terça-feira, 1 de junho de 2010
Como escrever sobre coisas em que não acredito?
Antes de conhecer um pouco mais o sistema filosófico proposto por de Immanuel Kant, sentia uma profunda desconfiança, chegando até a um preconceito descabido. Depois com o contato paulatino com a obra que talvez mais se estude hoje no mundo (ao menos em filosofia) “ A Critica DA Razão Pura” tive que ceder ao brilhantismo sintético do alemão, digo sintético, porque percebi que o que ele fez foi unir o que tinha de melhor na ontologia até então. Esta obra é imprescindível não só para a filosofia mas para qualquer teoria das humanas, se tornou uma obra paradigmática . Contudo, estudando outras coisas do alemão percebi que aquela intuição inicial não era de toda equivocada, estou a ler um texto chamado “ Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita” e estou com dificuldade de ficha-lo pelo simples fato que não acredito m uma só linha escrita.
Neste texto, Kant afirma que a natureza determina as ações manifestadas pelo homem e que tais ações, boas ou ruins são necessárias para se alcançar o progresso da humanidade. E é através do jogo de opostos entre o sociável e o insociável presente no comportamento humano, ou seja, é natural que o homem cometa atrocidades e ao mesmo tempo bondades, pois fundará no fim uma sociedade Justa, onde não se precisará de leis externas, pois a razão chegara a fundar uma sociedade onde a moral imperara de forma perfeita, justa e que levara a suprema felicidade, esse é o projeto que a natureza preparou para o homem.
Alguém aqui acredita que estamos em progresso? Que estamos a caminho de uma sociedade justa? Que existe uma força natural conduzindo o homem, mesmo que por caminhos tortuosos, a um fim em que a moral imperara sem leis?
Eu não acredito e durante a leitura mais coisas estranhas são defendidas pelo autor, que outrora delimitava os limites da razão, e que neste texto vai para além do que ele mesmo delimitou.
JT.
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(risos)
ResponderExcluirTu só fichas o que acreditas?
Por mais discordante que possa parecer - e deve ser mesmo, acredito em teus julgamentos políticos - ainda tenho a forte impressão de que algo em mim tem muito a ver com este homem, muito a ver mesmo, no limiar da excentricidade!
Depois eu me embrenho por mais obras dele...
tenho certeza de que, se não gostar, serei profundamente tocado por ele!
Obrigado pela recomendação...
E pelo juízo...
E por existires!
Em qualquer ordem!
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