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Em coro a muda multidão de baratas.
Antenas acesas que vibram em silêncio,
Porque tudo na latrina está no devido lugar.
O cheiro é de latrina, o lodo é mistura de merda e sujeira do tempo,
Sebo.
O azedume é natural, as bactérias são naturais, a nojeira é natural.
“Mas é tudo muito natural” – diz a baratinha.
“Tudo está onde deve estar” – não diz, mas é o que pensa o baratão.
E isso é pior.
Em sintonia a surda multidão de baratas.
Antenas acesas que vibram apáticas.
São gritos e não murmúrios, baratas debilóides.
Em marcha a cega multidão de baratas.
Antenas acesas e avante!
Precisamos conversar mais sobre baratas. Só sei que elas dão a você uma oportunidade ímpar de me fazer ficar embasbacada com os textos.
ResponderExcluirE a podridão do mundo continua...
Gostei da baratinha indagadora.
O mundo daqui de baixo me facina. A cada dia me apaixono pelas baratas.
ResponderExcluirBeijo, nega.
saudaaaaaades.