Mostrando postagens com marcador A felicidade é uma semente plantada no olhar?. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador A felicidade é uma semente plantada no olhar?. Mostrar todas as postagens

domingo, 26 de dezembro de 2010

OLHE PARA A IMAGEM ACIMA, PENSE NO QUE ELA REPRESENTA PARA TI E SOMENTE DEPOIS LEIA E RESPONDA AO APELO ABAIXO:

Olhaste? Percebeste que a moçoila parada em frente ao ruminante que pasta próximo a um posto de gasolina está a ler “As Ilusões Perdidas”, de Honoré de Balzac? Tu gostas de mim? Tu sentes que o mundo atual vai de mal a pior? Tu já reivindicaste algo na vida? Tu gozas diante de obras-primas? Tu sabes que falar um idioma é ter poder? Tu amas? Tu permites que eu te ame? Tu sentes que Deus, Pâncreas e Organoléptico são palavras que possuem pelo menos uma letra em comum? Se tu respondeste SIM a pelo menos uma das questões, tu deves me telefonar agora e me convidar para rever “Filme Socialismo” (2010, de Jean-Luc Godard) ao teu lado. Sabes o que é um filme contemporâneo perfeito? Se não, saberás em breve. Cheiro,

Wesley PC>

sábado, 25 de dezembro de 2010

ALHEIO A TODOS AQUELES FOGOS DE ARTIFÍCIO...

Para onde foram todos os blogueiros?! Desde ontem que eu busco uma postagem amiga e/ou amargurada para dialogar, mas os grafômanos compulsivos que seguimos parece que se aposentaram provisoriamente neste Natal. Somente eu soçobro numa solidão escrita, pelo jeito, solidão esta que reluto em associar a algo negativo: não me sinto abandonado, mas, por causa da disfuncionalidade atroz que cerca a minha família desde que me entendo por gente, sinto que devo protegê-los, tornando ostensiva a minha presença impotente. Eu estou aqui: eles vêem isso e, de alguma forma, me agradecem, mas não podem mudar o que eles são. "É a minha natureza", diria o escorpião, antes de ferir letalmente a rã que lhe deu carona no rio... E, dentre todas as cenas de filme, veio-me à cabeça agora este melancólico e metonímico instante de brilhantismo fotográfico, em que o talento de Rodrigo Prieto extravasa a angústia iracunda que toma o coração de Ennis Del Mar, incapaz de assumir socialmente o amor que sente por outro homem. Eu sinto amor por outro homem! E, neste ano, este me deixou confessar isto intimamente. Mas nou sou um homem íntimo, sou um rapaz público. E a publicidade fere, mas tem dinheiro para comprar bandagens. Meu peito dói, mas, por dentro, eu estou feliz: amo! E que se fodam as pôrras dos fogos de artifício!

Wesley PC>

domingo, 12 de dezembro de 2010

NADA COMO TER AMIGOS#∞ (POSTAGEM REPETIDA, MAS SINCERA)

Desde que um assaltante levou a minha roupa ao apontar uma arma contra minha cabeça e me deitar no chão, em 2000, sofro de urbanofobia aguda. Ou seja, tenho um medo patológico, doentio de caminhar pelas ruas do centro da cidade de Aracaju, lugar pelo qual sinto um apreço muito forte, que vai além de minhas reações programadas à beleza arquitetônico-histórica do lugar. Na noite de ontem, portanto, fiquei com muita vontade de ver um filme uruguaio que seria exibido num palácio governamental, localizado justamente no Centro da cidade de Aracaju. E eu senti medo de ir, estava quase desistindo, quando dois amigos me puxaram e me fizeram ver o filme, que foi ainda melhor do que eu esperava. E estes dois amigos são meu ‘yin’ e meu ‘yang’: Jadson e Américo. Falo um pouco deles a partir de agora:

Jadson é taciturno, ranzinza, filosófico, fã de Michelangelo Antonioni, David Cronenberg e Ingmar Bergman, meu melhor amigo desde os 15 anos de idade, aquele que me ensinou a ouvir música brasileira de qualidade e aquele que me deu suporte nos dramas familiares mais intensificados de minha vida; Américo, por outro lado, é efusivo, alegre, quase bipolar, tornou-se um irmão postiço quase inseparável desde uma orgia sexual em que nos apoiamos mutuamente na contenção para-matrimonial ano passado e é fã de Lady GaGa, François Truffaut, do seriado “Glee” e vários outros artefatos do mundo ‘pop’ contemporâneo. São muito diferentes um do outro, mas... Como eles me complementam!

