sexta-feira, 11 de junho de 2010

O LADO BOM DA BUROCRACIA

Na manhã de hoje, Ninalcira me visto no trabalho e eu estava tenso. Segundo observações precisas dos amigos ao redor, quando estou tenso, fico “calmo”. E eu estava “calmo”. Havia dormido demais, estava nervosíssimo. Deixei de ver um importante filme do King Vidor na madrugada. Por dentro, estava tudo menos calmo. “Nas ruas, era comemorado o feriado maior da Nação. Mas, numa dada residência, um evento ainda mais importante do que este estava sendo comemorado: havia nascido uma criança”!

Assim começa “A Turba” (1928), clássico supremo do King Vidor, em que um homem comum – mas que pensa que pode ser o inverso, em razão de toda a publicidade que consome – emigra para uma metrópole e, ao ver um homem fantasiado de palhaço anunciando algum produto no meio da rua, zomba dele: “que camarada ridículo! Tomara que eu nunca fique assim”...

Não vou contar o final (quem tiver um mínimo de urgência que o busque), mas sempre que me vejo diante de críticas tão bem fundamentadas quanto esta à estandardização burocrática, em que as pessoas viram apenas peças substituíveis na engrenagem do Estado, percebo, por extensão, que ainda sou minimamente funcional enquanto burocrático. Funciono assim. Por isso, prefiro estar calmo e “tenso”! (risos)

Wesley PC>

2 comentários:

  1. e carimbando papéis eroticamente...
    (risos)
    t.

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  2. E eu gostei imensamente de termos rodado no meio do DAA. Também eu fico exatemtne assim como você: tensa ou calma: é visível que algo não está bem. Por estas coisas é que eu gosto daquela letra de Jards Macalé: mal Secreto. Da parte em que Gal (porque gosto da versão de Gal) diz: "...mascaro a minha dor, já sei sofrer...". E por aí vai.
    Sabe o que saí dizendo para Rogério? "Que apesar de tudo na vida (especialmente a marca da morte tão cedo e assustadoramente presente em mim, em minha vida... nisso só pensei, mas falei o sempre jargão que nem sempre explicita o "tudo" que falamos de vera na frase dita), sou infinitamente feliz por ter vocês (Rogério, você, Jadão, Tiago, Wesley Soares...) perto de mim".
    Beijos tensos, alegres e rodosos (de rodar).

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