domingo, 21 de novembro de 2010

PARA QUEM AINDA NÃO CONHECE O JUAN JOSÉ BALLESTA...

...nada como ter uma TV em casa!

Conheci este astro juvenil espanhol de 23 anos de idade através do filme “Sete Virgens” (2005, de Alberto Rodríguez), singelo e um tanto homoerótico filme, em que o protagonista é um delinqüente juvenil que recebe permissão para sair do reformatório em que está preso para comparecer ao casamento do irmão mais velho e responsável. Jamais saiu de minhas retinas eróticas mentais!

Meses depois, reencontrei o artista em “Cabeça Oca” (2006, de Santi Amodeo – vide foto), filmeco deslumbrado em que ele interpreta um rapaz que vive confinado numa bolha médica por causa de uma grave doença mental que o faz ter ataques narcolépticos duradouros, até que se apaixona e resolve arriscar sua vida em prol da garotinha que ama. Eu é que não faria diferente. Eu é que não pude dizer que não tive inveja dela. Um filme deveras fofo e, por isso mesmo, recomendável.

Em seguida, foi a vez de conferir “Ladrões” (2007, de Jaime Marques), este sim, bobo e moralista, sobre um batedor de carteiras órfão que se apaixona por uma garotinha também tendente à cleptomania, num filme que adapta o clássico “Pickpocket” (1959, de Robert Bresson) para as massas adolescentes. Se ele obteve sucesso, em minha opinião? Não, não obteve, porque o diretor e roteirista é fútil, mas vale pelo Juan José Ballesta, num papel tendenciosamente mais dramático que os anteriores.

E, se tudo der certo, dentro de alguns minutos, estarei tendo o prazer de ver “El Bola” (2000, de Achero Mañas), primeiro papel cinematográfico do astro juvenil, ainda aos 13 anos de idade, a ser exibido na TV Brasil, cujo sinal é repassado pela TV Aperipê, aqui em Sergipe. A trama é um daqueles típicos retratos de infância delinqüente, muito comum no cinema espanhol, desde a ascendência do cinema quinqui, no início da década de 1980. Estou ansioso para finalmente ver este elogiadíssimo filme, desejado desde que conheci (e me encantei) pela cara de tolo do Juan José Ballesta. E é com este filme e com esta postagem que eu tenciono evadir-me um pouco do que os objetos artísticos mui dramáticos citados na postagem anterior me causou... Ainda me dói, dói muito – e é bom assim mesmo!

Aliás, cadê Tiago, hein?

Wesley PC>

2 comentários:

  1. eu sou tão apaixonada pelo Bresson, um dos primeiros cineastas cujos filmes me fizeram ver cinema de uma outra forma (mais apaixonada), e inclusive por Pickpocket, que com certeza não veria esse filme que você falou de jeito nenhum!
    ter Tv a cabo é uma benção às vezes mesmo!
    hoje vi El Nuremberg Argentino, de Miguel Rodriguez, que passou no Canal Brasil. trata-se de um documentário que, apesar de apresentar uma forma bastante "quadradinha", apresenta um conteúdo fabuloso sobre a ditadura militar na Argentina, regime responsável pelo sequestro de mais de 30 mil pessoas.
    São impressionantes as imagens do julgamento, especialmente o final. O advogado de defesa lê um trecho da Divina Comédia em que Dante afirma que os tiranos que conquistaram o poder sobre o sangue e o suor de outrem iriam arder no inferno.
    nesse momento, a platéia aplaude de pé, chora, se abraça, grita. mas o país, mesmo tendo condenado alguns daqueles militares, ainda não estava livre de certos modos fascistas. o presidente do tribunal ordena que a platéia se contenha, ao que não é de modo algum obedecido. ele então exije que os policiais esvaziem o tribunal.
    uma cena muito, muito marcante mesmo!

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  2. (risos)

    Tatiana, eu te amo cada vez mais!

    E, de fato, tu terias nojo de LADRONES.
    Mas EL BOLA, terminado a pouco na Tv Aperipê, foi uma fofurinha. Diferente do que eu achava, uma bela homenagem (mais uma!) a OS INCOMPREENDIDOS (hehehehehehehe)

    Doido para ver este filme que citaste.
    A cena emociona só na decsrição.
    Urgh!

    WPC>

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