Wesley PC>
Mostrando postagens com marcador "goza na minha boca". Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador "goza na minha boca". Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 24 de junho de 2011
“DESCULPE, DESCULPE, DESCULPE”...
Wesley PC>
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Vai um maracujazinho, ai?
sexta-feira, 13 de maio de 2011
ESTA É A PRIMEIRA CENA DE “EXÍLIOS” (2004, DE TONY GATLIF)!
sábado, 26 de março de 2011
ATENDENDO AO PEDIDO DE JADSON...

Wesley PC>
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O pau ou ainda As cores ou ainda A boca ou ainda Glutir ou ainda...
Gabava-se de ter aquilo roxo
Jurava em mesas de bar que já havia assustado muitas mocinhas com o diâmetro de seu pau
Listava as damas que havia comido
Até conhecer a grande boca que o engoliu inteiro e o calou por tempos a fio
Em casa, na cama, sumido, quieto, feliz.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
POSSO PENSAR NO QUE EU QUISER... MAS É DEUS!
No filme, o francês Pierre Arditi interpreta o filósofo protagonista, que, antes de morrer, diz, sorrateiro: “o sofrimento é um dom de Deus”. E eu tendia a crer. Ou tendo agora. Talvez não seja necessário dar detalhes sobre o que acontece antes. Vejam o filme. Leiam “Pensamentos” (1670). Está tudo lá. O que me cabe nesse texto é o impacto: e impacto é uma palavra deveras eufêmica para designar o que este filme me causou...
Poderia suplicar para que todos os meus amigos vissem este filme sublime, mas a minha cópia está sem legendas. Minha mãe até que tentou me acompanhar durante a sessão por alguns minutos, mas a estranheza rítmica do filme a fez lembrar que tinha outros problemas domésticos para resolver. Roberto Rossellini não é um cineasta fácil, da mesma forma que não é fácil lidar com religião, em especial, no plano institucional mais lato. Não é!
Em algumas semanas, terei que elaborar uma entrevista com o dirigente local da canção Nova. No final do ano passado, uma mulher foi presa por empurrar o Papa Bento XVI numa missa. Eu já fui obrigado a comer hóstia do chão numa igreja. Estou apaixonado por um católico silencioso. Não acho herético imaginar Deus gozando em minha boca. Tudo é glória!
E, como se a realidade me pregasse peças ao me mostrar a própria realidade, houve um dia de domingo em que eu esperava um ônibus no terminal Leonel Brizola, vulgo Rodoviária Nova. Um fanático religioso, velho e loquaz, gritava que Jesus está a voltar, que ele é o único caminho, a única salvação. As pessoas ao redor dele zombavam e eu me irritava com o seu tom alto de voz. Era cedo (7h da manhã), passara a madrugada em claro, precisava dormir. E o homem dizia: “Nesta de manhã, te arrependas e serás salvo, pois só Jesus tem o dom de transformar pecadoras em santas, santas, muito santas”... Do jeitinho mesmo que eu escrevi. E eu não sei se me arrependi, se fui salvo, se estou salvo, se serei salvo. Mas achei de muitíssimo bom gosto a cena em que Roberto Rossellini encena a famosa teoria de Blaise Pascal sobre a aposta benfazeja na crença em Deus: “crê n’Ele. Apostas que Ele existe e crês sem cessar. Se ganhares, ganharás tudo. Se perderes, não perderás nada!”. E eu creio. E, enquanto o religioso do terminal gritava, pensei em fotografá-lo. Retirei lentamente a câmera fotográfica de minha bolsa, pus as pilhas com lentidão calculada e era como se o homem posasse diante de mim, a gritar. Era 3 de maio de 2009. E o tempo passou... E passará... E continuará passando, espero. “Amo a Deus, pois Ele ouviu minha voz e minha súplica” (salmo 116).
Wesley PC>
Marcadores:
"goza na minha boca",
"será que eu sei o que é o amor oh Deus?",
CINEMA,
fanatismo benfazejo,
filosofia da religião,
imagem recorrente,
vida real
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Miosótis
sábado, 9 de outubro de 2010
COMO SE HOUVESSEM PROBLEMAS NO MUNDO, COMO SE HOUVESSE APENAS UM ÚNICO REDENTOR...

