quinta-feira, 13 de maio de 2010

Última postagem minha a cerca do tema, prometo! Só indo muito fundo para mudar, verdadeiramente, de idéia...

Certamente a necessidade é coisa tão falsa quanto a dignidade... já que foram criadas por nossa cultura e um quilo de feijão é muito mais barato que um quilo de carne. Com certeza a valorização da agricultura familiar nos elevaria a um outro patamar de democracia na reprodução de nossa existência. Repito: da agricultura familiar.
Mas algo que é bem verdadeiro é a nossa forma de querer reduzir a grande complexidade de nossos problemas ambientais ao consumo consciente. Ações individuais terminam na PRIMEIRA NECESSIDADE REAL, não no primeiro fetiche. Senão, haverá sofrimento.
Um Vegan não come carne por questões éticas ambientais (quando falo ambiental, falo na vida como um todo, inclusive a nossa)? Ou porque ele se compadece dos animais?

Pois então eu os sugiro:
 Não andem de ônibus;
 Não andem de carro (no máximo, uma bicicleta);
 Façam desaparecer suas montanhas de lixo individuais;
 Leiam somente livros virtuais, (mas aí tem o consumo de computadores);
 Não usem cadernos de papel;
 Não usem plástico;
 Não consumam produtos industrializados em geral;
 Etc, etc, etc, etc, etc.

Porque quase tudo, tudo mesmo, gera POLUIÇÃO e AFETA não só a vida dos seres não humanos, como a dos humanos.
A solução não está no reducionismo de se consumir isso ou aquilo. Certamente o comércio vegetariano, pensado dessa forma, pode se tornar uma indústria, num piscar de olhos. Não duvidem!
Não se destrói um sistema no final de seus processos, especialmente quando ele é tão complexo. Se destrói pela base, nos alicerces que o sustenta. O que precisamos antes é destruir portanto a submissão de tudo que conhecemos como natureza (repito mais uma vez: nos incluo) à racionalidade econômica.

Se eu realmente me importar com os animais, irei muito além disso. SENÃO, cairei na primeira tentação, e não enxergarei um frango ensangüentado quando saborear sua carne.

E falarei depois do último fôlego do que me restou da ética: Afinal, se todos comem carne, por que não comerei!? Senão nos preocuparmos com o todo, as partes isoladamente não farão diferença nenhuma! Afinal, porque não comem seres não humanos, os vegans? Por uma questão de ética ambientalista, ou por uma questão de ética ambiental?

SERÁ MESMO que um vegan POBRE tem condições de consumir somente os orgânicos, os quais pelo que me consta, são bem caros? O quilo barato do feijão veio de onde? Da agroindústria!

Será que os orgânicos são tão CAROS pelo custo de produção? Ou será que pelo nicho de MERCADO?
NÃO QUESTIONO O PONTO DE VISTA VEGETARIANO OU VEGANO (É ABSURDAMENTE SENSATO E ÉTICO), QUESTIONO SUA AMPLITUDE!
É muito mais fácil se negar a comer carne (quando se está respaldado de algumas condições), do que tentar DESCONSTRUIR o que fizeram do meio ambiente, e portanto da VIDA!

4 comentários:

  1. Tiago,
    primeiro ponto: não falei que toda necessidade é falsa, enfantizei que a necessidade de carne é falsa e continuara sendo. segundo: a questão posta diz-se sobre a causa animal e não ambientalista, não que estejam separadas e concordo com a amplitude que tu jugas no texto, porém considerar o animal é necessário enquanto uma posição mínima ética com o outro, o animal não-humano ganha uma nova dimensão no pensamento singeriano a dimensão de pessoa, portanto há muito mais sofrimento na morte de uma pessoa do que na ideia cristã de dignidade humana, que tal pensarmos dignidade animal?há muito mais sofrimento em galinhas que vive sem " dignidade" em granjas ou de porcos amontoados na industria da carne, e não é uma negação deixar de consumir carne é ao contrário uma afirmação, é preciso uma certa mudaça na postura dos hábitos criados pelo homem a milênios.
    quanto a nova questão posta por ti aqui, vejamos: você diz acetadamente que há um problema ambiental principalmente no modo como lidamos culturalmente com o meio ambiente concordo veementemente com você, so não é o mesmo problema apontado na " ética animal" mas realmente se entrelação, e pensar num todo é sempre mais crítico, tiramos do animal a possibilidade de ao menos viver no seu habitat comum, principalmee quando da construção das fazendas-indústrias que os confinam de forma absurdamente cruel, outra coisa, há realmente hoje uma indústria de produtos veganos e cada dia mais forte,(deixo bem claro que não concordo com isso)e é amplamente legitimado pelos veganos neoliberais pois se existe uma indústria e um consumo cada vez maior de produtos veganos, diminuira paulatinamente o consumo de carne e seus derivados e consequentemente vai diminuir a matança animal. claro que tal postura não leva em conta a totalidade do problema ambiental e por isso não concordo com essa linha de ação. Eu porém acho que deva pensar medidas de reconstrução dos hábitos dos homens em relação ao meio-ambiente, e não acho que o meio ambiente seja esse lugar intocável, puro, não sei porém se o nosso sistema politico-economico de produção permite que repensarmos os hábitos. por isso é necessário uma mudança no todo estrutural, o que não empede que nossa ação seja a de reduzir e ou compessar ao menos um pouco os danos ja causado.

