Estiveram muito próximos um do outro.
Olharam-se com olhar de homem e de mulher. Conscientes de seus corpos, entendendo cada vibração.
Sabiam dos estímulos outros, externos. Mas demoravam-se mesmo na força secreta que, sabiam, precisavam parar.
Dissera-lhe ele que ela era linda, linda. O que ela não compreendeu na hora. Só depois entendeu e sorriu um sorriso que poderia denominar vermelho-sensações ou ainda verde-compreensões, pois sabia que poderiam ser e seriam explosões de alegria, sim.
Mas não.
O interdito só permitia aquilo. Pequenas fugas e descobertas deliciosas que ficariam na memória e no corpo, incandescentes, raras e delicadíssimas feito a luz vermelha de antigos cabarés.