sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Retorno de Geyzakelly

Feito filha pródiga... cá estou eu.

Nunca pensei que seria tão dolorida a constatação do óbvio.

Revirada das 11

Cansada, ela se deitou na graminha
Tão fofa! Era laranja.
Deitada de lado, a água vertia de seus olhos
Esmeraldinos
Como do céu para o chão...
E sim, o solo foi fertilizado
Sendo que ao lado estava sua amada,
Ela sorriu delicadamente
No ápice do ato sacral.

Despretensiosamente, suas raízes penetraram
O limite onde jazia seu corpo,
Para bem além disso.
Agarravam a terra com tanta firmeza
Que a mãe Gaia consagrou-a junto a quem amava.
Os dutos vitais se entrelaçaram em
Um belo baile de segredos desnudos
E na mística do sangue em seiva.
Juntas, apoiaram-se uma na outra
Para que seus galhos subissem à gosto
E seus frutos inundassem o planeta.

Mórbidas e belas,
Desistiram das fronteiras uma da outra
E coseram juntas o tecido que as levou
para o sem fim de cada uma
E uma da outra,
Até as últimas linhas...

4 comentários:

  1. Que belíssimo retorno!
    Venha, para cosermos esta vasta fazenda de nós mesmos.

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  2. De fato, a constãtação do óbvio dói, mas, Deus, como pé belo, como faz bem!

    Corroboro as palavras de Tiaguinho, visse?

    WPC>

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  3. Do caráleoooooooo! Volte e fique, por Deus!

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  4. lindo, Por todos deuses e deusas seja sempre bem vinda, sempre e eternamente! Fogos!!!!

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