Na última semana, arrisquei-me a ver “Nosso Lar” (2010, de Wagner Assis), epopéia doutrinária kardecista disfarçada de filme e, para meu próprio espanto, não desgostei do filme. Tudo bem que eu também não consegui considerá-lo um filme no sentido escrito do termo (qual é este?), mas... não é ruim! Por mais que cometa despautérios absurdos, como equalizar suicídio e ceticismos como pecados mortais, igualmente merecedores de estágios demorados nos umbrais do inferno. Senti-me cooptado diante daquela pregação, musicada por Philip Glass e protagonizada por um elenco que mais declamava do que necessariamente compunha personagens. No caso do filme católico espanhol tudo flui tão bem...
Acho que estou me convertendo! Culpa do guri que trabalha comigo...
Wesley PC>
domingo, 15 de agosto de 2010
“EU NASCI ASSIM, EU CRESCI ASSIM”...
Durante esta mesma conversa de cama, alguém perguntou como era minha bunda. Seco e magro que sou, só poderia dispor de uma bunda seca e magra. Seja ela como for, porém, até então serviu para o que precisei. E, como todos sabem, no fervor de meus 29 anos de idade, ainda não tive o privilégio de enfiar meu pênis em nenhum cu, nenhuma boceta, nenhuma boca humana (ao menos, não depois que dispus de pêlos pubianos). Talvez isso redundasse em um sub-aproveitamento de minha genitália? Pelo sim, pelo não, considero-me um exemplar mediano da estatura peniana brasileira. Gosto de meu corpo como ele é, não obstante esta opinião não ser unânime, o que também é bom: talvez o que eu tenha a mostrar para o mundo esteja mais dentro do que fora. Ou não...
Não é à toa que dizem que eu pareço com Caetano Veloso.
Wesley PC>
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
PORTÁTIL E POR TÁTIL:

Engraçado é que não consigo fazer de outra forma: para além de meus gostos pessoais, permeados de ‘pimbice’ e certa erudição, recaio costumeiramente nas sugestões mais ‘pop’ de alguns potenciais receptáculos seminais, que me mantêm em plena atualização no que diz respeito ao universo dito macho, extremamente masculino e pós-adolescente. Na semana passada, a descoberta da vez foi a banda britânica de ‘metalcore’ Bring Me The Horizon, cujo vocalista de 23 anos é comumente acusado de urinar sobre suas fãs. Fãs. Ouvindo o disco com atenção (na medida do possível, lógico), fico imaginando o que leva alguém a ser fã deste disco. É tão barulhento, tão gritante, tão ininteligível, tão disrítmico, tão filho deste tempo atual largamente apodrecido... Não que “Suicide Season” seja um disco ruim, mas ouvi-lo é complicado. Através de fones de ouvido, periga-se ficar surdo. Em rádios comuns, periga-se ser denunciado pela polícia. Conclusão: só pude ouvi-lo uma vez, assim mesmo incompleta, sob os protestos e temores de minha mãe. Não sei quando poderei ouvir de novo... Mas já o usei em conversas que visavam claramente interesses eróticos em relação a meus interlocutores.
Segue, portanto, um trecho traduzido da letra da faixa 08 do disco, “The Sadness Will Never End”:
“Eu não vou voltar para casa esta noite.
Porque querida eu tenho medo,
Este barco esta afundando.
Há esperança para nós?
Vamos ser capazes de sair vivos?
Eu posso provar a falha em seus lábios.
Há esperança para nós?
Vamos ser capazes de sair vivos?
Eu posso provar o fracasso”
Em outras palavras: o que o eu-lírico da banda quis dizer com isso?!
Wesley PC>
domingo, 1 de agosto de 2010
Canções de Baal
Sexta-feira, enfim, assisti ao Canções de Baal, de Helena Ignez.
Antes, ela prórpia, em terra sua - a Bahia- o apresentou. Estava com uma bata cor de goiaba e meias coloridas, dessas que lembram pinturas, parecem-se com tatuagens...
Na entrada da sala do TCA (Teatro Castro Alves), quando a avistei, não pude deixar de lembrar-me do filme do Sganzerla em que ela, roda a cidade, a gritar: "Eu não sou tarada, eu não sou tarada!", depois (ou antes) de repetidas frases de medo da velhice.