Agradecido que eu estava por eles terem me trazido ao local que elogiei no primeiro parágrafo, pedi que eles posassem para uma foto. Qual não foi a minha estrondosa surpresa ao perceber como a mesma sintetizou metonímica e emocionalmente como eles (Jadson, Américo e o centro da cidade de Aracaju) são por dentro e por fora: encantei-me com esta foto. Encantei-me com a beleza do lugar em que estivemos ontem à noite. Encanto-me e reencanto-me sempre que estou ao lado destes dois amigos queridos, que brigam muito entre si, obviamente, mas amam-me e são amados em igual medida. Amo-os! O jargão que tanto me redefine “nada como ter amigos” é elevado ao infinito nesta foto!

Wesley PC>

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Outro dia, eu estava com a mesa cheia de livros, havia acabado de escrever algo, estava com fome, descabelada, um pouco tonta da vida e um amigo meu chegou lá em casa. Passei um café, tomamos. Fui ficando mais calma, mais em conexão com o mundo, e daí falávamos algo de que eu não me recordo, mas eu dizia algo assim: "Não, eu não posso, não agora que...". Parei e disse: "Não sei...". E aí ele me respondeu: "Logo agora que você está transformando dor em conhecimento". E apontou para os livros muitos espalhados.
Entendi que ele me entendia muito não ali naquela situação, pois eu sabia disso há muito tempo. Ele me sabe cada vez mais. Até quando eu mesma não sei. Ele compreendeu que eu via nos livros uma saída. E a paixão pelos livros tem muito também a ver com dor e solidão. Me aproximei muito mais dos livros com a partida da pessoa mais importante de minha vida.


Hoje, eu e esse amigo, assistimos a um filme belo. Ainda não dá para falar no filme. Foi há bem poucas horas. O protagonista: uma criança. Um pouco eu, um pouco ele, um pouco um outro amigo nosso. E eu falei: "Não! Não pode alguém ter misturado eu, você e ele assim num personagem e jogar num filme!".

Foi especial a tarde hoje. E como eu precisava. E como eu sei que você precisava. A gente sabe das coisas. E muitas delas a gente nunca diz. E quando a gente nunca diz é porque a gente é grande e esquece de "viajar" e de entender que 3 x 9 é igual a 3. Isso tem uma explicação fantástica no filme que a gente viu quase nestante, né? E qualquer semelhança,a caba nãos endo mera coincidência: somos péssimos com os números. E a dificuldade de entender que a + a = 2a? kkkkkkkkkkkkkk!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Errata

Para medidas de esclarecimentos: conversei hoje rapidamente com Jadson Teles. Mais louco que todos nós juntos, ele me falou que não havia enxergado direito e que o projeto dele foi sim homologado e, portanto, ele está prestes a viajar para concorrer ao que ele se propôs e se dedicou.
Processos seletivos são mesmo enlouquecedores e atingem com maior frequência aqueles que já têm tendências à loucura. Nosso caro amigo é só mais um na imensa estatística (vide o caso de Tiago Oliveira...).

Enfim...rindo litros ao escrever essas bobagens em tom solene.

Falo/escrevo sério agora: muito feliz que Jadão se tenha equivocado e que a sua inscrição tenha sido mesmo homologada e que ele continue no páreo. Ainda que seja duro. Vale a pena viver essas adrenalinas ainda que no final não cheguemos em primeiro lugar ou ainda mesmo que nem atinjamos o objetivo final NESSA VEZ (porque esses processos são como carnaval: acontecem todos os anos, é bom lembrar!)... Mas, não é o caso de se falar nisso agora...Pois esses processos exigem de nós que caminhemos e vivamos as etapas, uma por uma, com calma...(difícil é pedir para essas pessoas daqui do Maracujá se acalmarem...).

O caso é mesmo daquilo que vivemos falando um para o outro: "força!", "coragem!", "força na peruca", "levanta a franjinha e vai!"...

No mais, percorrer o caminho já é fazê-lo...

Saudades, viu?

