quarta-feira, 12 de maio de 2010

Edwin Gordon

Ultimamente ando boba demais. Com o nascimento de Gabriel, fico pensando mil coisinhas para o moleque crescer feliz, saudável e gente boa. E acho que ando com síndrome de Deus por querer que se faça, agora, minha imagem e semelhança nessa criancinha...
Mas, andei bisbilhotando coisas para Gabriel Augusto ouvir e acabei descobrindo um cara chamado Edwin Gordon que é um dos mais destacados investigadores da atualidade no âmbito da Psicologia e Pedagogia da Música. Gordon tem uma teoria de que a música é apreendida da mesma forma que a nossa língua materna:

- Primeiro, ouvimos outras pessoas falando. Desde o nascimento, e mesmo antes, estamos cercados pelo som da língua e da conversação. Nós absorvemos estes sons e familiarizamo-nos com a língua.
- Segundo, tentamos imitar.
- Terceiro, começamos a pensar através da língua. Palavras e frases começam a ter sentido à medida que ganhamos experiência com esta.
- Quarto, começamos a improvisar. Por outras palavras, somos capazes de criar as nossas próprias frases e a organizá-las de uma forma lógica. Somos capazes de manter uma conversa. Finalmente, ao fim de vários anos a desenvolver a nossa capacidade de pensar e falar, aprendemos a ler e escrever. Aprendemos a ler e escrever devido à experiência que adquirimos a ouvir, imitar, pensar e improvisar.

Por isso, as canções de ninar são grandes estímulos para o desenvolvimento musical da criança. E o teórico diz mais, diz que o período em que a criança tem a maior capacidade de se desenvolver musicalmente vai de 0 até 4 anos de idade. Daí a importância da mãe e do pai do bebê cantarem variadamente (ou seja, não somente canções de ninar) até mesmo antes dele nascer, enquanto ainda está ouvindo os sons e sentindo as vibrações sonoras pelo lado de dentro da barriga. Desta forma o bebê já estará desenvolvendo um bom ouvido para a música e também tomando contato com uma cultura musical através dos pais.

Dessa forma, estou eu (e Rogério também, Rogério que é tio, biológico e babão (eu que sou só babona)) a querer desesperadamente que Gabriel esteja em contato com Palavra Cantada, Saltimbancos, músicas instrumentais, etc., etc.



Nenhum comentário:

Postar um comentário