Ela era bela, jovem.
Hoje, seu rosto já envelhecido, guarda sinais de uma beleza sapeca e brehtchiana, avacalhadora da época daqueles filmes. E seu tamanho mignon faz com que nunca esqueçamos daquela Helena da Boca do Lixo.
Voltando das minhas viagens, ouvi uma garota falar: "O que é que o rock não faz com as pessoas, não é?". Falava, rindo-se muito, que encontrara Helena Ignez no banheiro (antes da apresentação do filme) e olhou para ela e pensou logo essa coisa do rock, achando-a acabada, velha... E mais adiante, ironizou: "Será que devo esboçar alguma emoção, afinal de contas "fulano" me disse que ela teve uma importância tão grande pro cinema brasileiro...não, acho melhor eu ir fazer xixi".
Essa pessoa diz ter uma ligação muito forte com fotografia e vive frequentando cursos de cinema, etc.
Oquei.
Vamos ao Canções.
Terminada a sessão, é importante eu falar, eu disse: "Ufa! Valeu ter namorado Glauber, Bressane e Sganzerla, viu?".
Comentário machista, infame, piada sem graça. Era o dia de Helena (inda bem que ela não nos ouvia)!
Gostei muito do filme. Belo. Dionisíaco. Avacalhado, sem ser a fórmula do cinema da Boca. Leia-se: não é nostálgico, não é re-leitura de uma época. Não é o filme que a atriz desses tantos filmes das décadas dos 60 e 70 poderia fazer. E muito menos pode-se dizer que ela é um Bressane ou, mais ainda, um Sganzerla de saias. Apesar de o filme guardar um diálogo com Sganzerla sim. Esse que não só foi o grande amor da vida de Helena, mas um grande diretor de cinema do Brasil.
A arte é esplendorosa nesse filme de Helena Ignez. Os planos são de uma elaboração feliz. E Baal, cafajeste macunaimizado, que come as mais belas ninfetas é posto com tamanha sensibilidade para a gente que não dá raiva, que, ao contrário, emociona.
Como o filme se propõe um filme de canções, as músicas e versões cantadas por Careqa são uma mistura de nonsense e poesia, de tirar o fôlego.
Helena Ignez é uma atriz brechetiana e faz um filme em homenagem a Brecht. Assim, temos como primeiro plano a entrevista deste, em língua inglesa, dando satisfações aos americanos no Comitê de Atividades Anti-Americanas. E, todo o filme é permeado por essas falas e a todo momento, desse modo, somos chamados atenção para o absurdo da existência de comitês desse tipo à época e, consequentemente, somos levados a pensar nos resultados disso para nós, hoje.
Temos um Einstein interpretado por ator brasileiro que é espetacular ao nos fazer pensar a antropofagia cultural que arranjamos por aqui no Brasil e que perpetramos, agora, noutros moldes - e é esse o ponto do filme de Helena Ignez: ela fala dessa antropofagia hoje.
E, por mais que eu tenha dito que Baal é um cafajeste macunaímico, não podemos, por conta do colorido do filme, das sacanagens de Baal, da sedução deste, da preguiça e da boemia suas também, não podemos dizer que Helena não lança um outro olhar a todo esse processo que seja diferente do dos anos do cinema marginal.
E a estetização, a homenagem que ela faz a questão cinematográfica mesma, nos informa isso. Helana faz opções e segue um caminho que é dela própria. Isso é muito fortalecido nas aparições de Djin Sganzerla numa projeção de filme numa parede e nas aparições de Simone Spoladore no banho de cachoeira (vide a foto da postagem) e, mais adiante, num tipo de tanque, com águas esverdeadas, como se fosse uma tela (são as águas do cinema, sua fluidez atualmente debatida?).
Estou ainda em Salvador. Já já viajo. Estou cansadíssima e, por esse motivo, talvez não consiga atingir o ponto que eu quero falando de Canções de Baal se não for do jeito que sei falar de cinema, de filme que me deixa feliz em assistir: É um filme do caralho e que me deixou feliz. É bonito, é de uma sensibilidade singular e, para mim, guarda importância por ser dirigido por ela, que é uma das atrizes brasileiras que mais admiro.