P.S.: Telefone não substitui abraços.

sábado, 16 de outubro de 2010

I SAID TO MYSELF:

É incrível a quantidade de pronomes reflexivos na obra-prima de Virginia Woolf que leio neste exato instante: “Mrs. Dalloway” (1925) não é somente um livro dolorosamente perfeito como também é uma trama de eterno questionamento existencial (e sexual) que tem muito a ver com o que aprendi facilmente a amar em Clarice Lispector. E, por mais que eu hesite em entender o que perturba e machuca tanto a protagonista, eu sei. E tenho certeza que qualquer um deste Maracujá com Açúcar que tenha lido o livro sabe também: Amor com A maiúsculo!

A cada página do livro que devoro, tenho mais medo e desejo simultâneos de virar a página: sei o que vou encontrar, tenho gastura em surpreender-me com o que encontro. E isto é uma das melhores sensações que vivenciei ao longo de toda a minha vida literária e humana, como se ambas se distinguissem...

Porque além de ler, ouvir músicas, ver filmes, fazer sexo oral, defecar, comer queijo com feijão e digitar no computador, eu amo... E tudo faz sentido quando se admite isto! Por isso, ele acorda falando consigo mesmo: “a morte da alma”... E Clarissa grita: “meu nome é Dalloway”! E ela beija outra mulher. E chora. E dá festas.E ela disse que iria comprar as flores ela mesma. Somos dois!

Wesley PC>

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A DE AMOR, DE ANOSMIA E DE ADSTRINGÊNCIA

Na manhã de hoje, eu quebrei um vidro de perfume. Um vidro inteiro de perfume, recém-saído da caixa. Não senti o cheiro do perfume derramado e fiquei preocupado que os bebês caninos de minha casa pisassem nos cacos de vidro...

Ontem, eles dormiram na sala. E sonharam!

Meu nariz está entupido por causa da sinusite. O lado direito de minha face dói muito. Tenho medo de ser vitimado pela anosmia, que é a disfunção dos nervos olfativos. Logo eu, que sou tão leigo no que tange ao reconhecimento de odores alheios! E dói...

Mas este é um momento feliz: enquanto escrevo estas linhas, há um diplomado em Ciências Econômicas alegando não entender nada do processo de equivalência que ele mesmo deu entrada quando ingressou como portador de diploma em um novo curso. Leiguice justificada me enerva. E meu nariz dói, mas, por dentro, eu estou sorrindo!

Estou sorrindo porque sou passivo-agressivo.
Estou sorrindo porque paguei a conta de telefone.
Estou sorrindo porque gosto de comer pêssegos.
Estou sorrindo porque atendi ao pedido acima.
Estou sorrindo!

Wesley PC>

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

“AS PESSOAS FELIZES SÃO MENOS CRIATIVAS” (?)

Assim comentei com o algoz atual de meus pensamentos e sentimentos na manhã de hoje, quando eu conversava com ele sobre o que eu tinha achado sobre “Swanlights” (2010), o novo disco de Antony and the Johnsons, a ser lançado oficialmente na próxima terça-feira, o qual já tive a oportunidade de escutar e... estranhar: Antony Hegarty está apaixonado e feliz! Isto é ruim? Lógico que não, mas obviamente vai de encontro ao que este artista nos ensinou a venerar em suas obras ultra-melancólicas anteriores. Isto é um problema? Só para quem quiser que seja...

Por enquanto, só ouvi o disco duas vezes e não quero fazer comentários precipitados sobre o mesmo, mas faixas como “Ghost” (nº 3) e “Flétta” (nº 9 – dueto com Björk) validam – e muito! – o investimento. De resto, porém, fica a impressão de que as letras das canções são compostas por uma fórmula básica: uma frase de efeito e muita repetição, conforme acontece em “Everything is New” (nº 1) e no ‘single’ “Thank You For Your Love” (nº 8). Isto é um problema? Aí, eu já não posso mais responder. Ouço e sinto...

Wesley PC>

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A felicidade é de que tamanho, hein?

Hoje eu fiquei feliz por ter tirado uma nota legal num trabalho no mestrado.
Como isso me incomodou! Que nóia do cabrunco mariano é essa que a gente vive hoje que é motivo para felicidade até isso? Se ao menos eu nutrisse a esperança (que nem em criança eu nutria) de ganhar uma bicicleta por isso...