domingo, 31 de outubro de 2010

SE A ARANHA-DEUS NÃO QUIS QUE FÔSSEMOS CAPAZES DE CHUPAR NOSSO PRÓPRIO PAU, DEVE TER ALGUM MOTIVO - E, QUEM SOUBER QUAL É ESTE MOTIVO, ME DIGA!

Proteção contra nossa tendência inequivocamente humana à viciosidade? Imagina se a gente conseguisse abocanhar nosso próprio pênis: não ia sair mais de nossas bocas! (risos) Talvez sequer precisássemos nos apaixonar por outrem, talvez morrêssemos de anemia pós-masturbacional e felacional intensiva. Talvez...

Na noite de ontem, li um dos livros que, emprestado por Yuri Fonseca com muito conhecimento de causa de minhas idiossincrasias mnemônicas e sexuais, tornou-se um dos meus favoritos: “Confissões de uma Máscara” (1949), de Yukio Mishima. Obra-prima autobiográfica, sadomasoquista e nacionalista em que, entre trocentas outras possibilidades e desvios narrativos, ele explica como tentava pensar em mulheres nuas quando se entregava aos seus “maus hábitos” onanistas. E eu lembro que já tentei pensar nisso também, mas não escolho quem me vem à mente numa hora destas: meus vizinhos mais insuportáveis, meu próprio irmão (que não acho bonito), minha mãe, mendigos sujos, cães e gatos, as criaturas mais diversificadas possíveis já compartilharam meu gozo solitário e repetitivo em noites de punheta. E como sei que subconsciente é algo que deve ser respeitado, não acho isso ruim não. Gosto muito, aliás. E agradeço ao Deus-aranha por tudo o que ele faz por mim, desde bem antes de eu nascer...

E, a fim de provar o que digo, abri o livro numa página completamente aleatória (juro: só fiz abrir e caiu na página 59 da edição do Círculo do Livro) e destaco aqui uma citação: “tendo resolvido uma vez que renunciara ao amor, afastei de minha mente todo pensamento posterior relativo a ele. A conclusão foi apressada, com falhas de percepção. Eu estava deixando de levar em conta uma das mais claras evidências que existem no amor sexual – o fenômeno da ereção. Por um longo período de tempo, tive minhas ereções e também me entreguei àquele ‘mau hábito’ que as incitava sempre que me encontrava só, sem jamais tomar consciência do significado dos meus atos”. Tem como não acreditar piamente em Deus – e amá-lo obcecadamente – depois disso?


Wesley PC>

9 comentários:

  1. Nesse exato momento estou só. Tomo licor de jabuticaba. Doce. Tua foto me inspira orações. Ai como Deus é maravilhoso...

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  2. voltando... tem palavrões nas orações, visse? Pode?

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Pode tudo, Deus-aranha faz a gente viver, querido!

    WPC>

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  4. Polêmico texto, polêmica foto, polêmico post.

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  5. quando pequeno eu tentava me chupar, mas gracas a o Deus por voce referido partir para outros cacetes com mais sucesso.

    jt

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  6. O bom é fazer assim mesmo...
    Seguir em frente, sem saber o motivo (kkkkkkkkk)
    Que bom que existem outros cacetes e bocetas e cus e sovacos e etc.
    Viva Deus!
    E, de coração, com ou sem polêmica: Mishima é genial!

    WPC>

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  7. Se não me engano no filme Shortbus há uma cena em que um dos personagens chupa o próprio pau. Isso tem no filme?

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  8. (risos)

    Tem no filme sim.
    Logo no começo,
    Minha mãe ficou apavorada com o que viu (kkkk)
    Mas o carinha que consegue faz ioga.
    E é um filme bem menor do seu diretor.

    WPC>

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