P.S.: não poderia deixar de frisar que nas cenas iniciais, no encontro de Baal com figuras nada comuns, (doente, velhos, drogados, loucos, nus, degradados) bebendo champagne, a velha que abrira as portas para Baal aparecer no filme, para nós telespectadores, ela fala: "Não entendi nada". E, Baal, olhando direto para a câmara, ou seja, para o cinema ou para cada um de nós escpetadores, responde: "Se alguém que ouviu uma história diz que entendeu tudo é porque a história não foi bem contada".
Ui. Tome-lhe bofetada na cara dos que saíram da sala (porque sempre há essas pessoas, assim também aconteceu na exibição de Saló, de Pasolini, um cara saiu dizendo que para ver pornografia, viria na Internet mesmo) ou dos que se propõem a estudar fotografia, cinema, seja lá o que for e não sabem dar a devida importância a Helena Ignez. Ui, tome!
Se bem que teve gente que me respondeu, quando comentei isso ao vivo e a cores, que não era todo mundo que tinha a obrigação de gostar das coisas que eu gostava.
Como se eu tivesse impondo um modo, um gosto por achar estranho alguém desconhecer a existência de Helena Ignez quando se propõe a estudar cinema no Brasil.
Oquei.
P.S. do P.S.: a homossexualidade é abordada de maneira singular também aqui nesse Canções de Baal...
Marcadores:
"goza na minha boca",
Brasil,
CINEMA,
constatação,
Dionísio,
envelhecimento,
erotismo,
fotografia,
indício cinematográfico,
opinião pessoal,
paixão,
saudades
quarta-feira, 21 de julho de 2010
GALA NO CABELO, AO INVÉS DA GARGANTA (OU DE QUANDO NÃO SE É TÃO MAU OPTAR POR ALGO NÃO DESEJADO A PRIORI)...

Para quem não sabe do que se trata – ou se recusa a saber, como deve ser o caso de nosso querido rabugento – o filme aborda as substituições de afeto que acompanham o envelhecimento e o processo de imersão no mercado de trabalho. É algo tratado exaustivamente pelos bons filmes independentes que vemos por aí, mas, no âmbito das bilheterias alavancadas, este filme é um bálsamo muito do bem-vindo. Juro mesmo! Por isso, nem vou dar muitos detalhes: se tiverem a chance de estar diante dele, pense em mim, chore por mim, liga pra mim... E liga para eles também (risos)
De resto, deixo um parágrafo em aberto. Afinal de contas, como diria Edson Gomes, “na calada da noite, acontecem coisas”. No grito da manhã, também!
Beijão,
Wesley PC>
sexta-feira, 18 de junho de 2010
AINDA MAIS CRENTE NO AMOR QUE OS PERSONAGENS TRISTES DO TOMOMI MOCHIZUKI...!

Este parágrafo inicial é apenas uma metáfora: apesar de reservar os meus sábados para estar entre os amigos do maracujá mais erótico do país, talvez amanhã eu não possa fazer o mesmo. Motivo: estou doente. Noutras situações, isto não seria um problema, mas estou com as costelas e a coluna doendo de tanto tossir. Doendo mesmo!
Na tarde de hoje, inclusive, fui ameaçado de formas violentas pelas pessoas que trabalham comigo em razão de minha recusa em ir a um hospital. Não vou, não vou e não vou! E, na verdade, estou pouco me lixando para isso. Preocupam-me mais: de onde vou tirar dinheiro para pagar a televisão que precisei comprar às pressas desde que a minha queimou repentinamente, na noite de segunda-feira? Quando meu ejaculador providencial estará curado das feridas que cobrem seu corpo e me impede de acariciar à vontade sua pele consoladora? Quando estarei novamente ao lado das pessoas que aqui escrevem e que eu tanto amo? Quando?
Wesley PC>
sábado, 5 de junho de 2010
HÁ QUEM ME QUEIRA!
