvi uma garota falar: "O que é que o rock não faz com as pessoas, não é?". Falava, rindo-se muito, que encontrara Helena Ignez no banheiro  (antes da apresentação do filme) e olhou para ela e pensou logo essa coisa do rock, achando-a acabada, velha... E mais adiante, ironizou: "Será que devo esboçar alguma emoção, afinal de contas "fulano" me disse que ela teve uma importância tão grande pro cinema brasileiro...não, acho melhor eu ir fazer xixi".
Essa pessoa diz ter uma ligação muito forte com fotografia e vive frequentando cursos de cinema, etc.
Oquei.

Vamos ao Canções.
Terminada a sessão, é importante eu falar, eu disse: "Ufa! Valeu ter namorado Glauber, Bressane e Sganzerla, viu?".
Comentário machista, infame, piada sem graça. Era o dia de Helena (inda bem que ela não nos ouvia)!

Gostei muito do filme. Belo. Dionisíaco. Avacalhado, sem ser a fórmula do cinema da Boca. Leia-se: não é nostálgico, não é re-leitura de uma época. Não é o filme que a atriz desses tantos filmes das décadas dos 60 e 70 poderia fazer. E muito menos pode-se dizer que ela é um Bressane ou, mais ainda, um Sganzerla de saias. Apesar de o filme guardar um diálogo com Sganzerla sim. Esse que não só foi o grande amor da vida de Helena, mas um grande diretor de cinema do Brasil.

A arte é esplendorosa nesse filme de Helena Ignez. Os planos são de uma elaboração feliz. E Baal, cafajeste macunaimizado, que come as mais belas ninfetas é posto com tamanha sensibilidade para a gente que não dá raiva, que, ao contrário, emociona.

Como o filme se propõe um filme de canções, as músicas e versões cantadas por Careqa são uma mistura de nonsense e poesia, de tirar o fôlego.


Helena Ignez é uma atriz brechetiana e faz um filme em homenagem a Brecht. Assim, temos como primeiro plano a entrevista deste, em língua inglesa, dando satisfações aos americanos no Comitê de Atividades Anti-Americanas. E, todo o filme é permeado por essas falas e a todo momento, desse modo, somos chamados atenção para o absurdo da existência de comitês desse tipo à época e, consequentemente, somos levados a pensar nos resultados disso para nós, hoje.
Temos um Einstein interpretado por ator brasileiro que é espetacular ao nos fazer pensar a antropofagia cultural que arranjamos por aqui no Brasil e que perpetramos, agora, noutros moldes - e é esse o ponto do filme de Helena Ignez: ela fala dessa antropofagia hoje.
E, por mais que eu tenha dito que Baal é um cafajeste macunaímico, não podemos, por conta do colorido do filme, das sacanagens de Baal, da sedução deste, da preguiça e da boemia suas também, não podemos dizer que Helena não lança um outro olhar a todo esse processo que seja diferente do dos anos do cinema marginal.

E a estetização, a homenagem que ela faz a questão cinematográfica mesma, nos informa isso. Helana faz opções e segue um caminho que é dela própria. Isso é muito fortalecido nas aparições de Djin Sganzerla numa projeção de filme numa parede e nas aparições de Simone Spoladore no banho de cachoeira (vide a foto da postagem) e, mais adiante, num tipo de tanque, com águas esverdeadas, como se fosse uma tela (são as águas do cinema, sua fluidez atualmente debatida?).

Estou ainda em Salvador. Já já viajo. Estou cansadíssima e, por esse motivo, talvez não consiga atingir o ponto que eu quero falando de Canções de Baal se não for do jeito que sei falar de cinema, de filme que me deixa feliz em assistir: É um filme do caralho e que me deixou feliz. É bonito, é de uma sensibilidade singular e, para mim, guarda importância por ser dirigido por ela, que é uma das atrizes brasileiras que mais admiro.

P.S.: não poderia deixar de frisar que nas cenas iniciais, no encontro de Baal com figuras nada comuns, (doente, velhos, drogados, loucos, nus, degradados) bebendo champagne, a velha que abrira as portas para Baal aparecer no filme, para nós telespectadores, ela fala: "Não entendi nada". E, Baal, olhando direto para a câmara, ou seja, para o cinema ou para cada um de nós escpetadores, responde: "Se alguém que ouviu uma história diz que entendeu tudo é porque a história não foi bem contada".

Ui. Tome-lhe bofetada na cara dos que saíram da sala (porque sempre há essas pessoas, assim também aconteceu na exibição de Saló, de Pasolini, um cara saiu dizendo que para ver pornografia, viria na Internet mesmo) ou dos que se propõem a estudar fotografia, cinema, seja lá o que for e não sabem dar a devida importância a Helena Ignez. Ui, tome!
Se bem que teve gente que me respondeu, quando comentei isso ao vivo e a cores, que não era todo mundo que tinha a obrigação de gostar das coisas que eu gostava.
Como se eu tivesse impondo um modo, um gosto por achar estranho alguém desconhecer a existência de Helena Ignez quando se propõe a estudar cinema no Brasil.
Oquei.