    abraços e não me importo de continuar o debate!

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  2. A seção mexicana da organização não-governental Greenpeace lançou em seu site uma cartilha para fazer a vida sexual daqueles que estão preocupados com o meio ambinete muito mais ecológica.

    Lançada no início de agosto, a página é uma das mais acessadas do site da organização e trata as dicas para o sexo ecológico com bom humor. "Cuidar da terra nunca foi tão erótico", diz o texto.

    Na forma de um decálogo, as dicas dão conta de variadas preferências sexuais, das mais tradicionais às mais ousadas.

    O primeiro mandamento do sexo ecológico orienta os amantes a apagar as luzes como uma forma de economizar energia. "É possível começar uma revolução energética da sua cama", diz o texto.

    Escravo da paixão
    Os alimentos afrodisícos são abordados no segundo mandamento do decálogo.

    A ONG orienta que os amantes utilizem frutas como o guaraná, cerejas e framboesas com procedência orgânica e livres de pesticidas. Ostras, mariscos e camarões também não são recomendados.

    "A pesca destes animais está destruindo os oceanos em um âmbito nunca visto", afirma o Greenpeace mexicano.

    O uso de lubrificantes íntimos é abordado no quinto mandamento, que indica o produtos à base de água, nunca de petróleo, como a vaselina. O texto destaca também que a saliva ainda é muito útil para resolver o assunto.

    "Grandes empresas petrolíferas estão destruindo o planeta. Não permita que se metam debaixo de seus lençóis", diz a ONG, que completa: "Seja um escravo da paixão, não do pretróleo".

    Cama e água
    A procedência da madeira com que é feita a cama e até instrumentos usados em relações sado-masoquistas também deve ser levada em consideração pelos ecologistas na hora do amor.

    A organização recomenda que estes materiais devem possuir certificados ambientais que garantam que venham de processos de extração sustentável de madeira.

    A economia de água também deve ser observada, segundo o Greenpeace, que recomenda banhos em conjunto para evitar o desperdício do recurso.

    O último mandamento do décalogo do sexo ecológico ressuscita o velho lema dos hippies dos anos 1960: "Faça amor, não faça guerra".

    Onde vi essa notícia:

    http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/09/05/ult2242u1720.jhtm

    Agora, a discussão me interessa.
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    (Brincadeira, pessoal! Com um sorriso com alface ou couve-verde nos dentes) (mais brincadeira! Será o Benedito! Hoje tô que tô!)

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  3. ...E é muito mais possível, URGENTE e necessário COMEÇAR por algum ponto, assim penso...

    Mas já estou aderindo a muitas das medidas citadas acima!

    WPC>

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  4. "Escravo da paixão"... adoooooorooooooo....

    Jadito e gente, espero que entendam que concordo com a ideia de não comer carne, já que tal hábito só traz desfavorecimentos a todos... é que temo pelos reducionismos de alguns ambientalistas.

    Realmente me preocupo com isso. Isso está crescendo de tal forma dentro de mim que estou sofrendo um grande dilema. Só não quero agir por modismos, nem porque pra mim será mais fácil. Devo ser um bobão romântico mesmo em querer que as coisas sejam justas para todos.
    Queria então fazer "a minha parte" da melhor maneira possível, de modo que se reflita no coletivo. Que isso não morra em mim, porque senão eu morro.

    Amo vcs!!!

    Que tal irmos ao Beco na Sexta?? Bora, Wesley!!!

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