sábado, 25 de dezembro de 2010

ALHEIO A TODOS AQUELES FOGOS DE ARTIFÍCIO...

Para onde foram todos os blogueiros?! Desde ontem que eu busco uma postagem amiga e/ou amargurada para dialogar, mas os grafômanos compulsivos que seguimos parece que se aposentaram provisoriamente neste Natal. Somente eu soçobro numa solidão escrita, pelo jeito, solidão esta que reluto em associar a algo negativo: não me sinto abandonado, mas, por causa da disfuncionalidade atroz que cerca a minha família desde que me entendo por gente, sinto que devo protegê-los, tornando ostensiva a minha presença impotente. Eu estou aqui: eles vêem isso e, de alguma forma, me agradecem, mas não podem mudar o que eles são. "É a minha natureza", diria o escorpião, antes de ferir letalmente a rã que lhe deu carona no rio... E, dentre todas as cenas de filme, veio-me à cabeça agora este melancólico e metonímico instante de brilhantismo fotográfico, em que o talento de Rodrigo Prieto extravasa a angústia iracunda que toma o coração de Ennis Del Mar, incapaz de assumir socialmente o amor que sente por outro homem. Eu sinto amor por outro homem! E, neste ano, este me deixou confessar isto intimamente. Mas nou sou um homem íntimo, sou um rapaz público. E a publicidade fere, mas tem dinheiro para comprar bandagens. Meu peito dói, mas, por dentro, eu estou feliz: amo! E que se fodam as pôrras dos fogos de artifício!

Wesley PC>

2 comentários:

  1. Que se fodam os fogos! Eu estou aqui. Sem Internet, mas sentindo o mesmo que você. A minha companhia às vezes tem de ser telepática...risos. Meu peito também dói. Posso também dizer que estou feliz...de alguma maneira, posso...

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  2. Estamos felizes deste jeito estranho, portanto.

    Cheiro, Ninalcira.

    te tenho comigo - sempre!

    E amo!

    WPC>

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