sábado, 8 de maio de 2010

Um sonho com Billie...


Entre fumaça e gargalhadas uma dose de qualquer coisa. No bar uma música e uma bêbada cantando. Um vidro se quebrou:

- Sou velho, o que quer?

- Essa tua vara.

- Garoto de programa?

- Amante das artes.

Homens armados invadem o recinto e Billie se cala no palco. Um puxão para dentro do banheiro, que fedia.

- O que servem aqui? – indagou um dos caras.

(Nenhuma palavra.)

- Continuem.

Língua inocente percorria do escroto à grande cabeça. Deus velho fugira do Olimpo.

Billie cantava. Meio sorriso calhorda. Era uma cadela.

Algum dia ele virá/ O homem que eu amo

E ele será grande e forte/ O homem que eu amo

E quando ele aportar em meu caminho/

Farei gostoso pra que ele fique.

No banheiro, uma serpente arrombava um cuzinho de garoto. Serpente madura de veias grosseiras, cheirosa de sexo.

- Empurre fundo!

- Arr.... Urrr – o Velho leão.

A serpente vomitara. Lambuzara a face espinhenta do cordeirinho.

Acordei com pingueira em minha boca.

Chovia pesado.

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