P.S. do P.S.: a homossexualidade é abordada de maneira singular também aqui nesse Canções de Baal...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

GALA NO CABELO, AO INVÉS DA GARGANTA (OU DE QUANDO NÃO SE É TÃO MAU OPTAR POR ALGO NÃO DESEJADO A PRIORI)...

Vou direto ao ponto: eu relutava em gostar de “Toy Story 3” (2010, de Lee Unkrich). Não queria. Gosto apenas medianamente dos dois primeiros filmes, elogiadíssimos até a tampa pela dita crítica especializada, o que me fez ter uma vontade apenas relativa de ver este terceiro exemplar. Digo mais: o fiz por voluntária obrigação social. A surpresa: saí da sessão com os olhos imersos em lágrimas capitalistas. O filme é lindo e funcionou muito bem com os meus dois companheiros eróticos de sessão. Não houve gozo em minha boca, mas houve gozo. Isso me bastou. Sou obrigado a recomendar o filme!

Para quem não sabe do que se trata – ou se recusa a saber, como deve ser o caso de nosso querido rabugento – o filme aborda as substituições de afeto que acompanham o envelhecimento e o processo de imersão no mercado de trabalho. É algo tratado exaustivamente pelos bons filmes independentes que vemos por aí, mas, no âmbito das bilheterias alavancadas, este filme é um bálsamo muito do bem-vindo. Juro mesmo! Por isso, nem vou dar muitos detalhes: se tiverem a chance de estar diante dele, pense em mim, chore por mim, liga pra mim... E liga para eles também (risos)

De resto, deixo um parágrafo em aberto. Afinal de contas, como diria Edson Gomes, “na calada da noite, acontecem coisas”. No grito da manhã, também!

Beijão,

Wesley PC>

sexta-feira, 18 de junho de 2010

AINDA MAIS CRENTE NO AMOR QUE OS PERSONAGENS TRISTES DO TOMOMI MOCHIZUKI...!

Antes de mais nada, quem é Tomomi Mochizuki? É o cineasta japonês responsável por “Ondas do Oceano” (1993), belíssimo longa-metragem animado produzido sob a égide dos estúdios Ghibli (onde Hayao Miyazaki e Isao Takahata são os diretores-chefe), no qual um garoto com excelentes notas e cobrado ao extremo por seus parentes e contratadores eternamente insatisfeitos mergulha numa espiral de descontentamento depois que se apaixona por uma bela garota depressiva, que mente constantemente para ele, a fim de conseguir dinheiro para tentar interceder no divórcio recente dos pais. Ela não consegue fazer nada. Ele fica mais triste à medida que o filme avança. Até que há uma longa passagem de tempo. E o tempo é sempre "o tempo" nestas situações...

Este parágrafo inicial é apenas uma metáfora: apesar de reservar os meus sábados para estar entre os amigos do maracujá mais erótico do país, talvez amanhã eu não possa fazer o mesmo. Motivo: estou doente. Noutras situações, isto não seria um problema, mas estou com as costelas e a coluna doendo de tanto tossir. Doendo mesmo!

Na tarde de hoje, inclusive, fui ameaçado de formas violentas pelas pessoas que trabalham comigo em razão de minha recusa em ir a um hospital. Não vou, não vou e não vou! E, na verdade, estou pouco me lixando para isso. Preocupam-me mais: de onde vou tirar dinheiro para pagar a televisão que precisei comprar às pressas desde que a minha queimou repentinamente, na noite de segunda-feira? Quando meu ejaculador providencial estará curado das feridas que cobrem seu corpo e me impede de acariciar à vontade sua pele consoladora? Quando estarei novamente ao lado das pessoas que aqui escrevem e que eu tanto amo? Quando?

Wesley PC>

sábado, 5 de junho de 2010

HÁ QUEM ME QUEIRA!

Por mais que já esteja banal a visão de meu corpo nu, admitamos que minhas gotículas espermáticas não são vistas com freqüência. Seja por mera falta de oportunidade, seja por uma discrição ejaculatória de minha parte, pouquíssimas pessoas me viram ejacular até hoje, o que é compreensível dentro de meu exótico processo de virgindade prática. Qual não foi a minha surpresa, portanto, ao abrir um de meus endereços virtuais na madrugada de hoje e encontrar uma mensagem de um conhecido que atendi no DAA dizendo que beijar a minha boca equivale ao desejo de tirar uma fotografia com um dado ídolo midiático. Achei engraçado, mas, como não sei frustrar por completo ilusões alheias, deixei um gracejo na página virtual do rapaz. E fui dormir, pois eu estava com sono.

