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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Umbigos do mundo, uni-vos!


Tem gente que acha que é o umbigo do mundo.
Tem gente que nomeia isso de umbiguismo.
A mim, só me irrita estar perto de pessoas assim, apesar de conhecer algumas tantas (na verdade, algumas poucas, graças!). Pois há muito que sei que o mundo não gira em torno de MEU umbigo.
Apoquenta-me estar perto de quem AINDA não saiu dessa fase. Disfarço. Mas, volto para casa com vontade de ter puxado a orelha de criança da criança que assim se comporta perto de mim.
O fenômeno umbiguístico é engraçadinho em criancinhas de verdade. Mas, poxa vida, depois de terras caminhadas, aos vinte e tantos anos nego anda por aí AINDA se comportando feito criancinha de cinco aninhos de idade? Ui, me socorra que sou o centro! Pelamordedeus!
Com o agravante de que tais criaturas se auto-boicotam contra o veemente umbiguismo disfarçando-o (mal) com teoriazinhas de quinta e irritabilidades magoadas!
Ave cruz!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Como escrever sobre coisas em que não acredito?




Antes de conhecer um pouco mais o sistema filosófico proposto por de Immanuel Kant, sentia uma profunda desconfiança, chegando até a um preconceito descabido. Depois com o contato paulatino com a obra que talvez mais se estude hoje no mundo (ao menos em filosofia) “ A Critica DA Razão Pura” tive que ceder ao brilhantismo sintético do alemão, digo sintético, porque percebi que o que ele fez foi unir o que tinha de melhor na ontologia até então. Esta obra é imprescindível não só para a filosofia mas para qualquer teoria das humanas, se tornou uma obra paradigmática . Contudo, estudando outras coisas do alemão percebi que aquela intuição inicial não era de toda equivocada, estou a ler um texto chamado “ Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita” e estou com dificuldade de ficha-lo pelo simples fato que não acredito m uma só linha escrita.
Neste texto, Kant afirma que a natureza determina as ações manifestadas pelo homem e que tais ações, boas ou ruins são necessárias para se alcançar o progresso da humanidade. E é através do jogo de opostos entre o sociável e o insociável presente no comportamento humano, ou seja, é natural que o homem cometa atrocidades e ao mesmo tempo bondades, pois fundará no fim uma sociedade Justa, onde não se precisará de leis externas, pois a razão chegara a fundar uma sociedade onde a moral imperara de forma perfeita, justa e que levara a suprema felicidade, esse é o projeto que a natureza preparou para o homem.

Alguém aqui acredita que estamos em progresso? Que estamos a caminho de uma sociedade justa? Que existe uma força natural conduzindo o homem, mesmo que por caminhos tortuosos, a um fim em que a moral imperara sem leis?

Eu não acredito e durante a leitura mais coisas estranhas são defendidas pelo autor, que outrora delimitava os limites da razão, e que neste texto vai para além do que ele mesmo delimitou.


JT.