segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O sacrifício- primeira parte



Dizem por ai, a boca pequena, que Nietzsche matou Deus. Na verdade esse assunto já é bem velho. Basta lembrar como Hume define Deus: hipérbole das qualidades humanas ou Feuerbach que entende Deus como uma projeção doentia dos desejos humanos. Não vou aqui levantar os mais diversos precedentes históricos, mas, Deus morreu mesmo? Será que Deus enquanto conceito criado por Aristóteles e por muitas vezes tomado de empréstimo por vários filósofos modernos morreu mesmo? Será que Deus enquanto criador ou ser metafísico ou entidade religiosa morreu mesmo?
Tal discursão também é levantada por um filme absolutamente fenomenal dirigido pelo cineasta Andrei Tarkovski que estou ainda a elaborar na mente o que seu minucioso discurso eminentemente religioso quer provar ou mostrar. Deus existe? É preciso sacrifício para que ele se manifeste? É loucura acreditar em Deus? A loucura é para aqueles que acreditam? O homem é realmente um ser doente quando acredita em Deus?
Bem, tais perguntas podem nortear uma analise filosófico-religiosa acerca do filme em questão, mais sobre ele em breve. O fato é que ele atordoa, enlouquece faz tremer e temer é uma ode ao belo ou ao terror sublime que a morte provoca. Ele é.....

Jadson

2 comentários:

  1. E os contatos belíssimos entre o velho e a criança foram o que mais me intrigaram, o menino que aparece em preto-e-branco, o Deus, que Clarice Lispector e Ninalcira tão bem citam num contexto de hipérbole valorativa até mesmo dos instintos...

    Andrei Tarkovsky faz gemer aqui. Fabuloso!

    WPC>

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  2. O que sei é que (quanto mais preciso dele, mais ele existe.)

    Eu O louvo, Ó Deus dos desesperados!

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