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De fato, se eu tiver que escolher, escolho a escola asiática de cinema como a minha preferida! ao menos na atualidade.
Influênciada pela teoria do critico fancês André Bazin, que concebia o cinema como representação máxima ralidade e que sendo assim a feitura de um filme deveria minimizar os efeitos da montagem afim de garantir ao expectador um grau sempre maior de impressão do real, os bons diretores taiwaneses, malaios e chineses obtiveram em tal teoria a perfeita combinação entre o que se queria e quer mostrar, ou seja, os problemas atuais de seus países, sejam eles de ordem socio-economica ou de ordem existencial e a forma estética apropriada, fazendo assim surgir o que chamo de reivenção do neorealismo.
Millennium Mambo de Hou Hsiao Hsien é um filme sufocante, primeiro por expor de forma amarga, dolorida e sem perspectiva uma realidade em que o mal-estar advindo da homogenização cutural do consumo se impõe de forma a fragmentar as inter e extras relações subjetivas. Segundo ponto é que o cotidiano de um casal é exposto de forma a que a submissão aos escapismos hedonistas revelam, na verdade, a derrota e a falência de uma cultura milenar que experimenta sem o conforto de qualquer religião um vazio sem precedentes.
Mas posso também afirmar que ao menos o cinema, mesmo tomando de empréstimo algumas bases ocidentais, formaram o que se tem de mais original e criativo na cinematografia mundial, Millennium Mambo é um filme de uma beleza plástica-fotográfica sublime e impecável em que a câmera em muitos momentos torna aquele que olha um observador estranho a um mundo gélido de conflitos angustiantes. é concerteza um dos mais belos filmes da dêcada!
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