segunda-feira, 10 de maio de 2010

"TERÁ SIDO FALHA HUMANA OU DO EQUIPAMENTO ?" - pergunta o repórter.

Um acidente em uma plataforma de petróleo no golfo do México está a expelir 800.000 litros de petróleo por dia no oceano. Se o caso piorar, dizem os especialistas, serão derramados 8.000.000 de litros de petróleo por dia. O GRANDE DILEMA: “Terá sido a falha humana ou do equipamento?” - Pergunta perplexo o repórter.

Será muito doloroso raciocinar um pouco? - Eu me pergunto pasmo!

A mesma tecnologia que vigora a todo vapor a indústria petrolífera é a mesma que apara as suas arestas! O óbvio obscurecido é que será a mesma que continuará aparando-as. Para nada mais serve essa nossa tecnologia como instrumento de manutenção das tragédias muitas que ainda estão por vir. Alerto aqui, que chamo de tragédia as catástrofes induzidas pelo abuso humano do que comumente chamamos de natureza.

Não seria difícil pensar na evolução da humanidade subordinada à evolução tecnológica. E isso se dá não apenas pela nossa noção senso-comunal de principio universal de causa e efeito, da maneira habitual e costumeira que, segundo Hume, observamos a sucessão dos fenômenos e dos eventos. Mas, especialmente, pela idéia que hoje temos de evolução: uma transformação social via progresso econômico, acessibilidade ao consumo e avanço tecnológico. Esse último, componente fundamental do atual processo evolutivo pelo qual chegaremos à plena civilização, tecnologicamente desenvolvida. Plenamente viva?

Impactos socioambientais são frutos de políticas, não de tecnologias!

Não esperem soluções, esperem mais problemas!

E não peço desculpas pelo pessimismo!

Tentar entender é doloroso...e solitário às vezes.

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