sexta-feira, 2 de julho de 2010



  1. Porque muitas vezes quando as pessoas falam com as pessoas, quando pessoas escrevem, quando pessoas se comunicam: sinto que não há. É como se se falasse grego na China. Serão os tempos? Engraçado isso de um falar uma coisa o outro responder com outra totalmente diferente e nada a ver. É bonitinha a estranheza. Engraçada a distonia. E o nada também é, né? Inda bem que há algumas pessoas. Bem poucas. E a vastidão. Isso de falar para ninguém. Tão velho como velha é a descompreensão. Garrafas para o mar. Sinais. Desconstrução. Muros caídos. Falas. Muitas. A Babel era pós-moderna? Riso solto agora no momento da escrita. Rio às pampas não agora, normalmente. Até chorar, é um pulo, como nem sempre acontece. Especialistas. Categorias. Marcadores. Desconexo é bom. Des-preso (soltura?) também. Correr feito rio em curso: dis-curso. Percorrer como em corpo amado (mesmo que só naquela hora): erótico. E o entendimento inaudível é porque é indizível?
  2. Queria um pouquinho como antes: ir na casa de alguém, descompromissadamente falar oi e ouvir oi, perguntar o que é que há e sabê-lo. Mas, tô aqui também para falar oi e escutar era sábado e quando eu perguntar o que é que há ouvir dois e dois são noventa menos dez. Amém.
  3. Esse é um número perfeito. Não se diz nem se ouve. Silêncio. Silêncio. Silêncios gozosos. Aleluia.

Um comentário:

  1. Gritos gozosos também valem de minha parte: ALELUIA ERÓTICA!

    Gosto deste estilo pós-moderno de escrita pré-pós-automática ultra-referencial...

    E te amo!

    Oi?

    WPC>

    ResponderExcluir