domingo, 31 de outubro de 2010

Equívoco... realidade silenciosa.


Tomado por raiva infantil proferi, um dia, as seguintes palavras: cinema não é realidade. Na manhã de ontem, a qual parece ter se estendido até esse instante, assisti ao filme “Através de um espelho” do Ingmar Bergman.

Realidade, fria e silenciosa.

Uma família: uma mulher perdida em dois mundos dilaceradoramente reais, homens maduros impotentes diante da amarga realidade, e um rapaz que pulsa descobertas e que sofre com a ausência e o silêncio devastador do pai. E um Deus, um Deus calado.

Há no filme uma cena que me tocou em especial, a mulher (protagonizada pela atriz Harriet Handerson) aguarda a chegada de Deus no sótão da velha casa e o deus que ela vê é uma aranha saindo de uma fresta escura. O pânico é transtornador. Ela sofre de uma patologia psíquica, e sobre isso não sei até que ponto vai a ironia desse diretor, recuso-me a tratar a respeito. Já fui muito ousado em escrever sobre o filme.

No final é que fiquei sabendo que esse é o primeiro de uma trilogia do diretor: A trilogia do silêncio. Recomendo aos amantes da realidade. O filme é de 1961.

Seguirei a trilogia. Vi que Jadito possui todos. O próximo será Luz de Inverno e, em seguida, O Silêncio. É com estranha curiosidade e sem tristeza que me ponho diante da realidade. O desejo é que ela grite pra mim!

Estou meio perdido com o horário. Os pensamentos começam a entrar em colapso...

Antes, admito: equivoquei-me.

Ps.: O engraçado (porque ainda há graça na vida) é que escrevo e, em todo instante, lembro do WPC>, rsrsrs, por que será? Abraço carinhoso, WPC>.

TOC> kkkkkkkkkk,

beijo.


3 comentários:

  1. Por que será?
    belíssima homenagem...
    À realidade, a realidade.

    Em verdade, este é o filme da "trilogia do silêncio" que menos gosto. Digo mais: se este te causou isto, tenho medo que tu vejas LUZ DE INVERNO. Medo!

    E, definitivamente, esta cena que escolheste é a que mais me toca. Quando a sexualidade dele é posta em xeque e a (in)sanidade dela é justificada... Filme que não causou em mim o que causou em ti, mas que é bergmaniano até a medula. E Deus pode até ser uma aranha, mas... Depende de nós aceitar ou não esta situação!

    beijo grande...

    E obrigado por pensar em mim tão de dentro!

    WPC>

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  2. e tiaguinho cuidado como que andas a assistir, bergman nao e brincadeira e sempre de amargar!

    beijinho

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