Mostrando postagens com marcador música anglofílica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador música anglofílica. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

“AS PESSOAS FELIZES SÃO MENOS CRIATIVAS” (?)

Assim comentei com o algoz atual de meus pensamentos e sentimentos na manhã de hoje, quando eu conversava com ele sobre o que eu tinha achado sobre “Swanlights” (2010), o novo disco de Antony and the Johnsons, a ser lançado oficialmente na próxima terça-feira, o qual já tive a oportunidade de escutar e... estranhar: Antony Hegarty está apaixonado e feliz! Isto é ruim? Lógico que não, mas obviamente vai de encontro ao que este artista nos ensinou a venerar em suas obras ultra-melancólicas anteriores. Isto é um problema? Só para quem quiser que seja...

Por enquanto, só ouvi o disco duas vezes e não quero fazer comentários precipitados sobre o mesmo, mas faixas como “Ghost” (nº 3) e “Flétta” (nº 9 – dueto com Björk) validam – e muito! – o investimento. De resto, porém, fica a impressão de que as letras das canções são compostas por uma fórmula básica: uma frase de efeito e muita repetição, conforme acontece em “Everything is New” (nº 1) e no ‘single’ “Thank You For Your Love” (nº 8). Isto é um problema? Aí, eu já não posso mais responder. Ouço e sinto...

Wesley PC>

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

PORTÁTIL E POR TÁTIL:

A fim de poder me dar ao luxo de passar 100 minutos enfiado entre as pernas de um rapaz bonito, que me deixava alisar seus mamilos e lamber seus pés durante a sessão, sujeitei-me a ver “Doom: A Porta do Inferno” (2005), péssimo filme do falacioso diretor de ação Andrzej Bartkowiak, na noite de ontem. Tinha certeza de que o filme era ruim antes de vê-lo e sequer o meu companheiro de sessão, que insistiu em vê-lo, gostou do resultado final [detalhe: ele gosta bastante do jogo eletrônico (!) em que o filme foi baseado], mas, com toda a miséria, foi interessante ter passado pelo que passei... Conforme eu ainda reluto em dizer: ver filmes conscientemente ruins tem lá suas vantagens... Escrever obviedades sobre eles é que vem perdendo o sentido hoje em dia!

Engraçado é que não consigo fazer de outra forma: para além de meus gostos pessoais, permeados de ‘pimbice’ e certa erudição, recaio costumeiramente nas sugestões mais ‘pop’ de alguns potenciais receptáculos seminais, que me mantêm em plena atualização no que diz respeito ao universo dito macho, extremamente masculino e pós-adolescente. Na semana passada, a descoberta da vez foi a banda britânica de ‘metalcore’ Bring Me The Horizon, cujo vocalista de 23 anos é comumente acusado de urinar sobre suas fãs. Fãs. Ouvindo o disco com atenção (na medida do possível, lógico), fico imaginando o que leva alguém a ser fã deste disco. É tão barulhento, tão gritante, tão ininteligível, tão disrítmico, tão filho deste tempo atual largamente apodrecido... Não que “Suicide Season” seja um disco ruim, mas ouvi-lo é complicado. Através de fones de ouvido, periga-se ficar surdo. Em rádios comuns, periga-se ser denunciado pela polícia. Conclusão: só pude ouvi-lo uma vez, assim mesmo incompleta, sob os protestos e temores de minha mãe. Não sei quando poderei ouvir de novo... Mas já o usei em conversas que visavam claramente interesses eróticos em relação a meus interlocutores.

Segue, portanto, um trecho traduzido da letra da faixa 08 do disco, “The Sadness Will Never End”:

“Eu não vou voltar para casa esta noite.
Porque querida eu tenho medo,
Este barco esta afundando.
Há esperança para nós?
Vamos ser capazes de sair vivos?
Eu posso provar a falha em seus lábios.
Há esperança para nós?
Vamos ser capazes de sair vivos?
Eu posso provar o fracasso”


Em outras palavras: o que o eu-lírico da banda quis dizer com isso?!

Wesley PC>

sábado, 3 de julho de 2010

HÁ LUGAR COMO A NOSSA CASA!

