terça-feira, 13 de julho de 2010
ENTRE A IRONIA DE KIERKEGAARD, DE MACHADO E BERGMAN
Como vocês já sabem, Kierkegaard é leitura obrigatória para mim, diria que leitura eterna leitura que me dar prazer e sacrifício também, sou um apaixonado e isso me motiva. Leio sempre esse homem que nunca perde de vista a dimensão irônica, nas “As obras do amor”, o capítulo intitulado “a obra do amor que consiste em amar os mortos” é de uma fina ironia espetacular, ele se refere à ex-noiva que ele ama mais, no entanto não espera nada em troca.
Enquanto isso releio também a obra-prima mor do escritor brasileiro Machado de Assis “Memórias póstumas de Brás Cubas” e me estrebucho de rir com a ironia debochada e erudita do defunto que se diz autor, mas não autor defunto. Nossa, depois do passional “a um deus desconhecido”, me envolvo agora com a literatura intelectualizada escrita em terras subdesenvolvidas. e é sempre impressionante!
Mas, também encontro no drama psicológico de Ingmar Bergman uma ironia igualmente fina, pois pode passar despercebida dado o grau denso de suas tragédias. vi recentemente o amargo e maravilhoso “Monika e o desejo” e percebi o quanto esse moço falecido tomava de emprestado a ironia para construir seus belos fotogramas. Afinal o que ele queria dizer com este filme, uma defesa do desejo ou uma acusação?
Beijos
Jadson
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Extraordinária pergunta esta do final...
ResponderExcluirNem preciso dizer o quanto me identifiquei no plano católico, né?
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