Acordei cedo, li um pouquinho de literatura ambientalista e, à tarde, quando via um filme bobo argentino com minha mãe, cochilei ainda durante os 20 minutos iniciais. Terminei dormindo por mais de 2 horas e, ao acordar, tive que rebobinar o filme. Em virtude de minha mãe precisar ver suas telenovelas recorrentes, precisei interromper a sessão do filme. Falta ainda metade de sua projeção.

Esta metade de filme bobo argentino, porém, já é suficiente para que eu esboce alguns comentários e comparações com minha vida pessoal. Primeiro, vale ressaltar que a expressão “filme bobo argentino” nem de longe é demeritória, visto que até mesmo os filmes bobos deste País sempre fazem questão de interligar os problemas românticos dos personagens a um contexto socioeconômico mais geral. Segundo, o filme em pauta [“Amorosa Soledad” (2008), de Martín Carranza & Victoria Galardi] irá agradar, com certeza, alguns dos visitantes regulares deste ‘flog’, Tiaguinho à frente.

A trama é bem simples: uma moça neurótica de nome Soledad (coitada! Arrastar a solidão até mesmo em sua configuração nomenclatural ao longo de anos e anos de envelhecimento) é abandonada por seu namorado e decide que, dali por diante, irá viver sozinha, sem depender de ninguém (pelo menos, no plano erótico). Sua principal diversão é ficar debaixo de um lençol com a filha pré-adolescente da vizinha, brincando de adivinhar nomes de doenças em intervalos limítrofes de tempo. Até que, um dia, conhece um homem numa lanchonete, com o mesmo nome de seu ex-namorado. Ele estava sozinho. Ela era sozinha. “A solidão é aquilo que nos une?”, pergunta ele ao saber o nome dela. O que acontece depois eu não sei ainda, pois tive que interromper a sessão. Mas conto aqui depois, se vocês quiserem, visse?

Voltando a mim: então, alguém quer me ajudar a derramar mais um pouquinho de leite macho?

Wesley PC>

terça-feira, 1 de junho de 2010

A CATARSE ANTECIPADA

Antes de dormir, vi um filme surpreendente. Um filme que, na verdade, eram sete, mas que funciona muito bem justamente por ser coeso (ou quase, visto que o último segmento quase degringola o conjunto). Um filme que tinha tudo para resvalar no óbvio ululante, visto que sua proposta de amalgamação entre pornografia e arte é um tanto batida no universo ‘pimba’, mas que, ainda assim, conseguiu me deixar algumas horas em claro, pensando na experiência que havia penetrado meus sentidos minutos antes. Um filme que se chama “Destricted – 7 Vezes Erotismo” (2006), que é dirigido por sete conceituados artistas, com diferentes visões (e pré-conceitos) de mundo e que voltará a ser objeto de postagens futuras de minha parte, deslumbrado como consigo ser...

Para começo de conversa, queria destacar o segmento “Impaled”, conduzido por meu mentor cinematográfico-hebefílico Larry Clark, que assume que se utiliza da Sétima Arte para sanar seus delírios psicóticos mais extremos, em contraste com seus vícios conservadores (in)assumidos. No segmento, ele entrevista vários rapazes que responderam a um anuncio de jornal. Os meninos são perguntados sobre quando perderam a virgindade, sobre as preferências sexuais, sobre quando começaram a ver filmes pornôs e sobre as opções estéticas que implementam sobre seus pêlos pubianos. Todos mostram seus pênis para a câmera e um deles é escolhido para fazer sexo com uma atriz pornô diante desta mesma câmera. O escolhido, portanto, passa a conduzir entrevistas com várias estrelas do sexo filmado e, depois de escolher aquela que mais lhe apraz (uma empolgada mulher de 40 anos, que se atira sobre ele – algo que tanto eu quanto o Larry Clark desejavam também fazer!) comenta que o sexo anal lhe incomoda um pouco porque ele sente nojo de perceber os resquícios de merda sobre sua rôla. E eu estava lá, cúmplice de toda esta brilhante experiência, gemendo de gozo e satisfação, ciente de que o hipermodernismo pode também dar origem a uma obra tão inspirada e sensual como esta!

Terei novas oportunidades para comentar os demais segmentos do filme, mas esta obra-prima em média-metragem de Larry Clark merece encômios demorados de minha parte. O modo como as entrevistas (em ambos os momentos do episódio) são conduzidas e a sensualidade inerente a todo o contexto interrogativo e posteriormente produtivo me deixou em estado de transe, satisfeito por perceber que o diretor está evoluindo politicamente, que seus anseios antropológicos e pervertidos estão cada vez mais serventes a uma causa ampla, na qual eu me incluo como beneficiado curativo. E olha que eu estou a falar de um profissional com 67 anos de idade, que, desde a década de 1960, engendra radiografias maravilhosas do universo adolescente, como esta que emoldura esta postagem, de nome “Teenager Asleep”, constante do livro de fotografias “Teenage Lust” (1975).

Larry Clark é um gênio catártico – e eu sou seu fã incondicional!
Preciso dele para me sentir e fazer o bem...

Wesley PC>