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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dos confiscos da alegria

Estiveram muito próximos um do outro.
Olharam-se com olhar de homem e de mulher. Conscientes de seus corpos, entendendo cada vibração.
Sabiam dos estímulos outros, externos. Mas demoravam-se mesmo na força secreta que, sabiam, precisavam parar.
Dissera-lhe ele que ela era linda, linda. O que ela não compreendeu na hora. Só depois entendeu e sorriu um sorriso que poderia denominar vermelho-sensações ou ainda verde-compreensões, pois sabia que poderiam ser e seriam explosões de alegria, sim.
Mas não.
O interdito só permitia aquilo. Pequenas fugas e descobertas deliciosas que ficariam na memória e no corpo, incandescentes, raras e delicadíssimas feito a luz vermelha de antigos cabarés.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nanomania

Gostava de mulheres pequenas
Seios pequenos, durinhos os bicos
A bunda arrebitada, redondinha
O sorriso largo para contrastar com a miudeza da vida
Tudo cabendo-lhe nas palmas das mãos, a sensação de guardar o mundo ali
Dizia sempre que a boca tem o tamanho da gula e que a gula era que era imensurável...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Enjôo

Gente maracujada! Estou enjoada desse modelo do blog. Tava pensando em pintar a casa, em arrumar as letras, em fazer uma reforma física-superficial aqui (porque conteudística jamais seria possível uma vez que nem sabemos qual a nossa linha e ainda: não ligamos linha qualquer, escrevemos mesmo é para acalmar, para criar e matar demônios e, ultimamente, saudades, pois Tiago resolveu sumir, Jadson resolveu viver viajando e Wesley's são Wesley's, né? Inclassificáveis). O que pensam? Afinal...é nosso espaço de convivênvia virtual (porque a gente acha pouco viver encangado vendo filmes, lendo livros, indo à praia, caminhando na chuva e essas e muitas outras coisas juntos).
Se todos toparem...faremos a tal mudança, sim?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sentimental bairrismo ou necessidade de re-conhecer?

Hoje estou sentimental (e bairrista?). Vontade de haver um poeta para cantar essa minha terra. Tão misturada. Tão contraditória. Tão dentro de mim. Gosto de pisar nesse chão. Mesmo que eu fale, tantas vezes mal. Hoje vi um homem carregando um boi pela feira, pelo centro de uma cidade do interior. Crianças de uma escola, na hora da recreação, cantaram: "Boi, boi, boi, boi da cara preta/ pega essa menina que tem medo de careta...
Ontem, vi um velhinho, corcunda, andando quase emborcado...
As caras tão marcadas. As velhas com coques na cabeça. As motos e os cavalos convivendo num mesmo espaço caótico, entremeeiro, nonsense.
Quero muito poder ainda viver os muitos lugares daqui de Sergipe. As cachoeiras da Ribeira, as praias em Pirambu, as cidades, a região da Grota do Angico que me encantou tanto quando fui lá: a carvalhada, as pessoas que carregam o mito de Lampião como parte de suas histórias de vida.
E, tanta coisa que nem posso falar/descrever pelo fato de eu ter 28 anos e conhecer tão pouco ou mesmo não conhecer nada.
E, acho que por isso, tantas vezes para mim é fácil me encantar com outras terras, outros lugares que não esse aqui tão vivo, tão pulsante, tão latente e tão despercebido.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu me transformo em outras, um filme perturbador...

Bom, depois de ouvir meus admiráveis e amados amigos falarem, em diversas situações, que para driblar a insônia, velha companheira de todos nós pelo vsito, assitem a filmes, eu decidi aderir ao tal remédio.
E, noite dessas, insone, coloquei um filminho para relaxar: Inland Empire, de David Lynch.
Ok. Quase três horas de uma versão "eu não tô entendendo que não vou conseguir parar de ver e só tô entendendo que isso não vai me relaxar em nada esta madrugada".
E foi exatamente assim que se deu: assisti até o final. Não relaxei. Inquietei-me deveras. Com aquela história que a princípio reduzi: é uma atriz pirando por ser atriz, por interpretar outras pessoas... Lembrava-me de Persona de Bergman e achava que era um jeito de David Lynch lidar com um tipo de "influência" (no bom sentido). Tão bom sentido que havia asseverado e muito na proposta de uma mulher enrolada nas brenhas do pensamento. Em Bergman eram duas as atrizes e ele, Lynch, nos apresentava uma só a viver várias.
Logo desisti desse reducionismo. O filme era por si mesmo uma linha tênue. Uma transgressão. Um borrão (não acho boa essa palavra) que me deixava no mesmo limite: também eu me transformava em outras a cada minuto que se passava, que eu vivia, que experienciava o filme...
E o que é Inland Empire? E aquela cara assustadora e aquela câmera tão singular quando eu achava que ok, as coisas já estavam resolvidas...
O bom foi que viciei nessa tática. E se assistir a filminhos por conta da insônia não melhora a insônia, me deixou acordada de maneira muito mais instigante.
Fiquem com a imagem-sensação que me impressionou e me fez soltar um "puta caralho" na madrugada e com o conselho de que é bom sim assistir a filmes com insônia, se não acalma: perturba: é o que há. E eu gosto disso.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Fresquinha


No msn:

- Eu canso de muita densidade, de muita incomunicabilidade, às vezes.
- risos
-vc ainda está aí?
-porque seria engraçado eu falando pro vento no msn sobre incomunicabilidade...
- kkkkkkkkkkk seria metalinguístico demais

E foi.

Diálogos: Eu e Tiago!
Cenário: os dois off line no msn.

Comunicação total.