Na noite de quinta-feira, eu havia combinado com Jadson de passar a tarde deste sábado com ele, na casa de Carlos Augusto Rubem Neto. Comprometer-me de antemão a este tipo de atividade entre amigos, porém, costuma ser o tipo de situação que redunda em não-comparecimentos (in)esperados de minha parte. Na tarde de hoje, o motivo foi estudantil: tenho uma prova intimidadora na próxima terça-feira e tive que ler algumas apostilas tardiamente obtidas, em razão de minha recusa (ou indisponibilidade monetária, que seja!) em gastar dinheiro em fotocopiadoras entupidas de gente. Espero que tenha sido uma ausência justificada, portanto!

No tempo em que fiquei em casa, entretanto, ouvi repetidamente ao disco “The Love Below” (2003b), do OutKast, que eu sei que aquele que seria nosso anfitrião gosta bastante. Além disso, o mico que freqüentava nossa cozinha ano passado – e que foi registrado, ainda criança, nesta inspirada fotografia, em que ele come um pedaço saboroso de pepino sobre o vaso em que guardávamos a ração de nossos cachorros – voltou a nos visitar, agora adulto, mas ainda muito bonito e com uma expressão terna em seu rosto de primata. Foi bonito reencontrá-lo!

De resto, tenho muito o que ler ainda – e estou baixando a metade 2003a (“Speakerboxx”) do disco do OutKast que outrora recomendei a Carlos Augusto. Tomara que esta nova audição renda uma recomendação musical igualmente bem-sucedida na recepção amigável decorrente...

Wesley PC>

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CANSAÇO E TRISTEZA SÃO SENTIMENTOS DISTINTOS?

Tive o prazer de estar o lado de meu amigo Jadson na noite de terça-feira, dia de São Pedro, quando este se lamentava por ter novamente que trabalhar no dia seguinte, depois de ter vivenciado uma semana de descanso e/ou diversão. Graças a uma impressionante e justificada comunhão de pensamentos e emoções, no exato momento em que Jadson difundia esta lamentação, eu pensava em um tormento bastante similar: estava com medo de voltar ao trabalho no dia seguinte, não somente por causa da pressão reclamante das pessoas que atendo, de minha suposta atrofia empregatícia decorrente da doença que me afligiu até recentemente ou de qualquer outro problema obviamente perceptível, mas também por causa de um tormento que já se tronou clicheroso em termos wesleianos: trabalho com um menino que é bonito e bruto. E isto é complicado, até mesmo para não-mim!

Juro, de coração, que, enquanto Jadson proferia suas palavras enfastiadas, eu temia o dia seguinte, eu tremia o quão prejudicial para meu bem-estar psicológico seria reencontrar novamente aquele moço que se deu ao trabalho de escrever cinco mensagens de celular para mim, dizendo que “deveria ter cortado esse chamego [que eu direciono passionalmente a ele] desde o começo”. Sentia medo. Por sorte, na quarta-feira, não houve nada de insuportável. Mas depois de toda quarta-feira, há sempre uma quinta. E, talvez pior: depois da quinta-feira, há uma sexta. E hoje já é sexta. E eu acabei de fazer cocô ao com de uma de minhas canções favoritas de ‘trip hop’, que, por um tormentoso joguete do destino, é precisamente a faixa de abertura de um dos seriados de TV preferidos do mesmo, ao qual tive o prazer de assistir pela primeira vez há alguns minutos, graças a um DVD que ele me emprestou... Havia a letra dele no DVD, haviam diálogos semelhantes ao que travamos, havia e há... E é isto o que me preocupa!

Ao chegar do trabalho, anteontem, adormeci enquanto ouvia música, sendo que não eram sequer 23h. Estava cansado, mas é como se eu estivesse triste. Hoje, são quase 2h de uma madrugada. Terei que acordar daqui a pouco, novamente para ir ao trabalho. É como se eu estive cansado...

E, como não poderia deixar de ser, Massive Attack é a trilha sonora do dia:

"Night, night of matter
Black flowers blossom
Fearless on my pray
Black flowers blossom
Fearless on my pray
Teardrop on the fire
Fearless on my pray"


Wesley PC>