Mostrando postagens com marcador desfazimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador desfazimento. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dos confiscos da alegria

Estiveram muito próximos um do outro.
Olharam-se com olhar de homem e de mulher. Conscientes de seus corpos, entendendo cada vibração.
Sabiam dos estímulos outros, externos. Mas demoravam-se mesmo na força secreta que, sabiam, precisavam parar.
Dissera-lhe ele que ela era linda, linda. O que ela não compreendeu na hora. Só depois entendeu e sorriu um sorriso que poderia denominar vermelho-sensações ou ainda verde-compreensões, pois sabia que poderiam ser e seriam explosões de alegria, sim.
Mas não.
O interdito só permitia aquilo. Pequenas fugas e descobertas deliciosas que ficariam na memória e no corpo, incandescentes, raras e delicadíssimas feito a luz vermelha de antigos cabarés.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Desfazimento


Numa dessas madrugadas, acordou inquieta com estranha sensação. Quase cega, tateou chão e paredes. O espelho nada revelava à vista escura. Sentiu com o toque das mãos sobre braços e face esgarçar-se a pele em finos fios. Voltou ao quarto, sentou-se na cama e devagar se deitou. Adormeceu. Enquanto dormia, desfez-se completamente entre os lençóis.