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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dos confiscos da alegria

Estiveram muito próximos um do outro.
Olharam-se com olhar de homem e de mulher. Conscientes de seus corpos, entendendo cada vibração.
Sabiam dos estímulos outros, externos. Mas demoravam-se mesmo na força secreta que, sabiam, precisavam parar.
Dissera-lhe ele que ela era linda, linda. O que ela não compreendeu na hora. Só depois entendeu e sorriu um sorriso que poderia denominar vermelho-sensações ou ainda verde-compreensões, pois sabia que poderiam ser e seriam explosões de alegria, sim.
Mas não.
O interdito só permitia aquilo. Pequenas fugas e descobertas deliciosas que ficariam na memória e no corpo, incandescentes, raras e delicadíssimas feito a luz vermelha de antigos cabarés.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tudo pode dar certo: feliz ano-novo!


Qual o balanço do ano-velho? O que você pode dizer que aprendeu com o ano que vai acabando? Eu responderia: que não aprendo nunca! Essa é a lição: eu nunca aprendo nada com ano nenhum. E lembrava fortemente do filme de Woody Allen, o Tudo pode dar certo. A minha vida, muitas vezes, é aquilo: enquanto pulo da janela para me suicidar por ter sido abandonada por um amor, caio em cima de uma linda e interessante mulher, que por sinal é a da minha vida naquele momento. E todos juntos comemoramos o ano-novo que surge...Mas, eu estou ali: estranhamente conversando com quem não existe, é invisível, o extra-quadro, o possível público de uma encenação que é a vida de todos nós...quem sabe é com quem já foi e continua ali, perto de mim, invisível e presente sempre? Sei lá de nada! Só sei que com bom humor, nos dias de cão, com hipocondrias e com bebedeiras ou de cara limpa, seja como for: Tudo pode dar certo, incrivelmente.