quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um hippie ...

Ele disse que eu podia ficar, contanto que lhe gozasse na cara. Fui baixando a bermuda e rindo. O otário doidão de tanta alegria, pra ser exato, 250 gramas dela, que ele tragava pigarreando com um jeito irritante, nojento. Nem podia imaginar que meus desejos eram um teto limpo e uma cara lisinha de bacana metido a hippie pra lambuzar com minha gala.

Estava cheio de tanta merda emaconhada, é que o prazer já estava fingido demais, e eu tinha uma barragem absurdamente imensa obstruindo o fluxo de meus devaneios. Consciência era um fardo pesado demais. Uma víbora filadaputa. Eis o meu lado involuntário.
Já havia me chapado tanto. Da última vez vi o nada embaixo da estante de uma amiga: a meia suja do marido dela. O nada ali fora fedia, mas o oco nativo desse corpo jovem e avermelhado tinha o cheiro da morte.

- Você não fica cheio com toda essa merda, cara?

- Me explique (deu uma baforada fedida na minha cara) o que você faz pra suportar a vida?

- Me masturbo.

Um comentário:

  1. Parece que o santo te baixou também né tiaguito, cara que texto, agora 250g é trafico viu!rs

    J

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