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A FITA ROSA
( Jadson Teles)
Foi cortada fora a cabeça
Era uma cabeça mimosa
Cabeça de menina com tranças e fita de seda
Tinha rosa e a fita ficou vermelha
A cabeça separada do corpo
E Tinha sangue e tecido e dor
A menina indo a escola com fita rosa no cabelo
A mãe não ia mais ficar brava com travessuras
A cabeça colocada num saco
Os cabelos loirinhos sem fitas rosinhas
Cheiro de morte no portão da escolinha
Frustada a mãe não lhe daria mais o primeiro sutiã
Na rua a cabeça não estava mais, tadinha
Sentimento de dó, de dor, de menina morta
Sem fome, sem pecar, sem cabeça, sem fitinha rosa
E a escola a mãe não mais pagaria
Sepultaram a menina com a cabecinha
Eram lágrimas que viam e gritos que ouviam
Os amiguinhos medo tinham
A mamãe era triste e na mão balançava a rosa fitinha.
Autobiográfico, por extensão?
ResponderExcluirWPC>
Ui. Violento. Mix medonho: o pueril e o assustador. Lembrei-me de nossa conversa no bar. Lembrei-me de O quarto, o texto de nosso Tiago.
ResponderExcluirVocês dois são dois mosntros. Gêniozinhos disfarçados entre nós.
Seu texto sempre afiado com ume stilo só seu, hein?
Adorei sua volta às ficções. Essa para o mundo. E os nossos encontros dominicais, vão voltar?
Já já fico boa dessa tal dessa doença, viu?
Beijos.
Sonhei acordado, wesley com essa cena!
ResponderExcluirQuando leu para mim, Jadito, fiquei pensando o mesmo que eu achava que as pessoas iriam pensar de mim ao ler os textos que costumava escrever:
ResponderExcluir"Será muito ódio (e) muito amor?"
amo muuito vcs por isso!