quinta-feira, 23 de junho de 2011

O tempo da cigana é o presente, sempre!


Hei, Hei, Hei!!!

Acabei de baixar três álbuns do cineasta e músico cigano Tony Gatlif, são lindos, emocionantes e me fez lembrar ainda mais alguns amiguinhos doidos e ciganos que deixei em Aracaju, falta pouco para eu voltar a estar entre eles.

Ontem fui ver finalmente o novo filme do Woody Allen com uma cigana que encontrei aqui em Goiânia e que eventualmente fica doidinha também e que tem feito minha estadia aqui ficar alegre e cheia de vida.

Mas esta postagem eu dedico a meu Irmão, cigano Wesley Pereira de Castro que esteve em mente durante toda a duração do filme ontem. “Meia noite em Paris” discuti um dos questionamentos mas recorrentes de nossas comuns preocupações “a vida meia sem graça do nosso tempo”. Será que o nosso tempo será em algum tempo futuro avaliado de forma positiva? Na verdade já tem quem já o faça.....
Será que não sei viver o meu tempo? Porque tenho uma série de restrições a várias manifestações de nossa atual cultura pop? mas ao mesmo tempo não quero colecionar “memorióbilia” como o personagem central do filme, mas reconheço que o passado me fascina.

Sinto constantemente um mal-estar diante das coisas que se passam ao meu redor, ao mesmo tempo em que não posso reclamar de muita coisa que já vivi, pois eu tenho amigos igualmente fascinantes que fazem do tempo meio sem graça dos dias atuais latejarem de violentas sensações de puro prazer, como neste momento registrado na foto em que a cigana baixou para nos deixar extasiados. E por isso falo e grito e vocifero alto: OBRIGADO WESLEY PEREIRA DE CASTRO! VOCÊ ME DEIXA CHEIO DE GRAÇA!

2 comentários:

  1. Eu apenas devolvo a GRAÇA que me dão, meu caro: vivemos num mundo de diálogo, eu e tu e mais alguns - ou talvez fosse melhor dizer "submundo"?

    Aí a gente entra na questão do filme: o tempo presente, o tempo em que estou e que penso viver, quiçá de maneira conformista, quiçá num desalmado esforço sobrevivencial: o tempo presente que nos é dado de presente, ainda que nem sempre o percebamos como tal...

    vendo o filme, aquelas nossas discussões de Terminal Rodoviário voltaram à tona: será que, daqui a 40 anos, Chitãozinho e Xororó serão considerados a vanguarda artística de nossa geração? Até que ponto os ditos cânones artísticos são os não regidos por afecções? Ai, ai, mesmo não tendo gostado tanto do filme como um todo como eu creio que tu tenhas gostado, sou obrigado a admitir o quanto o mesmo é genial e o quanto o mesmo nos atinge em cheio em suas indagações: e viva a ciganada! Isto salva! Isto redime! isto é o que ainda temos, todos nós, juntos! JUNTOS!

    WPC>

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  2. Sim caro Wesley diálogo, ainda que as vezes estes sejam aporéticos!

    E sim juntos, todos JUNTOS!

    Jt

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