sexta-feira, 18 de março de 2011

PARA QUEM AMA O GORDO...


O homem visto na foto chama-se Carlos Imperial. Ator recorrente nas pornochanchadas brasileiras entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980, ele dirigiu, escreveu, musicou e protagonizou o filme “Mulheres... Mulheres” (1981), visto na noite de ontem por causa de um detalhe publicitário devastador: supostamente, o filme foi baseado num conto de Pier Paolo Pasolini, chamado “Morrer de Amor”. Na prática, porém, como filme é ruim, desagradável, vulgar e brochante: não porque o tal Carlos Imperial seja feio, gordo e, em muitos sentidos, execrável, sendo injustificável que ele tenha reunido dezenas de belas mulheres nuas neste filme, mas porque liberdade de desígnios e volições é algo que transcende as subsunções voluntárias ao capitalismo. E, definitivamente, tudo o que este filme não fez foi superar o capitalismo: ele se rende, ele capitula, ele proíbe o gozo, interdito menos por proibição ditatorial do que por indefinição estilística e definição de públicos-alvo. E, a cada minuto, eu percebo o quanto os gordos podem ser charmosos, encantadores, sensuais até... Mas, sinceramente, Carlos Imperial (ao menos, neste filme) é a mais nojosa das exceções!

Wesley PC>

Nenhum comentário:

Postar um comentário