sábado, 14 de agosto de 2010

Um intelectual! (diálogo entre professor e aluna)

- Você seria uma excelente escritora, minha filha, se soubesse bem ortografia, pontuação, se soubesse conjugar direitinho os verbos irregulares, se não se atrapalhasse na concordância verbal e na nominal também...
De olho na sainha plissada que subiu um pouco quando ela, gentil, se abaixou para pegar o giz que ele derrubou, desatento.
- E conquistaria o público com esse seu jeito meigo, de compreender o mundo, de entender as vontades das pessoas, de ser tão carinhosa, e inocente e de saber que...
Entendeu que ela ia chorar, emocionada com as palavras ditas até ali e temerosa com as palavras vindouras tão conhecidas sobre o seu casamento e os dois filhos para criar... Desistiu e partiu para algo mais efuzivo:
- Você já brilha sem escrever uma só palavra, meu amor. E para provar que é verdade o que digo, apague a luz, vire-se de costas, ali na lousa, feche os olhos e vamos repetir o que fazemos sempre aqui, em segredo, para que você potencialize suas experi...
O corte foi inesperado.
- Posso muito bem, professor, não acertar uma só conjugação de verbo, escrever escada com “z” ao invés de escrever com “x”, como é o certo, mas, o professor de matemática, muito mais esperto, seja lá com x ou com z, do que você com sua mulher e com seus dois filhos para criar, tem me ensinado direitinho quanto é que é dois mais dois e ainda me leva para tomar sorvete, pois que ele é solteiro e novinho. Um in-te-le-c-tu-al!
Então, o professor compreendeu que seu tempo passara. Perdera para os números sua pupila e suas esperanças.

2 comentários:

  1. bronquinha mas ordinária...
    o mundo é dos ordinários...

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  2. sobre sua postagem dos nomes do pênis e da vagina, lembrados por hldinha:

    faltaram Pica e boceta, os que mais me excitam.

    xeru.

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