Acordei cedo, li um pouquinho de literatura ambientalista e, à tarde, quando via um filme bobo argentino com minha mãe, cochilei ainda durante os 20 minutos iniciais. Terminei dormindo por mais de 2 horas e, ao acordar, tive que rebobinar o filme. Em virtude de minha mãe precisar ver suas telenovelas recorrentes, precisei interromper a sessão do filme. Falta ainda metade de sua projeção.
Esta metade de filme bobo argentino, porém, já é suficiente para que eu esboce alguns comentários e comparações com minha vida pessoal. Primeiro, vale ressaltar que a expressão “filme bobo argentino” nem de longe é demeritória, visto que até mesmo os filmes bobos deste País sempre fazem questão de interligar os problemas românticos dos personagens a um contexto socioeconômico mais geral. Segundo, o filme em pauta [“Amorosa Soledad” (2008), de Martín Carranza & Victoria Galardi] irá agradar, com certeza, alguns dos visitantes regulares deste ‘flog’, Tiaguinho à frente.
A trama é bem simples: uma moça neurótica de nome Soledad (coitada! Arrastar a solidão até mesmo em sua configuração nomenclatural ao longo de anos e anos de envelhecimento) é abandonada por seu namorado e decide que, dali por diante, irá viver sozinha, sem depender de ninguém (pelo menos, no plano erótico). Sua principal diversão é ficar debaixo de um lençol com a filha pré-adolescente da vizinha, brincando de adivinhar nomes de doenças em intervalos limítrofes de tempo. Até que, um dia, conhece um homem numa lanchonete, com o mesmo nome de seu ex-namorado. Ele estava sozinho. Ela era sozinha. “A solidão é aquilo que nos une?”, pergunta ele ao saber o nome dela. O que acontece depois eu não sei ainda, pois tive que interromper a sessão. Mas conto aqui depois, se vocês quiserem, visse?
Voltando a mim: então, alguém quer me ajudar a derramar mais um pouquinho de leite macho?
Wesley PC>
terça-feira, 1 de junho de 2010
A CATARSE ANTECIPADA

Para começo de conversa, queria destacar o segmento “Impaled”, conduzido por meu mentor cinematográfico-hebefílico Larry Clark, que assume que se utiliza da Sétima Arte para sanar seus delírios psicóticos mais extremos, em contraste com seus vícios conservadores (in)assumidos. No segmento, ele entrevista vários rapazes que responderam a um anuncio de jornal. Os meninos são perguntados sobre quando perderam a virgindade, sobre as preferências sexuais, sobre quando começaram a ver filmes pornôs e sobre as opções estéticas que implementam sobre seus pêlos pubianos. Todos mostram seus pênis para a câmera e um deles é escolhido para fazer sexo com uma atriz pornô diante desta mesma câmera. O escolhido, portanto, passa a conduzir entrevistas com várias estrelas do sexo filmado e, depois de escolher aquela que mais lhe apraz (uma empolgada mulher de 40 anos, que se atira sobre ele – algo que tanto eu quanto o Larry Clark desejavam também fazer!) comenta que o sexo anal lhe incomoda um pouco porque ele sente nojo de perceber os resquícios de merda sobre sua rôla. E eu estava lá, cúmplice de toda esta brilhante experiência, gemendo de gozo e satisfação, ciente de que o hipermodernismo pode também dar origem a uma obra tão inspirada e sensual como esta!
Terei novas oportunidades para comentar os demais segmentos do filme, mas esta obra-prima em média-metragem de Larry Clark merece encômios demorados de minha parte. O modo como as entrevistas (em ambos os momentos do episódio) são conduzidas e a sensualidade inerente a todo o contexto interrogativo e posteriormente produtivo me deixou em estado de transe, satisfeito por perceber que o diretor está evoluindo politicamente, que seus anseios antropológicos e pervertidos estão cada vez mais serventes a uma causa ampla, na qual eu me incluo como beneficiado curativo. E olha que eu estou a falar de um profissional com 67 anos de idade, que, desde a década de 1960, engendra radiografias maravilhosas do universo adolescente, como esta que emoldura esta postagem, de nome “Teenager Asleep”, constante do livro de fotografias “Teenage Lust” (1975).
Larry Clark é um gênio catártico – e eu sou seu fã incondicional!
Preciso dele para me sentir e fazer o bem...
Wesley PC>
Assinar:
Postagens (Atom)