sábado, 10 de julho de 2010

A natureza de um Deus desconhecido



Comprei o livro do escritor americano John Steinbeck alguns meses atrás quando em uma cidade do sudeste do país em um dos sebos que visitei. Um livro de bolso e já bem velho, baratinho. Sempre desejei ler a literatura de Steinbeck, sempre achei esse nome poderoso, tinha algo nele que me fascinava, já vi dois excelentes filmes adaptados de suas obras, o que me deixava mais curioso. Nesses dias resolvi ler “A um Deus desconhecido” e não me decepcionei. O livro me arrastou pra dentro dele com uma força tamanha que só consegui largar dele quando acabei de ler todo.
O livro conta a saga de um fazendeiro, Joseph, que resolve se instalar no oeste americano, em um vale de terras produtivas e desabitada, ele começa a desenvolver uma relação mística com a natureza e ao mesmo tempo forjar uma personalidade forte, austera e serena, passa a morar com os irmãos e se casa com uma culta professora de uma cidadezinha próxima. Antes, porém, constrói uma casa embaixo de um frondoso carvalho e passa acreditar que a árvore simboliza a vida de seu pai já morto. Ele cultiva em toda a terra, prospera e tem um filho, até que a seca toma conta da região por um prolongado tempo fazendo com que todos se mudem do vale, mas ele persiste continua sozinho na terra esperando as chuvas.
Não vou fazer aqui uma análise filosófica ou mesmo literária do livro, mas apenas dizer que o sentimento envolto na relação com o livro foi muito forte, capaz de me absolver tanto, tanto que nem consigo dizer direito, mas me deu uma vontade imensa de ir embora pro mato,pro campo,viver embaixo de uma árvore e plantar legumes, tomar banho de rio, olhar o horizonte no entardecer e coisas assim.

Beijos

Jadson

2 comentários: