sábado, 17 de julho de 2010

Endereço desconhecido, Kim ki Duk

Quinta-feira, fui, a tarde, a um casamento de um amigo meu. Sobre o casamento, conversei bastante com Jadson e Tiago, mas, o casório, antes e depois das execuções das simbologias que ocorrem em todos os casamentos, merece postagens futuras.
O fato é: depois do casamento, os meninos me convidadaram para ir à pizzaria. Fui. Voltei para casa e assisti ao filme do sul coreano Kim Ki Duk, Endereço Desconhecido, de 2001, acho.
Uma menina sem olho. Um matador de cachorros. Um mestiço filho de um soldado negro e uma mãe sul coreana. Um jovem apático, que apanha de extorquistas e que é apaixonado pela "menina do olho". Uma mãe que apanha do filho mestiço. Violência. Agressões. O clima de loucura de uma cidadezinha ocupada pelo exército americano. Um soldado que pretende desertar, que precisa trepar, que precisa de um amor, que toma LSD para aguentar a falta de estar em sua cidade, que se sente sufocado pelas montanhas, que não compreende o delírio dos treinamentos, a insanidade da guerra.
Traumas. Barulhos de aviões. De tiros. Um mulher que escreve cartas que sempre voltam. hostilidades. Preconceitos. a lei dos mais fortes. Injustiça.
Tudo isso com muita poesia. Silêncios.
A questão dos animais. O amor, o sexo, o comércio com estes mesmos animais. A incomodar. A justiça violenta que o mestiço faz com o matador de cachorros que morre como se fosse mais um dos cachorros...
Não sei elaborar nada inteligível quanto ao filme.
A menina que vende-se para ter seu olho de volta. E que mais adiante desiste...
As imagens são belas. Muito elaboradas. Conquistam. Pescam-nos (como costumo gostar).

A mãe do filme me fez pensar na mãe de Mother, o filme do Bong Joon-ho. A dedicação obsessiva, beirando a loucura, o delírio. A entrega total.
Enfim... tem sido uma boa entrada a minha nessa de conhecer um pouco mais o cinema oreiental. Claro que sei que falta muito e muito ainda. Mas, por ora....são os primeiros passos.
Foi bom ter aceitado o convite para ir à pizzaria. Dessa forma, vi meus amigos, voltei para casa e assisti ao filme. Eu que planejava outras coisas.
Muitas vezes é preciso mudar tudo. Como disse o carinha lá no filme do Wim Wenders, o No decruso do tempo.

7 comentários:

  1. Perdoe-me Nina, mais esse cinema está longe de ser o cinema oriental original! não vi esse daí mais conheço as coisas dirigidas por essa trupe e não consigo gostar mesmo!
    beijos

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  2. Eu gostei, mon cher. Apesar de ter frisado ter sido os primeiros passos e de saber que há muito ainda a percorrer. Inclusive quero continuar conhecendo o Kim Ki Duk. Dele só vi o Casa Vazia (que não deixei de gostar) e esse em tela...
    Beijos aniversariosos.

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  3. Eu amo este filme...

    Já escrevi dois textos mais do que apaixonados sobre ele, nalguns lugares. Tenho raivinha do Kim Ki-Duk, que nem o jadão, mas quando ele acerta, me fisga. Foi o caso. Aquela cena em que a menina põe uma imagem de olho de modelo de revista sobre sua deficiência me marcou... Ela não, né? O soldado americano que a ilude...

    E a explicação para o título do filme?

    E as várias cenas de cachorros mortos, não de todas injustificadas...

    Ai, amei este filme - me doeu na alma! Lindo demais!

    WPC>

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  4. Achei o 'link':

    http://gomorra69.blogspot.com/2009/09/reminiscencia-de-um-pesadelo-diario.html

    WPC>

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  5. Valeu por mandar o link, vou dar uma olhada. Amei esse filme! Ui! A cena da qual falas: magnífica!
    Bjs!

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  6. O filme tem uma atmosfera fria mesmo.
    OPS.: Só cuidado com os "spoilers" ou põe uma mensagem antes avisando.

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  7. Olá, também escrevi algo à respeito:

    http://cinelevesresenhas.blogspot.com/2011/11/endereco-desconhecido-2001.html

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